oreinabarriga

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10.5.08

O Miguel e a ambulância de verdade

Não estava à espera (ninguém está à espera) de voltar a sentir nas minhas mãos, no meu peito, na minha cara o morno sangue do meu filho. O mesmo cheiro que se entranhou na minha memória, quando o Miguel acabou de nascer, ensanguentado como deve de ser e o colocaram em cima do meu coração alvoroçado, ontem avivou. Foi só um susto. Já passou (ontem era vai passar, filho, a mãe está aqui, vai passar).

Estava a limpar o Miguel no banho (fase da secagem, portanto) e no meio de tantos saltos e tentativas de chegar com os bracitos às coisas que estavam em cima do lavatório da casa de banho, tombou bruscamente para o lado e de cabeça (como um mergulho) caiu em cima do vaso de vidro que tinha o Felicio (Cacto), ainda tive tempo de lhe deitar a mão (sem noção se lhe ter deitado a mão valeu afinal de alguma coisa), quando veio ao de cima era sangue por todo o lado a jorrar não se sabia de onde, a cara com sangue, os olhos, as orelhas a boca, limpei-lhe os olhos, as orelhas a boca com uma toalha e não jorrou mais sangue, boa, 3 hipóteses fora! O rio vermelho escorria pelo pescoço (tinha lógica, como ele se cortou com a cabeça virada para baixo o sangue escorria-lhe para a cara, mas isto da lógica existir em momentos extremamente complicados não é nada justo) tive que voltar a meter o Miguel na banheira e o chuveiro a desbravar aquele jorro de sangue e quando vi o golpe na cabeça, na zona parietal direita foi um alívio, primeiro foi um Oh, Meu Deus, que grande! para dentro, mas depois foi um alívio ter encontrado o golpe, ele havia de estar em qualquer lado. Embrulhado numa toalha e ao meu colo sentei-o na minha cama, fui buscar outra toalha molhada para a cabeça, limpei o Miguel o melhor que pude, vesti-lhe um pijama daqueles abertos à frente (estou a relatar tudo tin-tin por tin-tin porque esta do pijama aberto à frente por exemplo, ninguém se lembra de ter um à mão e podem crer, foi uma grande invenção e no momento de levar alguém (uma criança ou um adulto mais idoso) para o hospital não há nada melhor, é prático de vestir, aconchega, no meio disto tudo talvez algo possa ser útil na próxima vez que os nossos filhos decidirem mergulhar para cima de vasos com cactos) e liguei para o 112 sem mais demoras, a demora foi o 112 atender, demorou um bocadinho, é verdade mas assim que a telefonista atendeu confirmou logo a morada nem precisei dizer (vantagem de ter o número de casa registado), relatei o acontecido, disse a idade do Miguel e que apesar do golpe profundo estava sem qualquer sintoma preocupante (isto já para uma médica, ou enfermeira, não sei) apenas estava (eu) incapaz de estancar o sangue e por isso pedia uma ambulância, a voz do outro lado disse assim:

- Mantenha a calma, fez um relato tão lúcido que não preciso saber mais nada está bem? Vai já para aí a ambulância.

Se conseguirmos manter-nos algo frios, não é calmos é frios, com os sentidos todos a alerta, a cabeça a funcionar, agimos melhor e poupamos às vezes muito sofrimento ou pelo menos mantemos a lucidez e não assustamos mais quem está magoado que só por isso está extremamente assustado. O Miguel é uma criança fora de série, de uma coragem que chega a ser orgulho num menino tão pequenino, não chorou, não mostrou mais do que o medo natural, acatou tudo o que lhe ia dizendo que ia acontecer (a mãe agora vai por água, a mãe vai limpar, a mãe vai telefonar ao médico, vem aí uma ambulância de verdade! Como se fosse uma coisa boa, vir aí uma ambulância de verdade, mas consegui fazê-lo acreditar que era uma emoção), mas nem todas as crianças são assim e nem todas as quedas são inofensivas como esta que nos aconteceu. Passo a descrever a informação contida num modelo que trouxe do hospital a fim de ficarmos atentos a qualquer sintoma que possa surgir e é uma informação muito valiosa:


"Qualquer traumatismo craniano pode ser acompanhado por um determinado número de sintomas e sinais, durante um período de 2 a 3 dias após o traumatismo, sem que daí resulte necessariamente perigo eminente para o doente, nomeadamente vómitos, dor de cabeça, sonolência, tonturas e vertigens.

