oreinabarriga

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este blogue tem Livro de Exclamações

30.4.08

Eu não disse?

Um bilhetinho. Ao pé da máquina do café. Não, não era Jorge Palma, era "um beijo para os 2 amores da minha vida, maria joão e Miguel" (é a mesma coisa).
Logo o jantar vai ser amor requentado.
Eu não disse?

E o melhor comentário/ comentador da semana é...

a Gema. A prima Ema (Viana), que é da família e joga contra, mas eu depois aperto-lhe os laços de família com requintes de malvadez. (a esta hora estão vocês a pensar assim, esta Carmina, caneco, muda de registo cá com uma pinta, ainda agora fez um Post dramático já está a fazer um cómico, pois é amigos, não é da minha acrobática facilidade em me adaptar a novas situações, não é de ser uma pessoa bem humorada (até nos momentos piores), não, é que já é 1 da manhã, estou para cima de bêbeda de sono, e só estou a Postar isto porque prometi à Gema. E ao Becas que me mandou um sms: "Então? Quando é que publicas o post do vencedor?" É já a seguir Bequinhas. Como vês a menina tarda, mas não falha. Anda ali um bocadinho melancólica e tal, mas não falha.
E o comentário foi esta rica pérola:


"Há histórias com final feliz, mas esta, cada Post, cada final feliz! Alguém esvazia o oceano Atlântico por favor!!"


E perguntam vocês, como é que alguém pode ganhar alguma coisa com uma frase deste estilo? A resposta é: Se acham esta má, não viram as outras...
Ora o prémio que a Gema escolheu para os que estiveram distraídos, ou adormeceram, foi um beijo entre a Carmina e aquele rapaz, o Americano D' El Ei, o coiso pá, agora não me lembra o nome, ai, acudam, dêem-me uma palmadinha nas costas, o João Ayres é isso! Tinha o nome debaixo da língua pá, que aflição...
Estou em pulgas. Num frenesim. Com borboletas na barriga. Minhocas. Varas verdes. Nervoso miudinho. Tremeliques. Insónias!
Pois era tudo o que eu mais queria, ser beijada por um Hugh Grant! Não vejo a hora.

Outro fio de cabelo, é só cabelos...

Não termos aproveitado o facto do menino não estar em casa às 8 da noite (que é raríssimo), não termos aproveitado o facto da vizinha do 2ºB não ter vindo tocar à nossa campainha com a história dos furos e do estendal (o que é raríssimo), para termos feito troca de epitélios gustativos ainda vá que não vá, agora não teres reparado que te entrou pela casa a dentro um gajo de Éle Ei e começou a tocar Jorge Palma, Nossa Senhora! (Nossa Senhora era o nome da música) e depois não teres vestido o pijama ao menino só porque disses-te duas vezes que eu ainda não tinha vestido o pijama ao menino, e eu não ouvi, caneco! Não achas que a vida te está a passar ao lado? É para ti, é! Tu foste dormir (eram mais 10 minutos vestir o pijama ao menino) e veio um outro pai via satélite e vestiu o pijama ao menino. Caramba, é teu filho. E tu deixas? Que a tua mulher e o teu filho se movam via satélite?!
Se eu fosse factura de telefone examinavas-me detalhadamente. Se a nossa vida fosse um consumo de luz eléctrica cobrado mensalmente por uma companhia qualquer, tu saberias como poupá-la. "Estives-te mais de 1 hora ao telefone, 2 Euros!" Pois fica a saber que há comunicações grátis, não se paga nada e no fim, saem caro. Porque não era uma amiga. E um brilho nos olhos? Uma coisa que não é lâmpada, não acende por energia eléctrica sabes quanto poupavas se me acendesses a luz dos olhos?
Eu sei que não gostas de escrever, que não tens jeito, que não te sai nada, é natural, para aspirante a escritora já basto eu cá em casa, não há mal nenhum nisso, mas conheces isto?
"Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse crítico de arte
Havia de declarar-te
Obra-prima à escala mundial
Mas eu não passo dum homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro
E o paraíso no teu olhar
Esse teu passo inseguro
E o paraíso no teu olhar"
Isto é Jorge Palma "Dá-me lume" do Álbum "Bairro do Amor", era só fazeres um copy-paste.
É por não fumares? E teres raiva de quem fuma? O álbum está cheio de outras letras sem fumo, não seja por isso.
Eu não sou mulher para ti, passo horas a escrever, a contemplar o nosso filho e a beleza que encontro em todos os pássaros e aves pequeninas, falas comigo sobre talões de desconto do Continente e eu a viajar, por mar, há mais continentes que o de Alfragide, ó, ao todo são 6 (um é desabitado é certo, mas são 6, enormes! Estão no mapa mundo e tudo), quando fumo nem sempre vou fumar para a escada do prédio e quando nem sempre vou fumar para a escada do prédio, esqueço-me de fechar a janela da cozinha e o fumo entra pela janela do quarto e vai poisar aonde? No teu cabelo! Eu sei que é desagradável... no entanto os amigos entram pela janela de um Philips que era do Paulo e nunca chegamos a comprar um LCD, este serve muito bem, e torcem para que a Carmina Burana beije um homem cheio de charme porque em todas as histórias de amor, romances que tu não lês, acontece o beijo, e a ti, não te cheira a nada.
Eu não sou mulher para ti, eu nunca sei o caminho, erro o nome das estradas, erro todas as direcções, o norte, o sul, a casa dos amigos que visitamos milhares de vezes e se tiver que lá ir, assim de repente, ...
"A paixão leva ao amor, passados 5, 10 anos, é o amor que leva à paixão. Se houver amor tudo passa, se não houver amor as coisas vão piorando, piorando..." Entre nós há amor. O teu é seguro, confiante, esqueces-te porém que o excesso de confiança é o principal causador de acidentes. O meu é leal. Eu sempre falei com a vida por meio de figuras de estilo, e por ironia alguém me tenta com metáforas (num belo estilo de figura) e não será lealdade quando depois me deito, adormeço e vivo com a hipérbole do ridículo? Queres maior prova de amor?
Eu não sou mulher para ti, por tudo o que já disse e porque o jantar estava pronto, quente, mas a mesa ainda não estava posta. Eu sei que são fases. Um dia destes vais cair em ti, rebobinar este filme, declarar que "Eu fui mesmo estúpido pá", eu gosto de ti, tu és a mulher da minha vida! Eu a partir de agora vou ser diferente, vou ser um delico-doce!" e eu, leal, vou buscar o amor que ainda sinto por ti, requentado, e sirvo-te o amor num prato com esparguete, tu comes, sossegado enquanto eu, fico a olhar para o meu prato, distraída, horas infinitas e tu vens de lavar os dentes e com a boca cheia de colgate, perguntas-me:
- Então? Não comes? Estás a deixar arrefecer?
E eu respondo, vagamente:
- Não. Está aqui um cabelo na sopa...
A partir de agora (tenho este pressentimento), que quando voltares a ti, faremos as pazes, trocaremos epitélios gustativos mesmo contra a campainha incessante da porta, mas eu encontrarei mesmo onde ele não exista, um fio de cabelo, com o passar dos anos, fios de cabelo por todo o lado.
É para ti é. Porquê? Não lês-te com atenção como de costume, este Post e o do fio de cabelo e os outros todos desde que sou pseudónimo? Não sabes o que são metáforas ou ainda tens dúvidas?

29.4.08

Jorge Palma

Valsa dum homem carente


Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo
Se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor
É a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
Música e voz: Jorge Palma
Poema: Carlos Tê (quem mais?)
(Alguém disse que "Um homem charmoso das duas uma: ou é músico e toca violoncelo, ou é a valsa do Carlos Tê." Não fosse a valsa ser dum homem carente, ía jurar que eras tu que ías a passar...)

Correio de baixo da porta...

De joaoayres para mariajoãoviana
<
oreinabarriga@gmail.com>,data25 de
abril de 2008 23:43 assunto "As I am, allways Carmina Burana"
ocultar detalhes 25 abr (4 dias atrás)

Desculpa, sei que estás "fechada", eu li a parte final do Post, mesmo
assim, deixo-te este mail por baixo da porta, é urgênte: Emprestas-me o livro
"Eu hei-de amar uma pedra" ? Do Antº Lobo Antunes?


