oreinabarriga

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este blogue tem Livro de Exclamações

30.1.09

Complicadíssima teia

"Gosto de saber que vives,
Mas não perdi a cabeça
Nem corro atrás do desejo;
Quem se agarra muito ao sonho
Vê o reverso da vida
Nos movimentos de um beijo"

Excerto de "complicadíssima teia", do poeta António Botto.

A próxima casa...

... que nós tivermos, não há de ter parqueamento, há de ter garagem (box fechada), porque da maneira que o meu filho gosta de música, gosta das aulinhas de música, decora as letras todas, tem ritmo e canta, vai de certeza ter uma banda (a começar pelas de garagem).

29.1.09

A Torre

O meu filho tenta erguer grandes construções de Legos, mas há sempre um momento em que a torre cai e se desmorona e a construção fica desfeita, no chão, então, irrita-se e numa ira, manda as peças todas pelos ares e chora a seguir.

- Tenta de novo filho, não desistas. O segredo é encontrar o equilíbrio e usar a força na medida certa.

- Não consigo mãe! Eu não consigo!

Eu estarei sempre lá para ajudá-lo a encontrar o equilíbrio, eu estarei sempre lá para que não desista de erguer uma nova torre, mas ainda é cedo para lhe explicar que toda a vida são composições de lego. Na eminência de desmoronar. Encaixam até onde a nossa ambição nos levar, ganham a forma que a nossa imaginação tiver, mas isso do equilíbrio e de usar a força na medida certa, é tudo muito bonito, mas haverá sempre uma força mal medida que as atirará ao chão. Ainda é cedo para lhe explicar que sempre que tentamos alcançar um objectivo, muito provavelmente virá um vento forte e cairá tudo por terra, sempre que tentarmos erguer uma torre, alguém virá por trás e deita-la-á ao chão, e sempre que nos encantarmos por alguém, o muro que construímos, desmoronar-se-á.

28.1.09

Estou farta dos patrões das fábricas que fecham, farta!

Já aqui falei dos aproveitadores da crise: os empresários que têm fechado fábricas e os jornalistas que não sabem o mal que fazem quando escrevem que a crise levou mais uma fábrica a falir quando toda a gente sabe (ou devia saber e o jornalismo é fazer com que se saiba) que quem levou a fábrica à falência foi o patrão.
Continuo a dizer que somos um país atrasado, mas qual crise? A crise há de cá chegar ao mesmo ritmo que chega o cinema que vemos, muito tempo depois de ter estreado no país de origem, o mais que podemos fazer é prevenção, tomar as devidas precauções, à cautela, porque as coisas (e a crise) não acontecem só aos outros.
A Islândia está falida porque a qualidade de vida era tanta (eu sempre disse que qualidade de vida a mais aborrece e pode levar ao suicídio em particular e à falência em geral), ninguém aguenta não ter que lutar por nada: por um emprego, por uma vaga para os filhos na escola, para ter uma consulta com o médico de família, ninguém aguenta precisar de uma farmácia aberta e haverem dez farmácias abertas. A Islândia era um dos países mais metódicos do mundo, os Islandeses são rapaziada sensível e vulnerável, não estavam habituados a sofrer, como nós, que já falimos há imenso tempo.
Se os jornalistas não andassem sempre a falar na crise dos Estados Unidos e da Alemanha e dos países metódicos e metessem Portugal ao barulho, no pacote, que é uma coisa que só serve para os empresários fecharem fábricas todos os dias e andarmos aqui todos em grande depressão, quando a “crise” cá chegar já o resto do mundo está de pé, curado e esquecido (quem sabe até a Islândia), se não ligarmos ao que os jornalistas dizem (e escrevem) neste entremeio, quando a “crise” cá chegar já vem fraquinha, podemos pegar nela e mete-la num frasco e por uma rolha bem metida no frasco e arrumá-la num sítio onde não estorve, o costume, nada mais nada menos que aquilo que sempre fizemos com a maior das naturalidades com a crise, com o pib, com o pnb, com o défice, com a inflação… Eu já disse isto, o que eu ainda não tinha chamado era:
Asquerosos!
Merdosos!
Medíocres!
A-pro-vei-ta-do-res!
Sem estudos, sem maneiras e sem formação.
Merceeiros! (merceeiros no sentido de cima: sem estudos, sem maneiras e sem formação, para ser patrão devia ser preciso muito mais, é preciso muito mais, só neste país é que chega ser merceeiro, ter mentalidade de merceeiro, merceeiro no sentido de cima, repito, para ser patrão).
Nojentos!
Acima de tudo: A-pro-vei-ta-do-res!
Esses patrões que falo quando fecham uma fábrica em Portugal para depois irem abrir outra, só deviam poder abrir outra na Islândia. Para castigo. Para aprenderem.
Estou farta dos patrões das fábricas que fecham NÃO POR CAUSA DA CRISE mas POR CAUSA DE SE FALAR NA CRISE. Farta.

