“Os mineiros de Aljustrel saíram hoje da residência oficial do
primeiro-ministro, em Lisboa, com duas mãos cheias de nada, disse no final da
reunião o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira Jacinto
Anacleto.”
25 de Nov. Fonte: agência Lusa
Pediram uma audiência ao primeiro ministro mas não foram recebidos nem pelo primeiro ministro nem pelo ministro da economia, foram recebidos por um assessor para as questões sociais. Há assessores para tudo, o pm tem que dar trabalho aos assessores, mas os mineiros deviam ser recebidos como gente ilustre que são e isto até me pareceu uma manobra para impedir que os mineiros sujassem o gabinete de fuligem que é uma coisa que não tinha mal nenhum, depois quem pagava a fatura da lavagem do tapete éramos nós e os contribuintes pagam para tanta coisa que até seria uma honra pagarmos a lavagem de um tapete que havia sido pisado por mineiros de Aljustrel.
Saíram da residência oficial com “duas mãos cheias de nada”.
O governo fala em “investidores credíveis” que é uma coisa vaga, nem nome têm, ou nacionalidade, é uma coisa vaga até para uma otimista como eu.
Uma coisa é certa: podem tirar-lhes o posto de trabalho, podem não lhes dar direito de antena (que ontem não se falou ou escreveu outra coisa que não fosse professores, sindicato dos professores e as manifestações contra o regime de avaliação), podem ser "duas mãos cheias de nada", mas a dignidade com que lutam e a força com que ainda se manifestam ninguém lhes tira.
1 comentário:
"O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou hoje que a empresa que explora a mina de Aljustrel, a Lundin Mining, chegou a um acordo com um grupo industrial, que não identificou, que irá permitir a viabilização da exploração da jazida (...)"
05.12.2008 - 11h33
Agência Lusa - Publico.pt
Para ler mais: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1352201&idCanal=57
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