Contudo o aparecimento destes sintomas e particularmente o seu desenvolvimento progressivo, bem como o desenvolvimento de novos sintomas, tais como:

Paralisias (falta de força);

Alterações da visão (visão turva e outras);

Alterações da fala;

Convulsões ou ataques epilépticos (desmaio, espumar pela boca, estrebuchar, revirar os olhos)

Perturbações do equilíbrio;

Alterações progressivas da consciência


Constituem indicação obrigatória para reavaliação médica, pelo que deve voltar ao Serviço de Urgências Hospitalar."


Isto também quer dizer que uma queda cujos sintomas são uma grande berraria e a cara cheia de lágrimas é bom. Quando eles desmaiam ou vomitam, ou não desmaiam nem vomitam mas olham para nós e não falam e não reagem é que é pior.

Eram 7 e meia da tarde e ontem eu andava com o Miguel ao colo pela casa à espera da ambulância para ele (e eu também) ficar desperto e distraído do que aconteceu.

- Vem aí a ambuânxia?

- Vem filho, uma ambulância de verdade!

- E vêm os bombeios?

- Sim filho, igual à tua ambulância e aos bombeiros com que o Miguel brinca, mas estes são de verdade, vão levar a mãe e o Miguel para o Hospital.

Nisto a minha mão (a que estava à altura da nuca do Miguel) estava a ficar com demasiado sangue, pousei o Miguel no chão, tirei-lhe a toalha da cabeça, ele viu a toalha cheia de sangue, não disse nada mais uma vez, não se alarmou quando viu a minha mão vermelha teve esta reacção:

- Ixo é sangue mãe? Tás a deitá xangue?

E começou a chorar.

Orgulho e tanta sensibilidade, como se a mãe estar a deitar sangue fosse afinal a coisa pior que lhe podia estar a acontecer. Há coisas que eu não precisava estar aqui a escrever, ficam gravadas na minha base de dados sentimental (para sempre), que eu sei.

A ambulância veio depressa (10 minutos, 10 minutos parece que se passou uma hora, mas o que interessa é ter calma), veio a ambulância e veio o pai que os deixou passar na escada e lhes deu o lugar no elevador: - Vão, vão, eu vou a seguir. - Nem imaginou que fossem para nossa casa! Quando chegou eu avisei: - O Miguel caiu mas não te assustes, está tudo bem. - Acho que ele se assustou mesmo quando passou pela casa de banho e viu sangue por todo o lado. Os bombeiros mediram a pressão arterial ao Miguel, não tiraram mais vidros porque eu catei-os todos, mas atenção, se houverem vidros dentro da ferida nunca, mas nunca devem ser por nós retirados, lembram-se se uma série, não sei se a "Anatomia de Grey" se o "Serviço de Urgências" o caso de um homem que foi parar ao hospital com a cabeça cheia de pregos? Foram retirados nas urgências, quando é assim, a ordem é não mexer, tal como está vai para o hospital e lá os médicos retiram sem causar danos, sem enterrar os vidros, ou os pregos, ou seja aquilo que for. Eles é que sabem. O Miguel só tinha vidros no cabelinho e no pescoço. Raparam um bocadinho de cabelo, estancaram o sangue, puseram betadine enrolaram a cabeça do Miguel com uma ligadura e lá fomos nós, eu com o Miguel na ambulância, todos a fazer tinoní-tinóni, bombeiros e tudo, e o pai atrás na carrinha bilante! que é como ele chama a carrinha do pai (carrinha brilhante). Um dos bombeiros é que foi fazer a ficha, eu e o Miguel fomos para a sala de espera (Hostipal Amadora/ Sintra) e no meio de crianças aos pulos e aos berrinhos por causa de um galo passeava o Miguel com 3 voltas de gaze à cabeça, por baixo um "lenho" coisa para levar uns 5 pontos e 2 dedos de linha e nem um Ai. Travamos conversa com toda a gente, menos com um menino que a mamã suspeitou que tivesse escarlatina e então, volta e não volta, dávamos meia-volta. Veio uma enfermeira, o Miguel foi pesado (para saberem que dosagem de anestesia lhe podem aplicar) e perguntam coisas que devemos saber na ponta da língua:

que medicamentos toma a vítima;

se é alérgico a algum medicamento;

se tem alguma doença.