26.1.09

A 1ª coreografia

Há nuvens no céu
(braços para o ar)
Há flores no campo
(braços para baixo)
Há água no rio
(mãos a ondular)
E um barco de papel
Bum-bum-bum-bum
(mãos a enrolar do peito para fora)
Bum-bum-bum-bum
(agora de fora em direção ao peito)


O que se lê entre parêntesis é a primeira coreografia que o meu filho aprendeu na escolinha. Ele memoriza as letras (assim como os conhecimentos) rapidamente, porque é observador, curioso em relação ao conhecimento, porque é tudo novo (e porque está fresquinho e receptivo o mecanismo da memória), capta os ritmos, a musicalidade e depois traduz tudo com bastante expressividade. É tudo tão simples nesta fase... e encantador.

Claro que...

... todos estes testes evidenciam o ser maravilhoso que sou ☺, mas para acabar com o assunto, falta dizer que sou também um maravilhoso ser teimoso (obstinado!), capaz de fazer longos períodos de silêncio (assustadores) assim como se fosse uma étê, sentido de orientação zero, à mínima distração sou a rapariga mais distraída que conheço (fico ligada só no led) e uma cabeça no ar. Ás vezes (muitas vezes) sou uma rapariga difícil (difícil não, impossível) às vezes sou isso contra a minha própria vontade.

"Advocat"

I'm an "Advocat", a Visionary...


"The Advocate

Are introspective, values-oriented, inspiring, social and
extremely expressive. They actively send their thoughts and ideas out into the
world as a way to bring attention to what they feel to be important, which often
has to do with ethics and current events. They are natural advocates,
attracting people to themselves and their cause with excellent people skills,
warmth, energy and positivity. They are described as creative, resourceful,
assertive, spontaneous, life-loving, charismatic, passionate and experimental. "

Mais 'extra-divertida' que introvertida, intuitiva e sensorial, mais sentimental que racional, mais compreensiva que juíza. Esta SOU EU. Agora vós, ide, saber quem sois em http://www.mypersonality.info/ .

My personality

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O telefonema!

O meu filho (com a ajuda da Hortense!) acabou de me fazer uma graaaaaaaaaaaaaaaade surpresa! Telefonou-me para o trabalho. Quando ouvi: "- Mamã!" preparei-me para ouvir logo a seguir um: "- Vem-me buscáe mãe!" mas o que se seguiu foram só coisas boas. Estava muito feliz:
" - Estive a fazer uma corrida mãe! ... com os meus amigos... xim, ganhei, ganhei a alguns... xim mãe, dei comee aos passaínhos... já, já assoei o nariz... pois tem, tem muito pingos, mas eu já assoei, tenho aqui um lenço no bolso... poque não me telefonaste main?... ah... tá bem... então quando tu não me ligáes, eu ligo pati tá bem main? Adeus... logo."
O meu filho é a melhor parte do dia, é a melhor parte de mim, é a melhor parte...

Ficar a chorar (2ª parte)

Hoje o Miguel fez beicinho, a Prof. Hortense e a Lina foram logo buscar a gaiola dos periquitos e a comida dos passarinhos.
- Anda Miguel, hoje vais dar a paparoca aos passarinhos.
E ele lá foi atrás da gaiola, com o frasco das sementes debaixo do braço e eu debaixo de olho.
- Fica a vê mãe, não vás emboa.
A Lina colocou-o em cima de uma cadeira, abriu a gaiola e ao primeiro momento de distração deixei-o, não sei se a chorar. Talvez não. A Prof. Hortense e a Lina sabem cativar tão bem, são tão alegres e têm imensa ternura e o lema (mesmo quando eles ficam a chorar) é não desistir. Não desistir.