Resposta: Empresto, mas aviso-te já que o livro não ensina a amar pedra
nenhuma. Bj

de Vera Alves <miudacute>paraoreinabarriga@gmail.com,
data26
de abril de 2008 00:10 assunto Olá
enviado porlive.com.pt
ocultar detalhes 26 abr (4 dias atrás)

Recebi uma sms da Gema para ir ao post "always carmina b." na 5ª feira
à noite e não pude ir porque vim com os meus pais para Portimão e estávamos num
restaurante, pedi ao meu pai para ele me deixar no ciber cf mas ele não quis
levantar-se da mesa (seca!!!!!!!!!!!!), o meu irmão não veio connosco (o que
também não quer dizer que me levasse lá) já estive a ler os comentários, já me
ri tanto! Sabes que se eu tivesse entrado na conversa era para ajudar o João A.
não sabes? Gosto muito de ti poca, desculpa. Beijinhos pró Miguel.

Resposta: Como uma menina bonita e bem comportada, faz tu a vontade ao teu pai está bem? Quando ele não te quiser levar para um blogue de estapafúrdios, tu aceitas, os pais sabem o que é melhor para os filhos. :)

A amizade...

A amizade e a felicidade são sinónimos... Sinónimos uma da outra, quero eu dizer.

27.4.08

E...

não é que este pequeninosinho que eu aqui tenho se ajoelha em frente à coluna e fica a ouvir o Turandot, o Adagio de Albinoni, o coro dos Escravos da Ópera Nabucco e tudo o que eu estiver a ouvir, Jorge Palma e tudo e eu digo-lhe: - Sai daí filho! Não é preciso estares com o nariz enfiado dentro da coluna. - Ao que ele responde:
- É bom! Eu gôto dito.

Um pequeninosinho deste tamanho, como se música desta, leia-se alternativa (às musicas da carochinha) fosse como pão com marmelada...

Turandot de Puccini

Não me venham mais dizer Ah e tal, ópera, não aprecio. A voz é poderosíssima (L. Pavarotti), a área é "Nessun Dorma" (que ninguém durma) da ópera Turandot de G. Puccini. Vão até ao fim (vá lá, não desistam, concedam um momento destes a vós próprios), apreciem o duelo magnífico de um homem enorme a debater-se no final contra uma orquestra inteira, ouçam o bravo! Bravíssimo!! no final, que parece que nos arranca algo do peito a sangue frio, e as palmas. Depois de interpretar esta área, Luciano Pavarotti sai para os bastidores, de rastos, emocionado, mas sorri, afinal, debateu-se forte contra uma orquestra inteira! Quase a venceu. Assistam, é violento (para os que Ah, e tal, ópera), mas eu sei que vocês aguentam um .org desta magnitude.
.org (sensações orgásmicas)


A princesa Turandot odeia os homens porém, aceita a imposição do pai em casar-se com um, com uma condição: ela propõe três enigmas a todos os candidatos, que arriscarão a própria vida ao tentarem resolvê-los (sádica Princesa esta, mas a ideia não é má, não senhor...). Turandot apenas se casará com aquele que decifrar os três enigmas...)

26.4.08

Eu sei que me estão a ver...

Eu sei que estão aí! Eu aqui a postar para os rascunhos e vocês aí a espreitar, malandrecos! A ver se conseguem meter o nariz nas minhas intimidades...

Meu querido João Ayres , gostas-te de ver a tua "fada cor- de-rosa" no lugar mais bonito que conheces?
Olá Becas! Olá Gema! Está a custar-vos muito não mandar achas para a fogueira não está? Imagino...

Até a MiudaCute deve estar agitada como a Shakira, talvez até o !
A Miss Antártica (desculpa Hellen não te ter posto ao pé do teu mais-que-tudo mas ter escolhido no google a tua foto mais gira já me doeu um bocadinho, quanto mais isso, para além do mais o blogue é meu), já me deve ter rogado umas pragas valentes, umas porque o mais-que-tudo comenta às 6 da manhã, outras porque eu ainda lhe dou conversa às 3 da mesma (manhã). Se as pragas não me atingirem é porque a língua portuguesa é de difícil tradução e o Hugh traduz mas traduz lá à maneira que lhe convém, pois...
Mas cá comentar é que eu não deixo, comentem na 2ª feira, abro depois das 5, não é que eu não sinta a vossa falta (gostei tanto de fazer este post!), não é que eu não saiba que (entrei e saí logo, nem abri, nem li, nem quero) a minha caixa postal do gmail tem para lá umas 47 provocações... mas, amigos, meus queridos, está na hora de eu ir para dentro (continuar a rascunhar para dentro), eu viver sem vocês não posso, mas este fds faz de conta que não estou cá. Aos que estiverem com insónias deixem-se ficar, aos que se deram por vencidos, vão desenhar ilustrações para a obra d' outra escritorazeca qualquer, está bem?

E é amar-te assim, perdidamente...

... ou Canção para embalar uma fera.

O Miguel acordou à cinco minutos, num chorinho:
- Eu quéo í pá cama da mãe!
- A mãe está aqui filho, dorme, a mãe está aqui...
- Mas eu quéo í! (Isto a choramingar aos pinotes na cama)
- Está aqui a Minnie, olha, e está aqui a mãe, dorme filho... dorme...
- Mas eu quéo!
- Ser poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens...
- Mas eu...
- ... Morder como quem beija, é ser mendigo e dar como quem seja...
- mas... mas... e... hum...
- Rei do reino de aquém e além dor...
- (respiração de um anjinho que já dorme outra vez, profundamente)

Às voltas com um telemóvel novo


Depois do telefonema da Patrícia:

Carmina: A Patrícia é 92? Qual é a rede?
Gajinho: É fosga-se.
Carmina: Não é fosga-se, é Fónix.
Gajinho: Pois é, eu não queria era dizer a asneira.
Carmina: Qual asneira? Fosga-se ou Fónix vai dar ao mesmo!
Gajinho: Tb tens razão.

Uma hora depois (ainda às voltas com um telemóvel novo)

Gajinho: Quero escrever Patrícia e ele não me deixa, assume PSP e não há nada a fazer...
Carmina: Volta atrás, modifica, tira isso daí, alguma coisa ele te há-de deixar fazer.

Um 'rror de tempo depois:

Gajinho: Não deixa não. Desisto. Fica em CTT que já sei que é a Patrícia.

... Foi preciso comprar um telemóvel novo para lhe vir ao de cima o sentido de humor. Ai, ai... (isto já para não falar que o gps não sai da região de Saragoça nem por nada)

Yeti

- Ó mâin? Óia, vê! Eu sou um yeti!
- Ó filho, isso é uma coisa que nem se discute.

(Um Yeti é um animal mitológico, um gigante humanóide que lendáriamente vagueava pelas montanhas do topo do mundo - o Tibete. É conhecido também como "O abominável homem das neves". O Miguel diz que é um Yeti porque nos desenhos animados os Yetis saltam e pulam a toda a hora e a todo o instante.
O melhor é dizer-lhe que sim.

O Cravo cor-de-rosa e a Rosa cor de Abril




Este fim-de-semana prolongado é inteiramente dedicado a um cravo cor-de-rosa e a uma rosa cor-de-abril.

Viva a revolução dos Cravos, viva a Liberdade! Que os nossos filhos sejam livres para serem dignos! (e já agora, charmosos como nós!)

24.4.08

Eu nunca pensei...


Eu nunca pensei um dia fazer isto.
Permitir comentários neste blogue. Abrir um Livro de Exclamações!
Se me tivesses pedido isto há uns meses, eu dizia-te:
- Estás louco João? A quadrilha dos estapafúrdios toda a comentar os meus Post's, a por tudo em cacos, ou tudo em pratos limpos (o que é pior), a deixar-me a sala dos comentários feita numa sala de chat (privada), cheia de beatas (como diz o Becas). Eu nunca pensei um dia fazer isto. Mas guardei o teu mail e agora acho que tens razão. Acho que eles merecem um Post só para eles (só para nós) ...
Está aberto, a partir de agora: O livro de exclamações do Blogue O rei na barriga. Divirtam-se!

23.4.08

Um amigo

"Um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensar em voz alta."

