oreinabarriga

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este blogue tem Livro de Exclamações

31.3.09

O fim dos ursos

Expulsamos fumo e ruído para o ar (que sensação libertadora esta) tudo o que conseguimos é sufocar-nos. Alargamos tudo, construímos escritórios maiores, mudamos para uma casa maior com um jardim maior, um carro maior e nunca, em lugar nenhum, podemos abrir os braços livremente, tudo o que conseguimos é não ter espaço, é sentirmo-nos gigantes.

Os gigantes nunca se espreguiçam, nem levantam a cabeça, são demasiado pesados para andar de barquinho, e seus dedos demasiado toscos para acariciar uma flor, se for um gigante com filhos não poderá correr pelo parque com as crianças nem subir às árvores.

Os gigantes (nós) vivem enlatados como sardinhas, atuns ou arenques, ou como os feijões vagem de cera em conserva do Minipreço. Um dia não vamos aguentar, levantamos a cabeça fartos e a querer respirar e furamos irremediavelmente a barreira do ozono, passamos por cima de lagos e rios e por cima do mar e transbordamos tudo, desatamos a correr e enterramos as flores, abrimos os braços e quebramos os escritórios e as casas que construímos e os icebergues, lixamo-nos, e lixamos os ursos, que até então eram gigantes maiores que nós mas estavam sossegados no seu habitat natural, desequilibram-se e caem mortalmente da partícula de gelo que já só habitavam ao pé cochinho.

E eu tenho pena, nesta história, unicamente do fim dos ursos.





More about "Global Warming: When you feel it, it'...", video posted by Carmina burana with vodpod

A Pascoelhinha

O Miguel trouxe para casa uma coisa que é um bichinho barrigudo porque tem amêndoas de chocolate na barriga, feito na escolinha com a ajuda da Prof. Hortense, com papel de guardanapo azul, e um desenho pendurado na lapela do bichinho.
- O que é isto filhinho? Uma galinha? Um coelho?
- Nãããã...
- Uma raia!
(Uma raia até pode ter ovos de chocolate na barriga, mas não na Páscoa)
- Não mãe. Isso é uma Pascoelhinha.

27.3.09

Dia mundial do Teatro

O teatro nasceu em Atenas na antiga Grécia. Os teatros Gregos eram construídos nas encostas das colinas, as bancadas erigidas com o efeito de um imenso leque, construção perfeita esta, mesmo sem as novas tecnologias para os efeitos da acústica, era perfeitamente audível para os espectadores tudo o que passava em cena.

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Nasceu assim esta fantástica forma de arte, que nos faz pensar, sonhar, enriquecer, a melhor forma que eu conheço de criticar as figuras e acontecimentos da sociedade ao longo dos tempos ou representar a condição da vida humana. Tragédia, comédia, farsa, drama...

Estas, são apenas algumas, das horas que para mim, se tornaram inesquecíveis:


O Pelicano” - Strinberg (teatro da Graça/Voz do Operário)
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Foi a 1ª peça (não infantil) de teatro que eu vi. Era uma mãe cruel e manipuladora a personagem interpretada pela actriz Isabel de Castro. Uma interpretação que nunca mais me saiu da cabeça. Passei a admirar esta actriz e outros se seguiram e que eu segui com infinita admiração: Mário Viegas, Carlos Paulo... fiquei a admirar aquela atriz e outros se seguiram: Mário Viegas, Carlos Paulo...

"Do Desassossego" - Bernardo Soares (Comuna, Teatro de Pesquisa)



"Peer Gynt" - Henrik Ibsen (Teatro Aberto)



"A Dúvida" - John Shanley (Teatro Nacional Maria Matos)


"Todos os que Caem" - Samuel Beckett (Comuna, Teatro de Pesquisa)




"O Misantropo" - Moliére (Comuna, Teatro de Pesquisa)



"O Tartufo" - Moliére (Comuna, Teatro de Pesquisa)



"Mar me quer" - Mia Couto (Comuna, Teatro de Pesquisa)



"Abensonhadas" - Mia Couto (Comuna, Teatro de Pesquisa)


E ...