23.1.09

Ficar a chorar

Hoje o Miguel ficou na escolinha a chorar. Hoje a mamã veio trabalhar com o coração partido. As lágrimas do meu filho não são em forma de birra (as lágrimas em forma de birra não provocam a mesma misericórdia), são lágrimas, são soluços, é o beicinho e um pranto que está por dentro.


- mamã não vás emboa, fica aqui comigo mamã, pô favoe.


- a mamã fica filhinho, a mamã fica mais um bocadinho.


- não! mais um bocadinho não mamã, todo o tempo.


Todo o tempo é muito tempo, as lágrimas fazem parte, todo o tempo é muito tempo porque as mamãs devem saber que esta é aquela parte do crescer, que dói. E tem que acontecer. Faz parte, ou, "não dá para saltar esta parte". Nem os miminhos da Lina, as cócegas, nem o colinho da Prof. Hortense ou as caretas da Prof. Carla, nem os outros meninos a cantarolar desviaram o Miguel do meu pescoço, das minhas mãos, ou das minhas pernas das poucas vezes que consegui ficar de pé.
Quando eu era pequena e tinha que me separar da minha mãe era como se me arrancassem um braço (há dores que nunca se esquecem), e a minha mãe ficava. O tempo que ela podia. Prometi-lhe que ia comprar dois carrinhos novos (o guido e o luigi) e os levaria quando o fosse buscar, mas tudo o que tive foram mais lágrimas.

Fiquei o tempo que pude. Durante esse tempo que lhe dou não sei quem é a criança que protejo. Quando lhe dou mais colo, mais tempo, às vezes não sei se é o meu filho que protejo se é a criança que cresci até ao constragimento de chorar quando tem que se separar da mãe.

22.1.09

Adoro a chuva (torrencial)

Adoro a chuva torrencial, o trânsito infernal (carros que invertem a marcha e vão dando lugar a mais um na pista molhada), gosto do caos (só não gosto quando os carros batem nem das ambulâncias), adoro a chuva de verão, a tempestade tropical (intensa e curta), gosto da chuva frontal quando há uma colisão de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente, dos aguaceiros, da chuvinha molha tolos, da chuva de granizo, da artificial (extinção de incêndios), da chuva de estrelas, da chuva de prata (ouvi dizer que nas Ilhas Marshall, no Pacífico, chovem as maiores gotas de chuva do mundo! Medem 1cm de largura, uma gota de chuva comum mede apenas 1 ou 2 milímetros), gosto da chuva (torrencial) do trânsito (infernal) e que nevasse depois.
Gosto do clarão das trovoadas e mais ainda do estrondo que fazem as nuvens que não travam a tempo e batem. Se eu conduzisse no céu era daquelas pessoas horríveis que moderam a velocidade e chegam a parar quando passam por um acidente (que prazer mórbido!). Eu fazia-o para ver as nuvens a baterem e ouvir de perto o estrondo que fazem. Uso guarda-chuva (e uso roupa interior também), ambos por uma questão de pudor. Adoro a chuva (torrencial) e não fosse por decência (a mesma decência que me faz usar roupa interior), não usava chapéu, e todos os dias (de chuva) apanhava uma grande molha.

20.1.09

A 2ª aulinha de música

Hoje o meu filho teve a 2ª aulinha de música com o prof. Mário João e durante o jantar resolveu aplicar os conhecimentos adquiridos:
- mamã? este som é grave ou é agudo?
(Miguel a bater com uma colher no prato)

18.1.09

José Carlos Ary dos Santos


Génio define o poeta, o homem, define a força a raiva o poder da voz e a obra.
(... o homem que não parava) Nasceu a 7 de Dezembro de 1937 (... não há memória de alguma vez ter parado), parou faz hoje 25 anos (... parou por motivos de força maior) morreu a 18 de Janeiro de 1984.