(Ralph Waldo Emerson, pensador norte-americano)

Comentário de um Cata-vento


"O poste está doce. Tão doce como a tua amizade
e o sorriso do Miguel. É a lucidez e o sentimento que aqui se transmite.
Realmente é com beijinhos que se tira tinta de esferográfica assim como " só os
amigos é que desfazem a pedra que temos colada ao peito". Estou aqui à tua
espera, não chegas... Algo se passou! Parece-me que um motivo forte se levanta
para não estares ainda aqui ao pé de mim. Parece-me que não foram as horas
tardias da manhã que te fizeram não estar aqui. Algo se passa contigo ou melhor
algo de "estranho se passa no reino da Dinamarca" mas não me parece que seja
algo podre. Talvez tenhas só ficado a gozar o nosso dia. O dia dos poetas dos
escritores, não é dos pianistas, mas é nosso daqueles que não constam em
listas.:)"
Comentário de Rosadinha/ Fiori/ Rita Alexandra
Moura Reis, o Cata-vento, pronto, ao Post "tinta de esferográfica" deixado
no Livro de exclamações em
23/4/08 09:59
Deixar isto no Livro só porque hoje cheguei atrazada é uma prova lindissima de amizade. Ali em cima da hora, a tua preocupação... Os amigos é que desfazem a pedra, desbravam o nosso futuro para nos mostrar o caminho. Aqui neste blogue mostra-se tudo, porque o tudo são grandes e poderosas amizades. Inabaláveis. Adoro-te.

Está bem eu empresto os Headphones!

Mas depois devolvam, que o iPod não é meu.


22.4.08

Mas tudo isto é para para nada...

... para ter liberdade nenhuma, a paz é o desassossego, tudo isto e não fico mais leve. Uma pena só, umazinha, pode pesar mil quilos, durante mil horas. É obra. Para quem nem sabe sequer, escrever.

Outra que não eu

Escrevo sem o saber fazer (escrever), o que não deixa de ser genuíno.
Escrevo num quadrado luminoso e branco o que não deixa de ser libertador (se me liberto ou não), essa é outra questão.
E no fim, posso assinar com outro nome, sendo outra que não eu.

Tinta de esferográfica

Qualquer criança que se pinte com tinta de esferográfica se ri do acontecido.
O Miguel ontem destapou uma e experimentou riscar a palma da mão, depois olhou para o rabisco de tinta azul (disse o pai), o lábio de baixo sobrepôs-se ao de cima e o queixinho começou a tremer, a tremer, deixou a caneta escorregar para o chão, com mágoa, como coisa malvada e desatou a correr para o meu colo (íamos caindo os dois no chão da casa de banho).
- O que foi filhinho? O que são esses olhos cheios de lágrimas? São por causa de um risco? Mostra à mãe.
E o Miguel mostrou o rabisco na palma da mão.
- Não chores filho, a mãe não ralha e a tinta sai com sabão, anda, vamos buscar a caneta que a mamã desse risco vai fazer um coração! Queres?
- Xim.
Apanhamos a caneta do chão, o pai fez também um desenho na palma da mão e a mãe, do rabisco do Miguel, fez um coração e abriu-se um sorrido descansado.
- É o coração da mãe?
- É filho, o coração da mãe está na palma da tua mão!
- Que bunito
- Agora vamos lavar, vai ficar limpinho, vais ver!

Querem saber como sai a tinta de esferográfica da pele? A tinta de esferográfica da pele sai com beijinhos.

21.4.08

A esta hora há quem esteja a dormir...

Não quero que acordem ninguém, e como a esta hora há quem esteja a dormir, ou a trabalhar, consultem primeiro o fuso horário do mapa mundi (o relógio do vosso computador convém que esteja certo, ó destravados) e vá lá, não acordem nenhum anjinho nem importunem quem está a dar ao litro, só para dizer que há um post novo, ok?
(E já agora, quando muda a hora: Na União Europeia, muda no último Domingo de Março e no último Domingo de Outubro).

E não me venham dizer

E não me venham dizer que eu tenho que fazer um blogue já aqui ao lado (o meu outro eu) para por estas reflexões. Deixem-se de comentários e exclamações. Eu sou um pacote: mãe, dona de casa, trabalhadora por conta d' outrem e lindinha, entendido? Um pacote. Quem quer ler uma coisa, tem que ler a outra.

Reflexões

Amor verdadeiro, desejo puro, ambos são uma coisa orgásmica. Não precisam de um corpo, só da aproximação.

Um fio de Cabelo

Um fio de lã, uma migalha de pão, um botão, uma pedra de sapato, agora um fio de cabelo?
Um fio de cabelo que é uma coisa (tu sabes), não se larga assim. Que é uma coisa que se agarra às minhas mãos e não quer cair, um fio de cabelo? Para eu abrir a janela, deitar a voar e ele não querer ir?
As ribeiras, as fontes, a chuva, os rios, agora o mar?
Uma coisa tão difícil de navegar?
A flores, a café, a pastilha de mentol, a suggo, a terra, a mirra, a incenso, a suor, a que cheiras tu? Porquê àquilo que eu não sei dizer?
Um nó, uma casa de botão, um constrangimento, um mal-estar, agora uma coisa destas, tão difícil de desatar?
Em golos, em tempo, em acidentes em Auto-Estradas, em filhos dos outros, em faróis bi-xenon, em seguros, em Natais, porque me falas em um quarto só, ao ouvido, devagar, tudo tão certo?
Um livro, uma fotografia, um cigarro, um chapéu, uma chave, e tu (sabes) levas o ar e deixas apenas uma vontade de chorar.

Olho para baixo, termino em mim, é certo, mas sem galochas nem sapatos sequer. Nada. Só os dedinhos dos pés. Fiz o mar todo assim. O mar? Bem, talvez fosse na realidade, um pequeno charco.
Um fio de lã, uma migalha de pão, um botão, uma pedra de sapato, agora um fio de cabelo?
Um fio de cabelo que é uma coisa (tu sabes), não se larga assim. Que é uma coisa que se agarra às minhas mãos e não quer cair, um fio de cabelo? Para eu abrir a janela, deitar a voar e ele não querer ir?
- Mã-ê? Mã-ê?
(Por minutos me esqueci que tinha deixado o menino a comer à mesa sozinho).
- Diz filho
- Está aqui um cabelo na sopa mãe…


Do caderno de Rascunhos de Maria João Viana, adaptado, 1992

20.4.08

Prós que sabem tudo

Saber como se faz uma determinada tarefa é fácil. Dizer como quem sabe fazer tudo, mais fácil ainda. Fazê-la é que é pior. Caneco!

19.4.08

Avaliação

Há quem me avalie de alto a baixo quando passo
Há quem me avalie, pelo sim e pelo não
Estou livre de ser avaliada pela cor e pela raça
Não pela inveja desmedida
Já me avaliaram às cegas
E às apalpadelas
Já me avaliaram em cima do joelho
e sem me dizerem nada
só para eu ficar calada.
Há quem me avalie com admiração
Com lentes de ourives
como se eu fosse valiosíssima
Há quem não me dê valor algum
Há quem finja que não existo
mesmo quando eu insisto
Já fui avaliada de todas as maneiras e ângulos
De trás, de frente e da superfície lunar
Por dentro, por meio de raio x
Por fora, de cima,
já tinha dito,
De baixo, por força de algum atrito.
Mas quem até hoje
me avaliou melhor
Foi na escola, um professor:
A menina parece uma girafa!
(e não foi por causa das manchas,
e não foi da minha altura, que sempre fui anã,
e não foi por ter as pestanas grandes, o fundamento era algo mais simples e óbvio)
A menina parece uma girafa!
Pés na terra, cabeça no ar!


Avaliador: Prof. do 1º ciclo preparatório José Eduardo
Costa

Avaliada: M.ª João Viana, aluna N.º 17

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada.
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por Dom Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca....


