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19.4.08

Avaliação

Há quem me avalie de alto a baixo quando passo
Há quem me avalie, pelo sim e pelo não
Estou livre de ser avaliada pela cor e pela raça
Não pela inveja desmedida
Já me avaliaram às cegas
E às apalpadelas
Já me avaliaram em cima do joelho
e sem me dizerem nada
só para eu ficar calada.
Há quem me avalie com admiração
Com lentes de ourives
como se eu fosse valiosíssima
Há quem não me dê valor algum
Há quem finja que não existo
mesmo quando eu insisto
Já fui avaliada de todas as maneiras e ângulos
De trás, de frente e da superfície lunar
Por dentro, por meio de raio x
Por fora, de cima,
já tinha dito,
De baixo, por força de algum atrito.
Mas quem até hoje
me avaliou melhor
Foi na escola, um professor:
A menina parece uma girafa!
(e não foi por causa das manchas,
e não foi da minha altura, que sempre fui anã,
e não foi por ter as pestanas grandes, o fundamento era algo mais simples e óbvio)
A menina parece uma girafa!
Pés na terra, cabeça no ar!


Avaliador: Prof. do 1º ciclo preparatório José Eduardo
Costa

Avaliada: M.ª João Viana, aluna N.º 17

5 comentários:

João Ayres disse...

"Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio
Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração"

Adorei o teu "Avaliação"
Sei que gostas de António Ramos Rosa, por isso deixei-o aqui.
Sei que gostas que te dê as boas-noites enquanto escreves, por isso vim aqui. Boa noite (de inspiração)

Carmina Burana disse...

Não vou estar aqui muito tempo, escrevi este de rajada não me apetece escrever mais nada, vou fumar um cigarrinho e vou dar uma volta aos meus papéis, se encontrar alguma coisa que me apeteça transportar para aqui, pode ser que ainda seja capaz. Mas dúvido, tenho muita coisa em papel, mas são mooooooooooontanhas de folhas. Em papel é que elas estão bem.

João Ayres disse...

O pior é que amarelecem.

Carmina Burana disse...

É do que eu gosto mais. Envelhecem. É poetico os meus escritos emvelhecerem. Mas no blogue, confesso, é tudo mais criativo, genuino, quando escrevia à mão, a passar para a máquina alterava metade das coisas, nunca estava nada bem, depois passei a escrever no word, de cada vez que abria o texto alterava, corrigia, apagava, acrescentava, se abrisse o texto mil vezes, mil voltas lhe dava, no blogue não, isto é mesmo como um diário, como não é para ninguém ler (porque é a ideia que está no subconsciente, isto é um diário, pessoal) aí vai disto, mesmo que não tenha interesse nenhum, e depois sai de chofre, sabes? tipo vómito. É giro. Queres fazer um blogue?

João Ayres disse...

Não. Depois não tinha tempo para ler o teu.