(No texto o que se lê entre parêntesis foi escrito por Baptista Bastos).
"De silabas
de letras
de fonemas se faz a escrita.
Não se faz um verso.
Tem de correr no corpo dos poemas o sangue das artérias do
universo.
Cada palavra há-de ser um grito.
Um murmúrio
um gemido
uma erecção
que transporte do humano ao infinito
a dor
o fogo
a flor
a vibração.
A poesia é de mel? ou de cicuta?
Quando um poeta se interroga e escuta? ouve ternura? luta?
espanto ou espasmo?
Ouve como quiser
seja o que for
fazer poemas é escrever amor
a poesia o que tem de ser é orgasmo!"
José Carlos Ary dos Santos

17.1.09

Os primeiros amiguinhos

Os primeiros amiguinhos que o Miguel fez na escola chamam-se: Pedro (Coelho) e Joana.

A 1ª Lenga-lenga

"1, 2, 3, 4,
A galinha mais o pato
fugiram da capoeira,
foi atrás a cozinheira
que lhes deu com um sapato!"

Esta foi a primeira lenga-lenga que o Miguel trouxe da escolinha. Também "trouxe para casa" a história que ouviu ontem na biblioteca Municipal:

- Alto aí! Ninguém passa aqui na minha ponte!
.
É a história dum "Monsto horrível!"
Esta semana também aprendeu que vivemos no planeta terra. Foi uma descoberta tão curiosa que o Miguel quis saber mais e a mamã aproveitou para ensinar o nome dos outros planetas: Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno e oh! o Plutão já não é um planeta!
Lenga-lengas, histórias de monstros horríveis, o sistema solar, e isto, é o nosso filho a ficar um tagarela!

15.1.09

Dejá vu

Os 2 post's a seguir são um "Dejá vu" neste blogue.
Não se admirem se encontrarem para lá comentários do ano passado. Sou eu a provocar sensações fortes, digo, a colocar um novo link porque houve muitos fãs (da série) que andavam para lá às aranhas (com o install zango), ou como eu, preferem antes o "uninstall zango". Espero que agora resulte melhor.

Tudo o que precisam...

... levar para o post seguinte.





Grey's Anatomy - 5th Season


Assistir on line aqui .

14.1.09

O Tempo

Todos os blogues que visitei ultimamente (e foram muitos, uns dois ou três) falam do tempo, "... o vento levou telhados e fez dois feridos", "... inundações cortaram várias ruas", "... várias estradas bloqueadas, centenas de pedidos de socorro, inundações, deslizamento de terras e derrocadas", "... e gramei 10 quilómetros de fila na A1, na 2ª circular, que chegavam às portagens de Alverca e ainda tive que passar com o carro por cima dum lençol de água na recta dos Ralis, caneco!", "... mais neve e mais frio, temperaturas muito baixas, doze distritos em alerta amarelo". Todos os blogues que visitei ultimamente falam do tempo, falam nas estradas cortadas, das escorregadelas no gelo, dos esguichos do limpa pára-brisas congelados que não deitam nada, em carros que não pegam, que pegam mas não se vê um palmo à frente do nariz (alguns donos de blogues arrancaram o gelo do vidro do carro com uma pá e tudo), e eu ficava aqui caladinha e não falava no tempo. Isso é que era bom. Vamos lá a isso: Estão 2 graus f++#!!, digo, celsius. E não neva? Acho mal... E isto
..

... era o que estava em cima do meu carro hoje de manhã (é para que saibam): uma camada de gelo com flocos de neve miudinhos que eu não apreciei na altura porque 1º não saio de casa com um microscópio, 2º porque não acordo:

- particularmente contemplativa
.
3º acordo:
.
- atrasada
- com olheiras
- com os pés de fora
- das avesas
- contrariada
.

4º não levei nenhum garrafão de 5 litros d'água e pás no carro só tenho 1 e é no verão (aquela da praia que está dentro do baldinho que tem um barco, um ancinho, um molde de caranguejo e outro de uma concha).

.
Ah! E podem por favor mandar-me flocos de neve pela manhã?
Já que faz frio, que faça frio às bolinhas brancas. E pronto. Mais um blogue que falou do tempo.

As meninas estão sempre zangadas

- Já fizeste amiguinhos na escola filho?
- Ainda não.
- Então porquê?
- Os meninos são todos uns taquinas.
- E as meninas?
- Tão sempe zangadas. As meninas tão sempe zangadas. São muito difíceis...

13.1.09

A casinha de banho




- Óia main, que sanita tão pequeninasinha.

O refeitório



- comi xopa com côvinhas, arroz com evilhas e pastéis de bacalhau!


