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13.6.08

Fernado Pessoa nasceu à 120 anos e nunca mais morreu


Toda a paz que sinto, quando a sinto, não é mais que desassossego. Esta é apenas uma das coisas que a vida e obra de Fernando Pessoa (mais que de seus heterónimos) me ajudou a compreender.
Fernando Pessoa está espalhado por este blogue, em citações, em poemas, há os excertos D' O desassossego (Bernardo Soares), está nos comentários evocado por diversas vezes, está no side bar: "Pedras no caminho? Guardo-as todas. Um dia vou construir um castelo."
Eu não sei escrever. Ainda bem que eu não sei escrever, sobra-me mais tempo para ler. Que seria de mim, eu, se os poetas não escrevessem por mim? E ficasse de repente, tudo tão claro?
Faz hoje 120 anos que nasceu Fernando Pessoa. Poeta, filósofo? Um poeta é um filósofo, o contrário é que já é mais difícil. Quando se descobriu que Fernando Pessoa tinha nascido, ele já tinha morrido. É sempre assim. Faz parte do ser Português. Não reconhecer ninguém, não dar por nada e assim que essa pessoa se passa para o outro lado, oh! Morreu caneco. E agora? O gajo até escrevia bem, a Mensagem era dele não era? E era tão bom vizinho e amigo de toda a gente ll
ll (Pause) carreguei no pause porque alguém tinha acabado de comentar no Post "O melhor momento", fui ver, alguém que também diz que não sabe escrever citou Inês Pedrosa (que seria de nós, se os poetas não escrevessem por nós? E ficasse de repente tudo tão claro?)
Depois fui buscar o Fazes-me falta, mais lido e relido, não para encontrar o fragmento deixado no meu Post porque ele agora pertence ao meu Post, ao meu blogue, mais do que à Inês Pedrosa (desculpe Inês, mas eu li aquilo e estremeci, no seu livro não estremeci à sua passagem como agora me aconteceu) porque de repente lembrei-me que tenho uma página, a 95, estou a olhar agora para ela, dobrada num canto porque diz assim:
"Tudo o que tocamos se desfaz. Depois fica-nos o vício da decomposição, o perfume intoxicante das coisas mortas. (...) amei com muito mais rigor os meus pais mortos, do que aqueles que tive na vida real durante catorze anos"
Antes da pausa ll era isto (precisamente) que eu queria dizer sobre Fernando Pessoa.

16 comentários:

Carmina Burana disse...

Apanhei-te!
(gostei muito da passagem que citaste de Inês Pedrosa e deu-me jeito Inês Pedrosa para este Post)

Carmina Burana disse...

Mudas-te de reportório? Não era mais fácil apagar tudo?

João Ayres disse...

"Tudo o que tocamos se desfaz. Depois fica-nos o vício da decomposição, o perfume intoxicante das coisas mortas. Pode-se dormir no ombro de alguém uma vida inteira e morar noutros corpos, que nunca se tocaram. O sonho. Foi sempre essa a maior das minhas experiências"

In "Fazes-me falta"
Inês Pedrosa

Esqueceste-te deste bocadinho.

Carmina Burana disse...

Não me esqueci, estava com o livro à minha frente (também foste buscá-lo?) só não vinha a propósito do Post sobre F. Pessoa.

Carmina Burana disse...

Sim, estou a referir-me a isso (tua Re à miudacute)
Não era mais fácil apagares tudo? (que mudares de jorge Palma para Inês Pedrosa)

João Ayres disse...

Fui buscá-lo para escrever o comentário no teu Post " melhor momento"

João Ayres disse...

Não, não era mais fácil, tinha que apagar e fazer tudo de novo

João Ayres disse...

Porque é que a Rainha Reles te chama "sininho?"
Tem alguma coisa a ver com a personagem do "Fazes-me falta"?

Carmina Burana disse...

Não não tem. É uma das minhas alcunhas, é a sininho do Peter Pan

João Ayres disse...

A sininho do Peter pan é ciumenta e vaidosa

Carmina Burana disse...

há alcunhas que me ficam a matar

João Ayres disse...

Pocaontas faz mais sentido

Carmina Burana disse...

Eu tenho uma alcunha para ti?

João Ayres disse...

Para mim e para o J. Palma "Essa miuda"

Carmina Burana disse...

Já podes vir (estou despachada)
Amanhã estou de partida, vou fechar o blogue

João Ayres disse...

Até que enfim!