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23.3.07

Senhora do meu nariz

Hoje acordei senhora do meu nariz.
Se há coisa em mim que em nada me abona, é precisamente, o meu nariz. Penca, Narigão, Nariz, é favor. Acordar, portanto, senhora do meu nariz, devería querer dizer, acordar indisposta, de mau humor, de mal com o mundo, mas nada disso.
Nunca tive complexos em relação ao meu nariz porque nem sempre tive nariz de Júlio Isidro. Nasci praticamente sem nariz. Fiz a primária de nariz pequeno e aperfeiçoado. Fui para o ciclo e nos dois anos que lá andei o nariz portou-se lindamente e só quando fui para o Liceu é que se começou a indignar-se e muito embora as minhas mentiras fossem daquelas mentirinhas da cáca (e diga-se era sempre apanhada) certo que o nariz explodiu cara a fora e toda eu era nariz. Tive sorte, porque no Liceu, os rapazes olhavam mas era para as minhas saliências e para o meu rabo e pouco reparavam que a minha cara toda ela era nariz. Quando reparavam eu sorria e parecendo que não, disfarçava.
Apesar da minha penca, sempre me deram emprego.E ainda consegui namorar com dois dos rapazes dos meus sonhos.
As crianças são muito cruéis como se sabe, umas com a outras, de modo que se o meu nariz se tivesse manisfestado na minha infância, estaria a fazer tratamentos num qualquer consultório de psicologia. Mas não, a coisa passou-se assim, tal e qual como a descrevi e hoje em dia até me dou ao luxo, de me levantar de manhã e sentir-me Dona do meu nariz! O que é bom. Há coisas melhores, é certo. Mas é bom.

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