12.1.09

O 1º dia no Jardim d' Infância - Parte II






(13:42PM)

O meu filho estava no recreio da escola à espera da mamã a brincar com os outros meninos. Quando me viu os olhitos encheram-se de água e as mãozitas agarraram-se à grade como se bastasse uma pequena força e a grade o deixasse passar.
- Estavas a brincar a quê filhinho?
- A nada. Estava à tua espera mamã, tu nunca mais chegavas!

A Educadora Hortense veio à porta para dizer:
- 5 Estrelas! O Miguel é 5 estrelas mamã!
..
(14:30)
- E amanhã filho? Queres vir outra vez?
- Beeeeem... Pode ceí. (Bem, pode ser)



(11:47AM)

Estou para aqui ansiosa sossegada a trabalhar cheia de nervoso miudinho cheia de frio, estou cheia de frio, estou para aqui ansiosa para saber estou um bocadito curiosa para saber:

se o meu filho falou na mamã se pediu para fazer xixi se choramingou se comeu tudo se comeu sozinho ...

Para saber tudo. Tudinho.

O 1º dia no Jardim d' Infância - Parte I

(07:40AM)
- Onde vamos mamã?
- À escolinha!
- E tu vais lá ficae na escolinha não vais mamã? Até às vinte hoas está bain? (vinte horas deve ser um numero de horas que parecem muitas! Até a escola acabar)

- Não filhinho, a mamã não vai poder lá ficar, a escolinha é só para as crianças, a mamã vai trabalhar. Mas quando precisares a mamã estará lá, ou o papá, ou o avozinho João... Estaremos sempre filho, se precisares, mas sabes o que vai acontecer? Tu vais gostar tanto de estar na escolinha que nem te lembrarás de nós!

Depois de deixarmos o avô João no posto médico (para fazer o penso) fomos no carro a cantarolar até chegar à escolinha, a cantarolar e a mamã ia tirando fotografias nos "vermelhos" ao Miguel na cadeirinha dentro de um bibe amarelo,





e demos nomes aos carros que se cruzavam connosco, ou iam à nossa frente, nomes dos "Cars da Disney" claro:

- Óia main! Aí vem o Tchic! (Chic Hicks)

- Aquele era o Chic!?

- Éia main e agóa vem lá a Flô!

- E atrás de nós? Será que vem o faísca McQueen?

- Não! é o 'Tatô da luz', foge main! Vem lá o 'tatô da luz'!

- Não é tractor da luz filho, é a Constança, vem lá a Constança no carro da mãe e a Sandra (a mãe), vamos fazer adeus às duas?

- Xim!

(09:00AM)

Chegamos ao jardim (um frio gelado!) eu cheia de nervoso miudinho (faz de conta que era tudo frio gelado) o Miguel feliz (às vezes a primeira vez é assim, uma felicidade porque é tudo novidade), tentei (tentámos todos) preparar o Miguel para a entrada no jardim infantil sem criar grandes expectativas, a norma era não falar demais, ouvir atentamente as perguntas, "apanhar" os sinais e responder (falar) só quando o Miguel fizesse perguntas, mostrasse interesse ou curiosidade. Quando não faz perguntas sobre a escola não há nada a dizer, assim não fantasia uma coisa que na realidade o poderá decepcionar. Grandes certezas de como ía ser, tinhamos uma: "A escolinha é uma coisa boa filho".

(09:10AM)

Entrámos, os outros meninos estavam também a chegar, a educadora Hortense, a Lina, beijinhos para aqui, beijinhos para ali e depois o Miguel foi direitinho à pista e à garagem dos carrinhos.





Mais tarde descobriu uma casinha em miniatura e como todos os homens fazem: foi desarrumar a cozinha.

(09:30)

A mãe: - Eu prometo Hortense, que me vou portar bem e não vou ligar durante a manhã para saber se ele está bem nem nada!
(Eu tenho a sorte de saber que ele está bem)

A Educadora: - Vai estar, vai sossegada, qualquer coisa eu ligo está bem? E quando ele estiver distraído, pira-te, é melhor.

Na 1ª distração: Pirei-me.