Despedimos-nos dos bombeiros que foram uns amigalhaços! Simpáticos, carinhosos com o Miguel, atenciosos com a mãe e fizeram um bom trabalho. Desejamos que a noite fosse muito boa para eles e para todas as crianças do mundo.

A médica que assistiu o Miguel examinou o golpe: - Ih, que fundo, e comprido! Mas não é grave mamã. Vai levar pontos, vai doer um bocadinho, a pica, mas tem de ser. De resto não há mais nada, não há traumatismo, está tudo bem, não é preciso fazer um raio x.

- Por favor Doutora, se fizer um raio x eu vou tão mais descansada.

A médica sorriu, aquele sorriso que não precisa de palavras eu já sei que me vão dizer que sim.

- Está bem mamã, mas é só para ficar mais descansada. Os raio x fazem mal... ele é pequenino...

Mas lá foi ao Raio x que felizmente nada acusou.

Os pontos foram a parte pior. Calhou-nos uma médica bonita e simpática, uma querida, a Dr.ª Rita Tomás, segurámos (eu e o pai) no Miguel, eu na cabeça, o pai no corpo, para que o Miguel não se mexesse durante as três picadas da anestesia. Se não é feito de coragem o meu filho e de anjo, eu não sei...

A cara dele era de algum sofrimento a aguentar-se.

- Está quase Miguel - Dizíamos os três em uníssono. - Mais um bocadinho.

Eu dizia o costume para além do está quase: - Vai passar filho, vai passar. Já está!

E foi aí que o Miguel chorou até vir a Dr.ª Rita com um balão e um desenho feito no balão por ela mesmo!

Peguei nele, dei-lhe um abraço forte e senti zumbidos nos ouvidos.

- Toma o Miguel pai, acho que vou desmaiar.

Não desmaiei mas andei ali aos papéis. O pai está sempre presente, é aquela companhia que está ali como uma fortaleza para o caso do forte da mãe cair por terra, como os castelos de areia, de repente, vem uma onda...

- Isso, fique aí quieta que isso é o stress a passar, é a descarga.

Dizia a Dr.ª Rita lá do fundo de um poço, mas eu ainda ouvia qualquer coisa.

Antes de virmos para casa ainda fomos à 1ª médica que nos atendeu (para dizer a verdade eram duas ou mais porque o Miguel parece que tem mel, toda a gente se apega a ele).

- E agora Dr.ª? É melhor ele dormir para o lado esquerdo não é para não "pisar" a ferida?

- Ele dorme para o lado que se sentir melhor, as crianças estão muito mais perto da natureza que nós, que já nos afastámos muito, de modo que as crianças sabem como ninguém para que lado é que lhes dói por exemplo.

Para além de jovens e bonitas apanhar médicos e médicas com sensibilidade é pedir muito para quem não pediu nada não é? Mas que as há, há.

E filhos com enorme coragem, cujo próprio sangue não lhes dói (ou fazem que não lhes dói), mas aquilo que pensam ser o sangue da mãe, os faz chorar...

É sensibilidade não é?

É coragem é orgulho, é ser especial. É eu não saber se mereço. É esta vontade de chorar e de o abraçar muito assim que ele acordar da sesta e chamar mamã, mamã...


sexta-feira 9 de maio de 2008

33 comentários:

Becas disse...

Então Puto? Ganda mergulho!!
E ninguém se lembrou de levar o cacto também ao hospital?
Isto sou eu a destressar que já chorei.
Se precisares...
Um beijo aos 3.

