oreinabarriga

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11.3.06

O sapato e o sapatinho

1.3.06

Diário de uma mãe XIV

Amanhã, dia dois de Março, eu e o meu filho Miguel fazemos 8 meses.
Há 8 meses que nascemos como mãe e como filho e claro, parece que foi ontem.
A avaliar pelos pequenos passos de gigante, o tempo para o meu filho também é coisa para passar num piscar de olhos.
E são tantas as coisas que ele me diz...
As que posso aqui traduzir, são só duas: abó (avó) e vô (avô).
Já se senta sem cair para os lados. Já lhe dou banho com as duas mãos! E até já lavo os pézinhos sem ter que o segurar! Se lhe pedir-mos o objecto que tem nas mãos, ela dá (só não dá o comando da televisão!) Dentes, conto oito. precisamente.
Já abre os braços para o colo de quem chama e atira-se se for caso disso.
Tem imensas cócegas na barriga e cada vez dá mais gargalhadas. E as gargalhadas do Miguel, composta de dentinhos e covinhas nas bochechas, são como se os numeros da sorte fossem iguais aos meus. Sou afortunada. Tive o rei na barriga e agora descobri um imenso tesouro.
Desde que nasci como mãe, um acontecimento muito mais importante e de maior significado do que nascer simplesmente, (quem é que nunca pensou alguma vez, que não devia era ter nascido? Ponha o dedo no ar. Pois. Ninguém de dedo no ar), desde que nasci como mãe, ía eu escrevendo, que me preocupo com uma coisa que até aqui era com' ó outro, que é o passar do tempo. É verdade. Quando dou por mim, já não são horas. Quando olho para o meu filho ele ainda ontem não estava assim.
O tempo só não passa quando andamos tristes. Doentes. Sós.
Por causa de eu ter o meu filho, não é tristeza o que sinto quando ando triste, nem chego a adoecer de verdade e também nunca mais me senti só.
Tristeza é perder um filho, as únicas doenças que nos doem verdadeiramente são as deles (filhos) e só voltarei a sentir-me só quando o meu filho já não precisar de mim e o tempo voltará a ser como era antes. Voltarão até as horas mortas de certo.
E com isto já passa das 10 da noite, amanhã já é quinta-feira, dia dois, já passaram oito meses. Oito! Oito.
Se me disserem que não tarda nada tenho as miúdas todas do bairro, da escola, dos tempos livres, da net e quiçá, de outro planeta, a ligar cá para casa a perguntar: O Miguel está-á? Sou capaz de acreditar.
Vou dar uma espreitadela à caminha para me certificar que ele está lá dentro a dormir e ainda mede menos de 90 cm's (que é o comprimento da cama), não vá o telefone tocar de repente e eu desprevenida, apanhar um grande susto!
Com licença.

O 1º carnaval

Apesar da ameaça constante de pandemia da gripe das aves, que ainda não chegou a Portugal, porque graças a Deus estamos em tudo, atrazados, resolvi vestir o meu filho de pato. De pato Donald, justamente.