8.1.09

O 1º dia do meu filho no Jardim de Infância

O 1º dia do meu filho no Jardim de Infância vai ser 2ª Feira!
Ele ainda não sabe. Que vai para uma escolinha que pertence ao "agrupamento da mãe", que vai fazer novos amiguinhos (e amiguinhas), ter novos brinquedos para brincar, jogos diferentes, vai ter uma educadora que é uma querida (duas! a educadora Hortense e a educadora Nazaré), as auxiliares também, e vai ter iniciação à música (com o Prof. Mário João do conservatório nac.) e aulas de expressão corporal (ginástica para minorcas).
Amanhã vamos fazer o reconhecimento do território. A mamã conhece a escolinha, o Miguel ainda não. E no fim de semana vamos às compras: 2 bibes amarelos, 1 chapeuzinho amarelo, 2 fatos de treino, etiquetas com o nome dele, uns ténis novos...

Este ano NÃO VOU DAR

Este ano NÃO VOU DAR:

O nó
Esmolas
Um tempo
Uma de
Em cima
Nas vistas
A outra face
Nem o 1º passo

Este ano VOU DAR

Este ano VOU DAR:

Asas
Atenção
Tempo ao tempo
Uma apitadela (antes da curva se me lembrar)
Uma olhadela (no Portugal diário, nos outros blogues e na visão online)
Tudo por tudo (para chegar a lado nenhum)
Conta do recado
De frosques
Uma
2, 3, 4…
Bola
De borla
Cabo
A volta por cima
Um desconto
Uma de difícil
De difícil não, de impossível.

7.1.09

Per7ume e Rui Veloso

Chamam-se "Per7ume" e parte da essência eram os "Ornato Violeta". Esta canção (Intervalo) tem uma letra de que gosto muito e tem a participação especial de Rui Veloso, mas eu, tenho a participação especial do meu filho! que não só decorou o refrão como a melodia e todos ficámos muito espantados porque se eu (a lírica cá de casa) cantei isto duas ou três vezes, foi muito.
E porque para além do mais que nos surpreende, há nele a sensibilidade, o meu filho quis cantar para o avô João:
- Se eu cantá o João fica meó do dói-dói? Fica mamã?

E o Miguel foi cantar para o telefone, porque achámos que sim, que o avô joão ia ficar melhor, que tudo isto nos faz bem, nos põe bem (daquilo que for):

"No livo que eu não li,

No filme que eu não vi,

Na foto aonde eu não entei,

Noticia do jonal

O quado minimal

Soooooou eeeeu… "

Isto tudo sem os érres, claro, porque o Miguel diz tudo só não diz os érres.




Com os érres fica assim (mas acreditem, que não fica melhor):

Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.
Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…
Vida á média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebóis, apesar…
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.
Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…
Não me deixes já
Historia que não terminou
Não me deixes…
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…
No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto aonde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…


Muito pequeno mesmo...

... por mais que eu ore aqui e apele aos povos em luta: - Quando é que começam a tratar-me como uma rapariga sensível?

..




Conflito Israel - Palestina

Juntar Israelitas (judeus) e Palestinos (muçulmanos) no mesmo território, não me parece possível. Eu cá se fosse a ONU nem tentaria mais (sujeita a levar de lá com uma pedra), não. Eu, se fosse a ONU resolvia o conflito entregando Washington aos Israelitas e Londres aos Palestinos. Quanto a Jerusalém (e porque não faço assessoria de borla, muito menos política), ficava eu com ela, estou a precisar de um templo como o de Jerusalém, com aquelas dimensões e grandeza histórica, para orar pela paz no mundo. É demasiado terrivel este conflito e este blogue está a ficar muito pequeno para isso.
..



