oreinabarriga

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27.5.08

Noite de Copophonia

Sexta-feira passada fui para a Copophonia, cheguei a casa às três da manhã, ou seja, consegui deitar-me mais cedo que quando não vou a lado nenhum, o que só por si, já é um feito merecedor dum Post. Não, não estou velha para a Copophonia e continuo a ser das poucas espécies noctívagas que aguenta toda a noite praticamente sem alcool nenhum, mantendo a noite e o riso à base de pastilhas de canela. Mas estou ultrapassada. Desusada. Demodé. Que é um facto que demorei a aceitar pelo que saí na sexta-feira e só hoje (três dias depois) estou capaz de falar disso.

As raparigas já não se emperiquitam para sair à noite, vestem umas calças de Pano de Prato (que é um tecido 50% viscose, 50% poliéster, latex e agente fungicida), uma fita larga elástica no cabelo que sempre me faz lembrar as cabeças partidas envoltas numa ligadura, os rapazes apreciam as sandálias em tudo iguais às dos Freis Franciscanos, não tomam banhinho o que lhes confere um ar rural? E vestem bolsos que de lado têm umas calças ou calções. Não usam briefs, muito menos dkny ou calvin klein nem suspensórios e depois andam com o à mostra que é uma coisa que se ainda fosse moda no bairro (os briefs eu ainda assim, fazia noitadas mais vezes) agora boxer's com figuras de baralho de cartas ou imagens de tema de desktop do windows... sinto-me no bairro como a "Oliva" antiquíssima que a minha mãe de vez em quando desencanta do esconderijo dela e põe a costurar. Ponho-me a observar aqueles seres de outra espécie, que povoam a noite (extra-terrestres, ovnis) da mesma maneira que a Oliva se põe a olhar para o 50% viscose, 50% poliester, látex e agente fungicida antes de se atirar à picada. A única coisa que me parece familiar (objecto identificado) no meio disto tudo, são umas garrafinhas de Sagres que eles apertam entre os tentáculos. Algumas pessoas mudaram as suas convicções na sequência destes encontros. Foi o meu caso.

E o cheirinho a enxofre, enxofre? Sim, enxofre, como se as naves estivessem a aterrar (em hora de ponta) perto dali.

Mas a próxima vez que for para a Copophonia (não pensem que pus de parte esta nova experiência ao jeito de twilight zone ou que me vou isolar num qualquer Jezebel, 3º Piso do Lux, BBC ou Kapital), vou transparente e cheia de purpurinas (pó fluorescente que brilha no escuro), ou envolta em gaze, é conforme me der na veneta, para os enganar com o efeito. Não ponho "First" da Van Cleef & Arpels para não fazer nenhum deles espirrar e se me perguntarem se tenho Blogue, respondo:

- Então não tenho! (com antena digital e tudo mais) aponta aí no teu chip: éxefiles.blogspot.com

Que é para eles pensarem que também vim do além.



7 comentários:

João Ayres disse...

está a gravar mas ela depois apaga e o Ricardo grava por cima.
Não tens sido boazinha para o Becas, cá se fazem...

Rainha Reles disse...

E zonas más não há?

João Ayres disse...

o Inglewood e as zonas à volta, é má, muito má.

Rainha Reles disse...

Esqueceste-te do Por do sol no pacifico ou já não cabe?

Rainha Reles disse...

Não sei como é que a Carmina aguenta levar contigo, com esse feitiosinho...

Carmina Burana disse...

Isto é que foi bar aberto hã.

Carmina Burana disse...

E a rainha reles chama-te Estilizado (esbelto, elegante, fino, delicado) e tu respondes: Elitista? Eu? Vindo de ti não sei se é um elogio... (elitista: pessoa que gosta de boa música, boa leitura, cidades bonitas, roupa bonita, mulheres idem, da companhia de pessoas com bom gosto, que cortem as unhas, lavem os dentes, tomem banho....)
Se eu vender o blogue ao Mané do Tejo Bar não se admirem, é que
estou farta de estilizados ou será elitistas?