oreinabarriga

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28.1.09

Estou farta dos patrões das fábricas que fecham, farta!

Já aqui falei dos aproveitadores da crise: os empresários que têm fechado fábricas e os jornalistas que não sabem o mal que fazem quando escrevem que a crise levou mais uma fábrica a falir quando toda a gente sabe (ou devia saber e o jornalismo é fazer com que se saiba) que quem levou a fábrica à falência foi o patrão.
Continuo a dizer que somos um país atrasado, mas qual crise? A crise há de cá chegar ao mesmo ritmo que chega o cinema que vemos, muito tempo depois de ter estreado no país de origem, o mais que podemos fazer é prevenção, tomar as devidas precauções, à cautela, porque as coisas (e a crise) não acontecem só aos outros.
A Islândia está falida porque a qualidade de vida era tanta (eu sempre disse que qualidade de vida a mais aborrece e pode levar ao suicídio em particular e à falência em geral), ninguém aguenta não ter que lutar por nada: por um emprego, por uma vaga para os filhos na escola, para ter uma consulta com o médico de família, ninguém aguenta precisar de uma farmácia aberta e haverem dez farmácias abertas. A Islândia era um dos países mais metódicos do mundo, os Islandeses são rapaziada sensível e vulnerável, não estavam habituados a sofrer, como nós, que já falimos há imenso tempo.
Se os jornalistas não andassem sempre a falar na crise dos Estados Unidos e da Alemanha e dos países metódicos e metessem Portugal ao barulho, no pacote, que é uma coisa que só serve para os empresários fecharem fábricas todos os dias e andarmos aqui todos em grande depressão, quando a “crise” cá chegar já o resto do mundo está de pé, curado e esquecido (quem sabe até a Islândia), se não ligarmos ao que os jornalistas dizem (e escrevem) neste entremeio, quando a “crise” cá chegar já vem fraquinha, podemos pegar nela e mete-la num frasco e por uma rolha bem metida no frasco e arrumá-la num sítio onde não estorve, o costume, nada mais nada menos que aquilo que sempre fizemos com a maior das naturalidades com a crise, com o pib, com o pnb, com o défice, com a inflação… Eu já disse isto, o que eu ainda não tinha chamado era:
Asquerosos!
Merdosos!
Medíocres!
A-pro-vei-ta-do-res!
Sem estudos, sem maneiras e sem formação.
Merceeiros! (merceeiros no sentido de cima: sem estudos, sem maneiras e sem formação, para ser patrão devia ser preciso muito mais, é preciso muito mais, só neste país é que chega ser merceeiro, ter mentalidade de merceeiro, merceeiro no sentido de cima, repito, para ser patrão).
Nojentos!
Acima de tudo: A-pro-vei-ta-do-res!
Esses patrões que falo quando fecham uma fábrica em Portugal para depois irem abrir outra, só deviam poder abrir outra na Islândia. Para castigo. Para aprenderem.
Estou farta dos patrões das fábricas que fecham NÃO POR CAUSA DA CRISE mas POR CAUSA DE SE FALAR NA CRISE. Farta.

7 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns pelo post. Pela lucidez do post. Pelo final. Bj

Rainha Reles disse...

Isso. Chama-os aproveitadores e nojentos com todas as letras que é o que eles são.

7 Sóis disse...

Os orgãos de comunicação social espoletaram a crise e os patrões das fábricas que fecham não estão mais que a fazer-lhes a vontade: querem crise? Tomem lá crise.

Anónimo disse...

Estamos todos fartos (só não me farto de te ler).
Para além de estarmos atrasados toda a vida tentámos copiar o que os outros países têm ou fazem de mau. Estamos a copiar a onda de despedimentos e falências de empresas resta saber se justificadas ou se o fundamento é o mesmo de sempre: sermos grandes imitadores.
Gd abraço

28/1/09 17:03 via iPod por P. Castanheira

Anónimo disse...

Ainda não domino isto muito bem. iPod novo, burro velho...

28/1/09 17:11 via iPod por P. Castanheira

Carmina Burana disse...

Via iPod??
Eu não digo, crise? Qual crise?

Carmina Burana disse...

Velhos são os do Restelo.