5.1.09

Largar as terras Versus largar as fraldas

2008 foi o ano em que Israel e Palestina chegaram a acordo para cessar-fogo. Conseguiram no mesmo ano reacender a guerra.
Os Judeus foram um povo perseguido (Diáspora: fuga dos Judeus), talvez porque a religião judaica diz que Jerusalém, a capital de Israel, é a terra prometida aos Judeus, a ONU deu-lhes um país: Israel. Talvez para enfraquecer o poder britânico sobre aquele território (por uma questão política), talvez baseada na palavra de Moisés (por uma questão religiosa), fez uma divisão de terras: criou um estado Judeu por um lado e um Palestino pelo outro, e por causa dessa divisão, os Judeus viraram o bico à história, foram ocupando as terras da Palestina, na guerra dos 6 dias ocuparam os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, e Israel tornou-se na nação com maior força militar do médio oriente. Atualmente há milhares de refugiados palestinos (na Síria, no Líbano, no Iraque...), trata-se agora da Diáspora: fuga dos Palestinos.
O petróleo está para os países como a infidelidade para os casamentos: na causa de todos os conflitos, mas esta, aparentemente, não é uma guerra pelo ouro negro, não há petróleo em Israel, na Cisjordânia, na Faixa de Gaza, também não. Podemos culpar os Deuses por mais esta guerra horrível, mas o homem está para o mundo como o petróleo para os países: na causa de todos os conflitos. Só o homem é capaz de fazer uma guerra, com o seu fundamentalismo religioso, com a sua politica extremista e com a sua capacidade de multiplicar-se até à demografia insuportável, de preferência em contraste com a miséria de recursos: a escassez de água, de terras cultiváveis, de gás, de luz, de medicamentos, de cultura e de tudo.
A Palestina quer de volta as suas terras, luta pela sua libertação da ocupação de Israel e pela formação de um estado independente, luta também para que Jerusalém seja a capital do seu país, já o quis à pedrada sob a orientação de Ytzhak Rabinde porque o povo não tinha armas de fogo (este movimento ficou conhecido como a Intifada, a revolta das pedras), atualmente contam com as pedras e o Hamas, partido político da Palestina e considerado um grupo terrorista, e com o Hezbollah, uma organização de resistência contra Israel e contra os interesses dos Estados Unidos, e com A Jihad Islâmica, que por fundamentalismo religioso e sustentada financeiramente (acredita-se) pelo Irão, quer a destruição de Israel por meio de uma 'guerra santa'.
Apesar de vários acordos de paz ao comprido nesta longa história de uma guerra, 2008 foi o ano do cessar-fogo e foi o ano em que ela se reacendeu, porque infinitamente, Israel insiste na definição das fronteiras com base nos assentamentos dos judeus, a Palestina quer que Israel reconheça o direito dos refugiados palestinos regressarem às suas terras natal, Israel não muda de ideias, nem de atitude, por uma questão de "segurança nacional" e pela "manutenção das características da raça judaica" (ou seja, não quer cá misturas com muçulmanos), e já agora, porque pelo meio, o novo presidente dos Estados Unidos também ainda não se sentou na cadeira do mundo.
2008 foi o ano em que o meu filho Miguel iniciou uma guerra contra o bacio e foi durante 2008 que houve várias tentativas de acordo para o cessar-fogo cá em casa. Não se trata aqui de uma guerra entre judeus e muçulmanos, entre ocupantes e ocupados, trata-se de uma guerra entre um menino de 3 anos e um bacio e um movimento (armado em parvo, baseado em assentamentos sobre idades próprias para as crianças superarem etapas, pela política do desenvolvimento da criança e quiçá, por uma questão religiosa também, a todo o custo, se for preciso com promessas assim: " - se fizeres cocó no bacio a mamã dá-te um chocolate" ou ameaças assado " - se voltas a fazer cocó nas cuecas a mamã não limpa!"), movimento esse constituído por 2 pais, 4 avós, vários familiares e alguns amigos, a lutar por um estado independente num menino cujo estado era psicológico, preguiçoso, "não estou para aí virado" na questão do "cocó faz-se no bacio", apesar de (para desespero do movimento) aos 3 anos e meio já os "outros meninos todos" o conseguirem fazer. Foi uma guerra. 2008 foi uma guerra cá em casa contra o bacio, mas foi também o ano do cessar-fogo.
Era preciso "dar tempo ao tempo", o menino não estava preparado, quando se sentiu preparado anunciou: - faço cocó à noite, depois do jantar, está bain? E assim foi. Sem mais dramas, que acabámos com a guerra e começamos o ano novo em paz.
Israelitas e Palestinos, não.
Começamos 2009 com Hamas a romper as tréguas e voltar a enviar mísseis para Israel. Israel responde com ataques aéreos e por terra com tanques de guerra e milhares de soldados. E vítimas por todo o lado.
O meu filho, que já tinha largado as fraldas há muito, muito tempo, mas a mamã ainda punha de vez em quando porque o Miguel não queria fazer cocó no bacio, agora faz cocó no bacio e nunca mais usou fraldas.
Se largar as terras fosse assim, como largar as fraldas por exemplo...
..