Rainha Reles disse...

Quando li o titulo do Post assustei-me a valer, vá lá, vá, lá... Daqui a nada estamos aí, e levamos um catu novo tá bem? Bj

Rainha Reles disse...

É verdade! Fos-te fantástica! eu não sei se era capaz, ainda por cima escreveste um Post útil a contar a história do mergulho. Boa Poca.

Gema disse...

Tu sabes que não posso ir aí, esta porra do oceano Atlântico! Mas fica alerta aos sintomas pós...
Um grande beijo ao Miguel, ele é mesmo corajoso e sensível, tem aquem sair, nós sabemos a quem. Estives-te sempre bem, melhor era impossivel, o Miguel então, sem palavras. Beijos de todos nós aqui.

MiudaCute disse...

Coitadinho do pequeninosinho, beijinhos querido! E para a mamã também. Realmente quem olha para vocês até pensa que são frágeis... Assim é que é. Desejo que o Miguel melhore rapidamente mas que tenha sido a primeira e a última que os pais devem ter apanhado um grande susto e as visitas deste blogue não gostam de Post's como este! (apesar de me ter emocionado quando li a parte do sangue nas mãos da mãe) Beijinhos

Carmina Burana disse...

Obrigada a todos (aos que ligaram (tb. Catarina B. João Ayres, Dr.ª Carla).
O Miguel está ótimo, foi um susto e eu não sou nada disso que dizem, o meu filho sim, foi muito forte e desde o atendimento do 112 às urgências do Hosp. Fernando Fonseca foram todos *****. Um beijo

Carmina Burana disse...

Está muito bem, adormeceu ao meu colo (agora é só mimo ontem dormiu no meio de nós, fiquei com aquele cheiro, mesmo depois de ter tomado banho, pode ser sugestão...) não tens apetite, é? Ou perdes-te a gula?

João Ayres disse...

Já estive a olhar para a lasanha que a Jareth deixou no forno mas ou é da comida Italiana... a Isabel está a ajudar a inaugurar o parque de diversões que uns vizinhos fizeram na relva do jardim, eu sei bem o cheiro que tu falas, quando a Isabel nasceu também fiquei com ele, é de sangue e cabelos (já te disse que és corajosa, e tens sensibilidade e bom-senso não já?

Carmina Burana disse...

É isso João é sangue com cabelos mesmo. Não nos abandona. É o cheiro da nossa cria. Reconhecia aquele cheio a léguas.

João Ayres disse...

É difícil no entanto definilo, é. Queres café?

Carmina Burana disse...

Não há-des tu ter insónias tantas vezes acedes a esse prazer, mas conta-me, quando a Isabel fez o corte no espelho, depois começamos a falar de outra coisa não terminas-te.

João Ayres disse...

Adoro café, frio, quente, expresso, o da minha mãe, tu sabes, começo por não resistir ao cheiro. a Isabel estava em casa da irmã da Débora e a correr foi contra um espelho, fez um golpe no parietal (sangue com cabelos) mas a Isabel não é o Miguel, teve que levar 3 pontos mas fui eu que cozi a minha filha no Hosp. Infante D. Pedro(o que vale é que conhecia o médico que a assistiu, aliás, nos assistiu aos dois.

Fiore disse...

O meu pequeninozinho partiu a tola :(...
Oh gajinha, mãe aguenta tudo sem chorar. Só chora por dentro e se for preciso muito depois. Um beijinho a todos. Ao menino que deu de novo a cheirar à mãe o aroma de uma cria, aquele que ela sentiu no dia 2 de Julho de há quase três anos. Há mãe que mesmo negra o deita ao mundo e lhe "lambe as feridas" e ao pai que, mesmo de braço partido ou neurónio coxo não te larga Carmina... e no meio do teu stress ampara o vosso filho. E a isto eu chamo cheiro a "familia".
Já agora tu que foges tão bem com a baliza não soubeste ensinar o cato a desviar-se dos remates do teu puto?
Bonito serviço....
beijinhos

Carmina Burana disse...

