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4.5.08

25 de Abril em 4 de Maio

Liberdade é ter a consciência limpa, não é arrumada, é limpa. Liberdade é não ter que mudar de passeio, é ser leal, não é ser fiel, é ser leal. Ser livre não é romper o cordão umbilical é por mais longínquo que for o lugar para onde me distancio, saber sempre o lugar de onde eu venho. Ser livre é perceber que os navios não foram feitos para estarem amarrados ao cais, mas é lá que eles estão mais seguros. Que bom que é ter amarras, assim como é mau andar sozinho no mar à deriva. Ser livre é ter um filho (liberdade do prolongamento). Ser livre é ter um espaço todo em branco para poder escrever. É não ter medo das consequências porque a liberdade bem medida, nunca fez mal a ninguém. Que bom que é pertencer a alguém, à mãe e ao pai, pertencer a um país por mais pobre, pertencer a uma raça por mais discriminada, pertencer a um lugar, reconhecê-lo no mapa interior, que bom que é estar preso, e no fundo, não desejar a liberdade.
Quem é em absoluto autónomo, em pleno independente, totalmente livre? A quem é sempre dada licença e permissão? Ninguém nos dá uma alforria à nascença, mas sim um nome e um número de registo e desse nome a liberdade logo se verá.
A nudez dos corpos é libertadora mas não vestir a alma com uma camisola de gola alta e um sobretudo por cima ainda é mais libertador.
Já não fui a tempo de publicar isto no 25 de Abril, hoje já é 4 de Maio, mas também, eu no 25 de Abril sabia lá o que era a liberdade!

2 comentários:

Rainha Reles disse...

Escritores! Cheios de liberdades poéticas, depois vai-se a ver, ah, liberdade e tal…
vocês escritores (as) devem ser uns gandas chatos não devem?

Carmina Burana disse...

Nem te passa...