Fernando Pessoa, Obra Poética

História para o meu filho

A minha janela é um postigo. Ponho a cabeça fora dela e vejo todas as vielas tortuosas e escadarias romanas e visigóticas mais próximas. Todas as casinhas se abraçam umas às outras para resistirem à corrosão dos séculos. Este postigo, feito à medida da minha cabeça, é mesmo do tamanho da minha liberdade. Porque estou preso.
Fecharam-me aqui a sete chaves e só sairei quando a minha avó Fortunata se recuperar da queda que deu no pátio, ao regar os vasos de crisântemos. Acusaram-me de ter colocado bombinhas de Carnaval no xaile que lhe cobria os ombros das correntezas do pátio.
- Não fui eu!
- As invasões dos Franceses!
- Não fui eu !
- São os vândalos que nos vêm saquear!
- Não fui eu! Não fui eu!
Mas paguei as favas. Fui acabar nas profundezas do sótão onde as ratazanas andam atarefadas pelos cantos, onde um monte de batatas grelam sobre um manto de serapilheira.
O Chilrear dos passarinhos por cima das telhas emudece. As ratoeiras estalam. Anoitece no postigo.
Tenho medo. Tenho medo do escuro, da prisão, do próprio medo. Não vou chorar. Não quero com isso acordar as almas penadas que aqui se abrigam: o papão, a velha de trapos, as bruxas...
... Levantaram-me às pressas, enfiaram-me uma camisola de gola alta por mim a baixo e sentaram-me à mesa com maus modos, para logo de seguida me levantar com um bocado de carcaça a meio da goela.
Fui para a escola pela primeira vez.
O meu irmão João Escuro levava-me pela mão em passadas largas e saltava as poças de água e de lama com grande pinta. Eu, enterrava os sapatos (dois números acima do meu) nos charcos todos, sem falhar nenhum. Fiquei desde aí com a alcunha do "Salta Pocinho".
Passei o portão da escola. Bateu atrás de mim, verde e altivo, com um ferrolho tão maciço que tive dúvidas se algum dia me voltaria a dar passagem. Outra vez preso. Engoli instintivamente aquele pedaço de pão que não havia tido tempo de escorregar para o estômago.
Fiquei mal disposto.
A carteira que me coube era perto da janela. Aquilo sim, era uma janela. Graaaande. Dava para ver o recreio, os pinheiros, o céu azulinho, mas eu só era capaz de pensar que não tinha feito chichi antes de sair de casa. Aquele pensamento manteve-se na minha cabeça até soar a campainha. Saltei dali para fora a correr direitinho à casa de banho, mas tropecei entretanto num vaso, colocado estratégicamente no meu percurso, e fiquei mais de 10 minutos a tentar convencer uma senhora de bata que tinha sido sem querer. Sem querer também fiz chichi nas calças e mandaram-me de castigo para casa, depois de ter vomitado no vaso que ficou de pé...
... Comecei a enrolar os atacadores dos sapatos.
- Deixa vir o teu pai que logo lhe conto que foste expulso da escola!
Comecei a ouvir os passos da minha sentença. Assim que entrou em casa (o meu pai) deu um pontapé na camioneta de lata que eu me tinha esquecido em cima da carpete.
- Fô ** sse! O que é que esta mé*** está a fazer aqui no chão, ca*****? Mesmo tendo a camioneta acertado no lato da minha peúga, levei dois dias preso no sótão de castigo.
Não preguei olho a noite toda. Desta vez, chorei.
De manhãzinha, a minha prima Luísa veio visitar-me. Trouxe-me dois pãezinhos-de-leite e uma caneca de leite com chocolate quentinho. Garantiu-me que não existem papões, nem velhas de trapos nem bruxas. Só anjos-da-guarda.
Não acreditei nem em uma palavra do que ela disse. Eu bem sei que eles me rondaram a noite toda e que a velha de trapos até me puxou as pernas. Mas disse-lhe que sim e mudei de assunto:
- O teu bebé também está preso? Dentro da tua barriga?
- Sim (sorriu), mas em breve vai nascer.
- Deve ser bom estar preso no quentinho, mas, como é que ele ficou ali preso?
(A prima Luísa ria muito, era muito risonha, lá isso era)
- O primo Filipe deu-me uma semente e eu guardei-a. A semente cresceu e em breve nascerá um bebé!
Ao fim da tarde fui liberto. Depois do silêncio religioso da hora do jantar, fui acabar de comer uma laranja para os degraus da soleira da porta. A Mariana veio à janela. Corei. As minhas pernas eram varas verdes. Fui ter com ela. Tossi. Apontei para ela aquilo que trazia na palma da minha mão:
- Queres?
- Não. Laranjas à noite matam.
- isto não é uma laranja, é uma semente. Toma.
- Para que é que eu quero isto?!
- Guarda-a.
Arreliada, atirou fora a semente, que foi parar para meu desespero, no quintal da D. Juliana.
Tentei pular o muro, mas bati com o nariz mesmo na última fileira de tijolos. Estive quase. Fui dar a volta e saltei pelo portão. Agachei-me e procurei. No escuro era difícil... achar uma semente tão pequenina. Quando finalmente a vislumbrei, entre dois talos de couve, saltou sobre mim o Golias, o cãozarrão da D. Juliana. Desta vez fiquei preso e bem preso, aos dentes do Golias. Fui salvo pela D. Juliana, que me sacudiu todo, deu-me duas ou três advertências, mas prometeu que não fazia queixa ao meu pai. Nem era preciso, assim que me cruzei com ele, todo esfarrapado, enlameado, com um sorriso pouco à vontade, nem esperei que o seu sopro de raiva lhe levantasse a popa de cabelo sobre a testa, fui direitinho para o sótão sem que ele me mandasse.
Pus-me ao postigo, apavorado com a ideia de nascer um bebé dentro da terra.
Todas as manhãs antes de ir para a escola, espreitava para o quintal da D. Juliana. O pior de tudo, era que mal o bebé nascesse, vinha o Golias e Zás!
Adoeci gravemente. Ninguém entendeu do que eu padecia, nem a razão da minha falta de apetite. Só queria ficar no sótão e às escuras. Era tudo um segredo: O meu amor pela Mariana, a semente, o bebé que ia nascer na terra...
... Dois anos mais tarde:
A D. Juliana morreu. O meu pai foi preso. O meu irmão João Escuro manda cá em casa como gente grande. A minha mãe cala-se bem caladinha e eu, sou o melhor aluno da classe (a desenho).
No lugar do bebé, nasceu uma laranjeira. O sótão é agora a sala de costura da prima Luísa e o bebé chama-se Mariana (fui eu que lhe pus o nome).
Passo horas a embalar a Mariana e a contar-lhe histórias do velho sótão que ela não conheceu.


Maria João Viana
Diário de Notícias, Terça-feira, 12 de Março de 1996



18.4.08

Rotina

Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. O homem só vive de detalhes e as manias têm uma força enorme: são elas que nos sustentam.

Raúl Brandão

17.4.08

Amo-te num Blogue às escondidas

Amo-te num blogue às escondidas. Nem 1 foto tua aparece. Tantas mulheres (homens) te podem roubar e eu morria. Dei-te quase tudo o que era meu:
1 lugar sossegado à mesa
O lado predileto da minha cama
Espaço na minha banheira onde já quase não cabo eu
Não gostamos dos mesmos filmes (não vemos os mesmos filmes), não assistimos ao mesmo canal, não sabes o que me custa perder episódios uns atrás dos outros, semana após semana, das minhas séries preferidas, ou não te importas... Eu sou perfeitamente capaz de suportar os episódios uns atrás dos outros, semana após semana, das tuas séries preferidas. E ver um filme contigo. Do princípio ao fim e mais uma vez e outra, as que me pedires.
Mas não faz mal...
Eu não te amo mais quando me fazes todas as vontades,
Nem te amo menos quando nem sequer me beijas.
Assim como eu não te amo mais por me fazeres rir,
Nem menos por me fazeres chorar (sofrer?),
Eu amo-te e pronto.
Trocaste-me as horas
(não sei a quantas me deito nem me levanto, não sei. Trocaste-me as de solidão, as de agonia e as do relógio)
Os caminhos (as voltas, nenhuma é a mesma estrada, nunca mais)
As prioridades (a sede, a fome, a vontade de escrever, precisar de tomar um banho)
Já me questionei se te mereço. E não sei.
As saudades estão no coração.
O amor dói quando está tudo bem
O amor dói (inevitavelmente) quando está tudo mal
O amor dói das duas maneiras.
A 1ª vez que vi a tua forma, foi numa curta metragem, numa sala em Almada (metade da sessão foi a preto e branco) e a partir desse dia se me fechassem os olhos eu saberia se eras tu. Eu nunca mais te esqueci. Eu nunca mais te esqueci.
A primeira vez que te tive foi numa cama estranha. Haviam passos à nossa volta. Chorei, chorei, chorei. Amor em estado liquido.
Sangrei como se me tivessem aberto do começo até já não ser eu.
Amo-te de amor pueril e inabalável.
Amo-te num blogue às escondidas, mas há sempre alguém.
Mas há sempre alguém que nos lê.
..
Este Post é inteiramente dedicado ao meu filho Miguel,
que eu amo mais do que tudo no mundo.