Ela deve ter feito um xinfrim! Quis que fosses tu a cozer, parece que estou a ver...

João Ayres disse...

Só o pai, ela só queria se fosse o pai, e o médico a pressionar: Ou dás tu ou tenho que a amarrar com um lençol. - Eu (apesar de só ter feito isso na tropa, passei a tropa na enfermaria sabias?) achei que não era capaz de ver a minha filha amarrada, antes com uma cicatriz de zorro e sabendo que aos 20 anos nunca me perdoaria.

Carmina Burana disse...

Olá Fiori! Se eu fosse vazo tinha fugido Fiori, mas sou baliza...
Que estás a fazer? O Rei Artur?
Para o João: Ficou mesmo com cicatriz de zorro?

Fiore disse...

Num xei do Rei Artur. Ontem era para ter saído com ele mas estava muito cansada e não fui . Hoje não sei dele... :s

Fiore disse...

Pronto já soube dele :)

Fiore disse...

boa noite João. olha e tu também te digo as únicas dores que não tiveste foram as de parto. Porque todas as outras ficaram para tu sentires. Mas quem sente as maiores dores é também disfruta dos melhores momentos dos filhos. Beijinho

João Ayres disse...

Rei Artur ou Príncipe Valente? não me lembro é nada do filme, mas também não interessa, acho que vou dedicar-me à lasanha.

João Ayres disse...

O nascimento da minha filha doeu-me tanto Fiori... mentira. Não doeu nada eu é que chorei durante três dias sem me doer nada. A mamã da Isabel é que chorou de dor, não foi um parto fácil, eu estava lá, por isso disse atrás que me doeu.

Fiore disse...

Rei Artur. Pricipe valente só será se me respeitar e se eu continuar a não encontrar nada nele que desperte a faceta mais imbirrante do meu cata-vento.

Carmina Burana disse...

Para a Fiori: Um Príncipe fácil de achar ainda por cima valente... que sorte amiga. Mas tu mereces uma coroa sim.
Vou fumar um cigarrinho, alguém quer vir?

Fiore disse...

-Para o João- As dores físicas por muito fortes que sejam, não deixam as mesmas marcas que aquelas que o coração aguenta.

Fiore disse...

Pois mereço Carmina. Isso eu sei que mereço- Um Rei, um principe valente, com espinhos como as rosas, suavidade como a seda e com cores de arco-irís. A vida é feita disso, dor, suavidade e muitassss coressss... :)

Fiore disse...

Não era uma pergunta João.
Carminha .. tu fala dos meus gatos a todas as pessoas que encontrares. Tenho a Pipoca aqui deitada ao fundo da minha cama. É só barrigava gata... já não ana rebola lol :)

João Ayres disse...

Um homem que caiba dentro desse retrato (Fiori) é um pássaro absolutamente inovador. O pior vai ser para apresentá-lo à familia: - Mamã, papá, esta aguarela é o meu namorado.

Fiore disse...

Apresentar uma aguarela ao meu pai como sendo meu namorado não lhe causava nenhum disturbio. Mau era se lhes dissesse: Mamã Papa voltei para o Pato Bravo.... Ai sim João seria um probleme.
tudo o que não seja Pato Bravo... posso apresentar à vontade. Se conta-se ao meu pai que me tinha apaixonado pelo arco-irís ele até me explicava porquê :)

Fiore disse...

Já perceci que a Isabel vive contigo João, logo se és divorciado, ela passa a maior parte do tempo contigo, logo, é normal que acompanhes mais dos bons e maus momentos da tua menina do que a Débora (a mãe certo)

João Ayres disse...

As voltas, as horas, por horas, aqui em Los Angeles são menos 8 eu podia ter previsto o acidente do teu filho.

João Ayres disse...

Certo Fiori, mas que bebem café comigo sem eu estar presente também é certo.

Carmina Burana disse...

Oh joão, tu dávas um anjo-da guarda lindo, tu tornavas o céu no paraíso que eu imagino, mas não queiras ser um anjo-da-guarda com super poderes!

João Ayres disse...

Vou crer que apenas tenho os super poderes.