A única linguagem verdadeira no mundo é o beijo

Alfred de Musset

Mesmo no mais alto trono do mundo estamos sempre sentados sobre o nosso rabo

Michel de Montaigne

16.4.08

Obrigada

Saio de casa mais cedo a contar que vou encontrar o Mateus e o Gonçalo e os pais deles (o pai do Gonçalo é meu vizinho à mais de 30 anos), no elevador, no passeio, a estacionar à porta da casa dos meu pais, os nossos filhos cumprimentam-se, nós damos beijinhos uns aos outros e fazemos festinhas na cabeça dos miúdos (tudo isso leva o seu tempo). Saio de casa mais cedo porque se encontro a D. Inês (que é uma senhora já de certa idade, viúva, vive sózinha do Rés do Chão do meu prédio, doente, com deficiência) e é mais um bocadinho que eu estou ali: - "Precisa de alguma coisa D. Inês? Não? Se precisar os vizinhos não servem para outra coisa, está bem?". Saio de casa mais cedo porque vou à D. Preciosa comprar cigarros, a visão, o jornal e ela pergunta sempre pelo Miguelinho e trocamos dois (às vezes três, sete) dedos de conversa, olho para o relógio e digo:
" - Já estou atrazadinha que agora entro às 9!"
" - vá-se embora, vá-se embora que amanhã logo paga."
Gosto de encontrar o Sr. Alves. "- Bom dia menina, bom apetite." "- Bom dia Sr. Alves." "- Então um resto de dia feliz." - Faça chuva ou faça sol, o Sr. Alves deseja-me sempre um resto de dia feliz. Acho que é por causa do Sr. Alves que eu tenho tido sempre restos de dias felizes. Não sei. mas confio que sim. Gosto da D. Natália, sabe aquilo que gosto, aquilo que eu quero da loja, aquilo que procuro e sabe quando estou triste também, mesmo que eu esteja fechada, ela sabe que estou triste. Não sei como, mas sabe. Gosto da D. Maria Pastel porque se preocupa comigo, quer que eu me alimente bem (tal como a minha mãe) que eu não tenha problemas, nem de trabalho, nem nada (tal como a minha mãe). Gosto dos Chineses, não sei se aquilo que dizem em Chinês quando eu não estou a olhar se é "vai à fava" o certo é que pela frente estão sempre a sorrir-me e tratam-me (os que vejo com mais regularidade) com imenso carinho e respeito (pegam nas minhas mãos quando me dizem 'obligado', sem saber a importância que isso tem para mim, o gesto intimo que isso representa para mim, mas aceito, não digo nada, agradeço). Gosto de ir à bomba de gasolina ao pé do sítio onde moro porque detesto meter gasolina, detesto por ar nos pneus, agora não me lembro, são dois, os senhores que se riem para mim, me dão os bons dias, me põem gasolina no carro, me põem ar nos pneus (olhe que este pneu está um bocadinho em baixo), são dois os senhores que me agradecem ainda antes de me devolverem a chave, antes mesmo de eu agradecer. - "Faça boa viagem menina". E é por isso que eu não tenho tido acidentes e faço boa viagem, não sei se é, mas acredito que sim. Obrigada. Gosto dos piropos dos Senhores que estão à porta dos cafés, em cima dos andaimes, gosto porque eu não sou boa nem nada, nem gira e eles só para que eu não fique triste por causa disso, à minha passagem alguns dizem que sim. E sorriem. Mesmo sem dentes fazem-me a vontade e sorriem. Gosto da Natércia, do Rui (às vezes um olá não chega e tenho que encostar), depois chego à escola: - "Bom dia Vitinho" (Sr. Vitor), ao que ele responde sempre, mas sempre da mesma maneira, sem se esquecer um dia só que seja do meu menino: - "Então? Como está o nosso atleta?", o beijinho da Prof. Manuela Rozeira e o da Prof. Lola (Lurdes Henriques) e o da D. Amélia e o da Alcinda, que são como os beijinhos da bênção. "Deus te abençoe minha filha", elas não dizem, isto sou eu a dizer porque a terem o som ligado (os nossos beijinhos) era assim que se ouvia dizer: "Deus te abençoe minha querida". Obrigado Lucília e Leonor (ninguém, mas ninguém me tira um galão tão maternal e me dá um pãozinho tão saboroso), Felícia (a cota mais chique no universo!), Sasa (M.ª José Brasil) afirmativa, genuina, não se dá ares, Rita (instável como um catavento, mas adorável), a Prof.ª Silvia Reynolds (o seu sorriso é encantador, para mim é a Prof.ª mais linda cá da escola), Isabel Maria Oliveira (a minha querida amiga sempre embrulhada nela própria nem dá para ver o que ela é e daquilo que é capaz, mas eu sei, eu vejo-a bem mesmo dentro daquele papel de embrulho), Amália (qual vice, qual quê, para mim a senhora está lá em cima!), Ana Marçal, São José Glória (o sotaque e a genuidade são irresistíveis), Carlos Carlos (todo ele é música), Maria de Fátima Domingues (penso em si todos os dias minha querida, que tudo corra pelo melhor, queria tanto dar-lhe um abraço em breve...), Fernanda Mendes, Fernanda Esberárd (fazemos desgarradas de piadas e disparates porque o sentido de humor é o sinónimo mais apropriado para inteligência), Francisco Cardoso (Exmo. Sr. Presidente, já lhe dei os parabéns não já? Já, acho que sim, o homem que até à data, resolveu todos os problemas da secretaria, se não resolveu, empenhou-se o bastante), Maria do Rosário (Canelas), António Almeida (a primeira boa impressão é a que perdura, nunca me esquecerei do caso Ruben), Luís Tecedeiro (o Prof. é um cavalheiro, é um excelente conversador, adoro todos os livros que me manda ler, o próximo não me esqueci é o "Passos à volta" do Herberto Hélder), Maria de Fátima Costa... se me esqueci de alguém não faz mal, isto é só um Post. Não, não me esqueci de si não chefinha (D. Ana Amaral) e do quanto sofreu para me ensinar a fazer contas! Eu ainda não aprendi, mas não é culpa sua, eu ´que "nasci prá vida artística". Também nunca me esqueco de si Prof.ª M.ª de Fátima Branco (era o meu passarinho). Isto é só porque não são da minha família, não tenho os números de telefone sequer da maior parte das pessoas que aqui estão, não me devem nada, nem podiam (eu é que agradeço, eu é que estou em dívida e estarei, estarei, estarei...), são peças de um puzzle que se chama "os meus dias" e se faltar uma peça, acreditem, uma peçazinha que seja, o dia já não fica igual. Ou falta um canto, ou falta um bocado de azul, ou fica um buraco no meio... Diria mesmo que quando falta uma peça, o dia acaba incompleto.

Se só agora chegou a este blogue

Se só agora deixou de trabalhar, se só agora lhe ligaram a internet, se só agora a sua vizinha que anda em casa de fio dental e mais nada foi para dentro, em suma, se só agora chegou a este blogue, não leia os Post's, não leia, não perca tempo com isso, não valem nada, tudo mal escrito, interesse não têm nenhum, clique mas é no título dos Post's e depois abre uma janela com o Post outra vez, não leia, não vale mesmo a pena, a sério, vá para baixo e leia os comentários, isso sim, ao menos não vai daqui sem nada.

Formiguinha

- Sabes o que aconteceu aquela formiguinha que passava a vida a trabalhar?
- Aquela que trabalhava muito?
- Aquela que trabalhava muito, muito, muito...
- Subiu de escalão?
-...
- Remuneração compensatória?
-...
- Mais dias de férias?
- Não. Teve um enfarte.

15.4.08

2008/4/15, Ema Santos Viana <emasantosviana>:
- Ocultar
texto das
mensagens anteriores -
Eram bem varridos, mas alguns passaram
ao crivo, uns
dois ou três (ou sou eu a limpar que levo tudo à
frente.)
Tens o livro do
desassossego? (assirio) Bj

oreinabarriga@gmail.com para Ema data 15/04/2008 assunto Re:

Sim, o magazine (F. Policy) poupou uns quantos. Poupou ou varreu para debaixo do tapete.

Eu tenho o link no blogue (ldo. esquerdo) dá para imprimir, (fisicamente) tenho a edição da assirio e da E. América mas está tudo fora. Bj

Em 11/04/08, Isabel Oliveira <> escreveu:
ola
Joãozinha!
(...) Contar sim, mas suavemente, se é k isso é possivel...
dizer k foi para o céu, que é 1 estrelinha brilhante k está a tomar conta dele
lá de cima... e dp, talvez kd for para a escola começar a introduzir o tema k é
afinal tão difícil de abordar como de explicar para tds nós...
(...) 1
beijinho mt grd, espero k a minha opinião seja assertiva.
beijinhos.
- Exclamação relacionada com o Post "A morte de
um ouriço" -
Em 14/04/2008 o reinabarriga@gmail.com
É assertiva, é poetica, são os tais eufemismos que também me ocorrem (me socorrem) nestes momentos. Saber que posso contar consigo é tão confortante... Ainda não me aconteceu, felismente, mas ninguém está de fora da "roleta" , essa é que é essa. Bj

Em 14/04/08, Isabel Oliveira < > escreveu:
- Ocultar texto das
mensagens anteriores -

ola joão. fiquei triste com o k me contou
mas ao mm tp, Deus me perdoe, aliviada... não sei... pensei k fosse outra
coisa...
sabe, hoje tb foi o funeral de 1 aluna minha do liceu Camões.
custou-me tt! aqueles pais! filha única, sofreu tt... alguns 9 anos... foi-me
ver a mim ao hospital e veio a minha casa quando eu estive mal e logo de seguida
ficou ela. a 1ª vez k a vi nem soube o k dizer, dp, ela foi-me ligando,
encontrei-a algumas vezes, vivi intensamente c ela td aquele sofrimento e acho k
ficou tt por dizer e ainda mt mais por fazer... senti-me impotente!!! nem lhe
devo ter dado o apoio k tt precisava kd me ligava aflita e se eu sei o k isso
é...
a vida é tao efemera e tao injusta! era 1 miuda tao educada, tao doce,
tao afectiva, amiga de tds e de ajudar tds, nao parece justo... mas ela
acreditava mt em Deus e foi Ele k lhe deu forças até ao fim...
beijinhos e td
de bom p si e p o seu tesourinho.
Até amanhã


Em
14/04/08, maria joão viana <
oreinabarriga@gmail.com> escreveu:
Olá Dr.ª Isabel,
É tão triste e tão injusto de facto... tão injusto. Tão dificil de aceitar.
De facto uma boa maneira de convivermos que com estas situações é
acreditarmos que Deus não condena ninguém, se "existe" é para "nos" ajudar
a superar a dor.
Já lhe disse que gosto muito de si? Gosto mesmo e acho uma
piada à maneira abreviada que tem de escrever! É o máximo. Parece uma
adolescente! Adoro. Beijinhos

- Exclamações relacionadas com o
Post "Aos meu heróis" -

Tu gotas da mãe?

- Pa-í? Tu gotas da mãe?
- gosto sim.
- Ela é bunita não é?

Os últimos ditadores

Baseado no Post com o mesmo nome da Casa da Liberdade 2008 Um projecto TubaraoEsquilo.
A Foreign Policy fez uma lista dos últimos ditadores a serem varridos do mapa.

Robert Mugabe - Zimbabue
Pervez Musharrat - Paquistão
Hugo Chavez - Venezuela
Omar Hassan al-Bashir - Sudão
Aleksandr Lukashenko - Bielorússia (citada no original como Belarus)

Varridos? Não era melhor aspirá-los para não levantarem?
Ai, se eu fosse melheradias...

14.4.08

Aos meus Heróis

Passei ao lado do Instituto Português de Oncologia Dr. Francisco Gentil Martins em Lisboa um destes dias. Ia de carro, ia para casa. 60 segundos parada no sinal " ... aos que vão dormir aqui, ..." e depois arranquei. Digo sempre esta frase, para vós incompleta. Lembrei-me disto a propósito do (re) encontro com a Dr.ª Carla F. (como se eu precisasse disso para me lembrar que passei ao lado do IPO, que passei ao lado, repito)
A minha homenagem à Dr.ª Rita Palmeiro que operou a Vera (a nossa miuda cute) em 2006, a minha homenagem à Dr.ª Carla e à minha amiga Sandra Godinho e ao meu querido Hugo, aos pais, aos filhos, aos irmãos, avós, familiares, enfermeiras (os), auxiliares, educadoras, voluntários. Eu vim para casa, eles não. Eu cheguei a casa, eles estão parados num sinal. Enquanto escrevo, eles estão parados num sinal, à espera... Eu fiquei 60 segundos e estava do lado de fora e mesmo assim custou-me (uma beca, gosto tanto de ti Hugo). Fui dormir a casa, o mundo é injusto. Eles não. O mundo é desigual. Em especial à unidade de cuidados paliativos, a minha homenagem. Vocês (todos) são os meus heróis.
"... ninguém que aqui entre conseguirá evitar a sensação de
que, de repente o mundo ficou virado do avesso. E é esta imagem que faz com que
quase todos os que por aqui passam, ponham em causa muitas das suas prioridades,
relativizem os seus problemas e sobretudo, olhem para a vida de outra forma. A
taxa de sucesso dos tratamentos felizmente aumentou... Mesmo assim são muitos os
meninos que perdem a guerra contra a doença. O mal ataca as crianças e as
famílias... O mal também vai moendo quem com ele trava uma batalha diária. O
pessoal do IPO está sujeito a níveis de desgaste terríveis. Médicos, enfermeiras
e educadoras contam como aprenderam a lidar com as perdas... Tudo pode mudar, a
qualquer momento, inesperadamente e para sempre, a frase é do escritor Paul
Auster e não se refere especificamente ao cancro. Mas certamente que todos os
que algum dia já tiveram de lidar com esta doença sentirão que esta frase também
lhes pertence. Porque todos aprenderam que o amanhã é incerto..."
Reportagem SIC : "O Mundo ao Contrário" Jornalistas:
Cristina Boavida e Paulo Cepa (Imagem) Edição de Imagem: João Ricardo Santos
Grafismo: Rita Esteves Correia Pós-produção Áudio: Pedro Godinho Produção:
Isabel Mendonça Coordenação: Daniel Cruzeiro Direcção: Alcides Vieira

Primeira página

Apesar do adiantado da hora aqui vai uma notícia de primeira página:



É esta a nova namorada de George Clooney.

Do Reynaldo Gianechini, assim é que é.

Mentira! É a nova namorada do Eng.º Sócrates.

Naaa... esta é a madrinha do meu filho. A minha querida Alice. A minha maninha. E vocês já deviam saber que isto é o reinabarriga não é nenhum folhetim de imprensa cor-de-rosa.

E agora tenho que publicar a foto do Vitor, é sempre assim, é porque ele é o padrinho do meu filho e é porque eu publico uma foto da Alice tenho que publicar uma do marido logo a seguir, é porque eu vou com a Alice a qualquer lado tenho que ir dizendo: olhe que o marido vem já aí a seguir, é uma maçada, ter uma grande amiga gira, boa, gira, é uma maçada.


O cabelo da maínha

- O cabelo da maínha é tão bonito mãe! É catanho.

Mil e uma maneiras de evitar o cancro

Evitar o cancro é mais difícil que andar à chuva, sem chapéu sem nos molharmos. Há mil e uma maneiras de evitarmos as mil e uma formas do cancro, há as que toda a gente já sabe e há uma singela que tomei nota à pouco tempo: o plástico das garrafas de água (por exemplo) é tóxico, com o calor essas toxinas são libertadas para a água (já há registo de terem sido encontradas em tecidos mamários essas toxinas). Temos urgentemente que substituir a garrafa de água que anda connosco na mala e no carro (um habito que todos nós temos), por uma de vidro. Quem anda à chuva...

13.4.08

O Kinhas no Parque das Nações

"Se não tem uma avó diligente, uma sogra disponível ou uma babysitter de
confiança, há agora uma solução. O Kinhas fica no Parque das Nações e é um mega
parque infantil onde pode deixar as crianças e ir à sua vida, sem remorsos ou
receios ou qualquer uma das aflições que acometem com frequência os pais.
O
Kinhas é grande. Tão grande que nem sequer faz mal não ter um espaço ao ar livre
para eles correrem. Ao longo de uma parede enorme, há um labirinto cheio de
subidas e descidas, escorregas, tubos, piscinas de bolas, passagens estreitas,
pontes. E para os rapazes mais fanáticos do futebol também há um sítio para dar
uns pontapés na bola. Tudo com as cores primárias, encarnado, verde, azul,
amarelo. A verdade é que eles gostam tanto que o difícil é convencê-los a sair.
(...) O Kinhas tem uma parede com secadores que os pais adoram, porque levar uma
criança quente e encharcada para a rua é o mesmo que pedir uma pneumonia aos
céus. Além dos secadores, há cacifos para deixar os sapatos, porque no interior
do Kinhas só se entra de meias. E, mais à frente, há um espaço para kotas. Se
não sabe o que são cotas (aqui dignamente designados com ‘k’) o mais certo é
estar em negação. Nesse lugar para os mais crescidos, há café, sumos, sandes e
bolos.
Mas aqui não há só brincadeiras à hora. Também se fazem festas de
aniversário. E deve haver poucos miúdos que lá vão à hora que não saiam a dizer:
“Quando é que eu faço anos? Quero fazer a festa aqui!” E não só. Também existe o
programa Kinhas Kuida, um serviço que permite aos pais irem jantar fora (das
19.30 às 23.30) e o programa Kinhas Férias, para ocupar os tempos livres da
miudagem (das 10h às 19h).
O Kinhas é um projecto antigo de Telma e Pedro
Esteves, que se concretizou no dia 6 de Maio de 2007. “Abriu, por coincidência,
no Dia da Mãe e é uma homenagem à minha mãe, a quem chamávamos carinhosamente
Kinhas.” Sobre a concretização deste sonho, Telma descreve-o como um sítio
“acolhedor, colorido, alegre, seguro e luminoso”, pensado para os mais pequenos
mas também para os pais deles. Porque os pais também merecem tomar um
pequeno-almoço reforçado e tranquilo, ao menos uma vez por semana.
www.kinhasparque.com.pt.
terça-feira, 5 de Fevereiro de 2008"

Castigo

No Sábado moí-me (como diz a minha mãe). O Miguel não quis aliviar-se no bacio e tal como a minha mãe já tinha feito (mas com sucesso), apliquei-lhe um castigo:
- Filho, a mamã não vai dar a chucha para tu dormires, a mamã só volta a dar a chucha quando tu fizeres uso do bacio, ou da sanita.
Resultado: O Miguel foi para a cama a chorar, eu fui para a cozinha a chorar, cheia de remorsos, cheia de vontade de voltar a trás, ainda para mais o meu filho não merece castigo nenhum, castigos merecem os meninos que se portam mal, que são mal-educados e indisciplinados, ”é preciso dar tempo ao tempo”, ele está desenvolvido em tudo, algo mais que esse tudo terá que esperar (teremos que esperar) até ser altura, olhava para o relógio, a Alice há-de estar a chegar (a madrinha do Miguel, a minha mana), ela deve estar a chegar e vai ajudar-me porque eu não quero, não devo voltar a trás com a minha palavra, para não criar precedentes (?) mas também não aguento mais o meu filho chorar e se ela não vier entretanto, eu vou direitinha dar-lhe a chucha, vou pedir-lhe desculpa e vou abraçá-lo até ele adormecer, o bacio fica para depois. A minha querida Alice chegou (chega sempre quando eu estou aflita, mesmo que não tenhamos combinado nada, é assim) a Alice que criou e educou uma filha (que tem hoje 26 anos) com a maior sensibilidade e sabedoria, a Alice é a mãe que eu gostava de ser daqui a 26 anos quando olhar para trás e não era de esperar outro ensinamento que não este que ela me deu logo ali, assim que chegou:
- Não se devem dar castigos aos filhos, João, que sabemos que não vamos conseguir cumprir. Tu des-te um castigo ao Miguel que nunca vais conseguir cumprir, mais valia teres dado um castigo mais suave. Posso ir vê-lo?
- Claro que sim, vamos as duas.

E foi cheia de alívio que abracei o meu filho, lhe dei a chucha que ele tanto queria e o vi adormecer calmamente, sem castigos, sem mágoas. Para a próxima terei mais cuidado maninha e não darei nenhum castigo que depois não seja capaz de cumprir.

Teste de velocidade

Vá a este site e teste a velocidade, por exemplo, da Internet que está a usar. Clique na pirâmide para sinalizar a sua localização (por exemplo, Lisboa) e aguarde que o conta rotações complete o teste para saber a quantos Megas anda. Ele até informa o ISP que está a usar (o meu é Novis Telecom S.A., é a clix, e na clix anda-se a 6 Mb, é bom!)

11.4.08

de oreinabarriga@gmail.com
para Ema emasantosviana mostrar
detalhes
16:52 (2 minutos atrás)

É o João Ayres mas se queres falar
com ele vão lá para fora ok? Que isto aqui não é nenhum chat :)

Proposta

"... que sejam interditos os sites da internet que não
tenham directamente a ver com as necessidades do serviço, sejam eles de
carácter lúdico ou de interesse extra laboral. Com os melhores
cumprimentos,..."
Isto numa tentativa de salvar a honra do convento, mais, é que eu detesto, odeio! Ter a fama e não ter o proveito.

Ema Santos
Viana emasantosviana para
oreinabarriga@gmail.com
mostrar
detalhes
16:47 assunto: desculpem lá

Mas o João é o João Ayres ou o João David? Desculpem lá mas eu
cheguei agora...

de Ema Santos Viana emasantosviana ocultar detalhes
15:41 (16 minutos atrás)
para oreinabarriga@gmail.com

data
11/04/2008 15:41 assunto saudades

Olá
priminha,

Que saudades!! Mas que grande avanço! Está lindo o teu
blogue mesmo sem o nosso menino, e já dá para exclamar (adorei o termo) . Vou
continuar a ler... um beijo, graaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaande para os
dois.

9.4.08

A culpa não é da ministra da educação

Não é a ministra da educação que está errada, não é o sistema de avaliação que é inviável, se é injusto é porque a quem cabe a tarefa de avaliar não a cumpre com isenção, com rigor e disso a ministra não tem culpa, o seu mandato não pode esperar por uma nova geração de líderes, de patrões, de chefes. A avaliação do pessoal por parte dos órgãos dirigentes obedece a critérios, a quotas, assim tem que ser, tudo tem as suas regras, elas são passiveis de serem articuladas para que o resultado final seja equitativo.
Se não o é, a ministra não tem culpa. Não pode ter culpa se um pai avalia um docente com ignorância ou por retaliação, se uma comissão de avaliação favorece um funcionário desfavorecendo os demais numa escolha tendenciosa e de critério duvidoso. Isto não está na Lei, nunca estará. Está na consciência de cada um.


Palmatória de madeira, origem desconhecida, c. 1900 Coleção de Marisa Lajolo
"Utilizada para aplicar castigo na palma da mão. Os furos funcionavam como ventosas que a cada golpe provocavam dor e inchaço. Embora os castigos físicos fossem proibidos, registra-se o uso da palmatória nas primeiras décadas do século XX. Viriato Correia relata o uso escolar da palmatória no seu livro Cazuza (1938)." Veja a ilustração da cena de castigo com palmatória e o respectivo capítulo do livro.
Texto e imagem extraídos de http://www.crmariocovas.sp.gov.br/

Uma perfeição de cão

Conheci um cão
Que falava
Que escutava
Que cantava
Que brincava
Que ladrava
Que fazia o pino
E que era um grande dançarino.
Que jogava à bola
Que perdia
Que ganhava.
Que estudava
E que andavaComigo na escola.
E que tal?
Era ou não
Uma perfeição de cão?
Não acreditam?
Fazem mal.
Era um cãoDe imaginação...

Maria Cândida Mendonça, O Livro do Faz-de-Conta


E se em vez de cão, fosse um coelho? Sr.ª Prof.ª M.ª da Encarnação?

Agressão a professores

Ultimamente muitas agressões de alunos a professores se têm gravado (via telemóvel), muito se tem discutido e publicado sobre o assunto e este Post vem a propósito de cobardia.
O meu pai e a minha mãe foram alunos há 60 anos atrás. Há 60 anos atrás havia a palmatória e uma senhora que era senhora professora e bastava-lhe isso, ser senhora professora para manter os meninos em sentido. Amedrontados. Acanhados e infelizes. Sem vontade de aprender coisa nenhuma apesar dos livros terem bonecos e textos encantados e com pavor de irem para a escola. Não havia telemóveis. Se os houvesse muitos vídeos estariam a circular no you tube a mostrarem meninos e meninas, com menos de meio metro, enfiados dentro de umas batinhas colegiais, com fome, cheios de bolhas e calos nas mãos, sangue por vezes, a levarem reguadas fortíssimas como disparos de chicote no tempo da escravatura (e sempre que fugissem com a mão à palmatória, levavam mais), haveria registo de uma senhora professora que não devia ser mãe nem nada, nunca sorria porque não tinha sequer sentido de humor, tal como os telemóveis e as play stations, não havia sentido de humor há 60 anos, se havia não entrava numa sala de aula, sob nenhum pretexto ou contexto.
O meu pai conta muita vezes a história de um colega de carteira que um dia fez uma composição sobre animais da quinta, o colega escolheu os coelhos e a composição começava assim (o começo o meu pai sabe contar, o meio e o final da composição não sabe ninguém pois o menino nunca chegou a ler o resto...)
" Há coelhos de todas as cores, azuis, amarelos, verdes..."
A professora não subentendeu uma enorme criatividade naquelas palavras, a professora que não era mãe nem nada, não sabia que os coelhos são de facto de todas as cores porque a cabeça de uma criança é uma palete de cores incrível, e quando lhes pedimos para fazer um trabalho o mais certo é que elas pintem o mundo como o vêem, a professora subentendeu antes que o menino não podia pintar o mundo à sua maneira, muito menos coelhos e deu-lhe com um ponteiro de madeira no alto do cocuruto e nos ouvidos até já não lhe apetecer mais gastar energia com maus tratos a menores e devia ter sido processada, condenada (isto a haverem telemóveis há 60 anos atrás) por ter causado sucessivas otites a uma criança que hoje é um homem praticamente surdo sem necessidade nenhuma. E por ainda hoje o meu pai chorar (um homem com 70 anos) quando me conta isto.
Aos meninos e meninas que hoje em dia agridem professores, aos meninos e meninas que atendem telemóveis durante a aula e jogam game boy em vez de olhar para o quadro e batem nos professores, vão de encontro a eles, gozam com eles, portam-se como macaquinhos com doenças do foro psiquiátrico, chamam os paizinhos, fazem esperas, empunham canivetes, vocês são uns cobardes! Uns merdas! Vocês deviam ter andado na escola há 60 anos, ou há 50 ou há 40 ou no meu tempo há 30, vocês deviam ter tido a Professora Maria da Encarnação e queria ver se mostravam valentia alguma.
Merdas. Merdas são o que vocês são. Por causa da porcaria de um telemóvel.

Otolimo

- Mãe? Posso puxá o otólimo?

Em 2008/4/8 Paulo Castanheira escreveu:
E não será a cobardia de uns a valentia de outros?
(países)

P. Castanheira


Em 08/04/08 <oreinabarriga@gmail.com>escreveu: -Ocultar
texto das mensagens anteriores - Nesse caso o Bush foi um valentão!

As tentativas de diálogo não são um acto cobarde
nem declarar guerra um acto de valentia.


Em 2008/4/8 Paulo Castanheira escreveu:
Concordo plenamente. O que queria dizer é que as grandes
potências exercem supremacia sobre os mais fracos porque estes permitem, ou não
podem defender-se...


Em 08/04/08 oreinabarriga@gmail.com escreveu - Ocultar
texto das mensagens anteriores -

Bolas, agora que estávamos outra vez a discordar começámos a
concordar um com o outro...

Acto de cobardia foi o acto dos países aliados que não
disseram ao Bush que não. Havia outros meios. Vergaram-se. Mas também não
os condeno totalmente, tiveram cagufa (quem não tem?): E se de hoje para amanhã
sofremos um ataque terrorrista? Chamamos os marines e eles Ah, e tal, onde é que
vocês estavam na guerra do Iraque? Ah pois é...

Foi cobardia, mas foi por questões de segurança também, a meu
ver foi mais uma maneira de mantermos a aliança, porque um dia, quem
sabe...

2008/4/8 Paulo Castanheira escreveu:
Concordo outra vez:)


08/04/08 oreinabarriga@gmail.com escreveu: - Ocultar texto
das mensagens anteriores -

Boa, é melhor começarmos a falar de bola. Hã?

8.4.08

1 Exclamação no livro de exclamações


Em 2008/4/7, Paulo Castanheira escreveu:

Sadam foi capturado e condenado, as armas de destruição massissa nunca foram encontradas, Bush não foi condenado. Augusto Pinochet ditador Chileno foi vítima dos seus 91 anos, morreu de complicações cardíacas, não foi enforcado nem acabou os seus dias numa cadeira eléctrica. A Hu Jintao nada vai acontecer. Ele é simplesmente o Presidente do maior país do mundo que vai ser a maior potência económica do mundo e passar não só a ocupar parte do seu território com ditadura chacinara como parte de todo o mundo também. Gostei quando disse num dos seus post’s: “Portugal é pequeno, pior,pequeno e não se levanta. Governa inclusivamente deitado. Não era preciso pôr-se em bicos dos pés, era preciso apenas que fizesse uso da espinha, como País vertebrado que é, para se erguer, para se por de pé (…)” “(…) sobra-nos a inveja e rastejarmos perante os que são medíocres.” E agora? Mudou de ideias? Concorda com a posição do nosso governo e com a do Presidente da Comissão Europeia? Nãolhe parece que a palavra“moderado” devia ser substituída por cobarde? Benigno?Um país que comete todos os dias atentados contra os direitos humanos?
Um abraço (gosto muito das suas crónicas, não concordar consigo não muda nada em relação a isso).

P.Castanheira


Em 08/04/08, <
oreinabarriga@gmail.com>escreveu: -Ocultar texto das mensagens anteriores - Não me parece que o nosso país, o nosso governo merecesse ser condenado em Haia pois não? Pelos atentados que “comete todos os dias contra os direitos humanos” como diz. É certo que somos um país de espinha dorsal flexível a que se poderá chamar cobardia, é certo que são cometidos erros,atentados aos direitos humanos todos os dias, mas a grande parte deles não são cometidos pelo governo, são cometidos por nós! Por ora, insurjo-me contra as injustiças sociais, contra o despropósito (desproporção) de algumas Leis, aguardo com uma confiança periclitante o desfecho do Processo Casa Pia,abomino actos isolados como a morte da Gisberta por exemplo, os atentados à bala que ocorreram recentemente, um de carjacking os outros a funcionários de dois centros comerciais, que por serem actos de criminalidade isolados não devem ser tratados com brandura, enfim, revolto-me com a submissão, a subserviência do nosso governo(e outros) perante governos de países que têm maior poder o tal poder que não advém da nobreza de espírito e de vontades, mas sim do seu poder económico,mercantil, populacional, geográfico, por fomentarem a guerra e oexercício da violência para fazerem valer os seus interesses (a guerra no Iraque foi um crime hediondo cometido pelo Presidente dos Estados Unidos comparticipado pelos países aliados, assistido pelos restantes. Não podia concordar mais consigo Paulo quando diz “Sadam foi capturado e condenado, as armas de destruição massissa nunca foram encontradas, bush não foi condenado. Augusto Pinochet ditador Chileno foi vítima dos seus 91 anos, morreu de complicações cardíacas,não foi enforcado nem acabou os seus dias numa cadeira eléctrica. A Hu Jintao nada vai acontecer.” Agora, eu enquanto cidadã, autora de Post’s num blogue qualquer,posso perfeitamente trocar a palavra “moderado” por “cobarde”,“benigno” por“atenta contra os direitos humanos” mas se exercesse um cargo de Presidente da Comissão Europeia ou de um país, não poderia usar outra arma que não fosse o acto sensato de promover a paz e não o conflito (neste caso a celebração e não o conflito), promover o diálogo e não o isolamento de um país porque o isolamento de um país não é um embargo aos seus governantes é um embargo a milhões de pessoas e suas necessidades e isso também é atentar contra os direitos humanos não é? Sim, concordo com o Presidente Durão. Ou melhor, a bem da verdade, não posso deixar de concordar com ele. A nossa força são as palavras,mas mais força ainda têm aplicadas no seu devido contexto. O contrário também se aplica.
Abraço