"Esta Noite Improvisa-se" de Luigi Pirandello (Teatro Nacional D. Maria II)
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por ter sido a última peça que vi, no sábado que passou 21 de Março. Originalíssima, representa "o teatro dentro do teatro", e a primeira que vi de Pirandello. A obra mais conhecida deste dramaturgo será "Seis personagens à procura de um autor". Pirandello foi Nobel de literatura em 1934.

E isto porque hoje, é Dia mundial do
Teatro!

Homens como café

Deixaram-me isto no Livro de exclamações do blogue (com certeza a propósito de eu gostar tanto de café):

"Os homens devem ser como o café: quentes, fortes, intensos e capazes de nos tirar o sono."

25.3.09

O que é bom acaba depressa não é verdade nenhuma,

" tudo o que é bom, dura o tempo exacto para se
tornar inesquecivel"

Ganhar o dia

Hoje já ganhei o dia. A menina de 4 anos com parelesia cerebral que frequenta a escolinha do meu filho veio ao meu colo pela primeira vez e deu-me um beijo (grande, cheio de tempo) e os pequenos milagres sucedem-se uns atrás dos outros dia após dia, para além do beijo (hoje já ganhei o dia!) a H. sabe dizer que eu, sou a mamã do Miguel.
A vida está cheia de coisas boas. Esta, que trouxe hoje comigo e há-de andar comigo, já ninguém me a tira.

19.3.09

A prenda do dia do Pai

Há momentos fortes durante a primeira maternidade/ paternidade: o 1º corte de cabelo, o 1º desenho, a queda dum dentinho... o Miguel trouxe para casa a prenda do dia do Pai que fez na escola, foi segredo durante muito tempo, só eu sabia que era um jogo! mas o pai não podia saber, e não soube porque guardámos segredo... religiosamente. Há momentos fortes durante a primeira maternidade/ paternidade, quando eles ainda são bebés, crianças... um deles é a prenda do dia do Pai.


A começar num envelope cheio de carimbos risonhos e com um desenho do pai, feito pelas mãos do nosso filho (aquele rabisco que parece um bicho da seda ao lado do pai, é o Miguel!)


E dentro do envelope o jogo.

Um dia mau tem sempre uma recompensa (é por isto que a maior parte dos dias estou, estamos, mortinhos por chegar a casa.

"Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as
crianças!"

O silêncio dos pardais (outra vez)

Link para o "Dia do Pai"


25 de Fevereiro de 2005, 21 de Maio de 2007, 4 de Novembro de 1959... hoje, 19 de Março 2009, celebramos as datas mais imprevisíveis ou porque naquele dia nos apetece, ao 19 de Março é que não passamos cartão nenhum, não é pai? (Ou muito raramente). Estamos cheios. De barriga cheia, todos os dias celebramos. O nosso menino fez uma prenda para o dia do pai, e só eu sei o que é! Para ti paizito, dou-te um link que vai dar ao post do silêncio dos pardais (outra vez, dirás tu?) mas nós... estamos cheios.

Gira e inteligente

Não se pode ser gira e inteligente nesta terra que nos querem logo tramar. Caneco!

15.3.09

"Se tu viesses ver-me..."

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
..

Florbela Espanca "se tu viesses ver-me"
In Charneca em Flor

acoRdaR


O Miguel acordou a dizer os Érres!

Começou por dizer "é muito giro" e eu incrédula (a achar que tinha ouvido mal)
- Diz lá outra vez filho
- O quê mãe?
- Giro
- Giro
- Árvore...
- Árvore
- Carnaval
- Carnaval
- Parar
- Paráre
- Boa filho!!
- Boa mamã!
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Agora que O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia só lhe falta gostar de gRãos de aReia!

10.3.09

Museu do brinquedo/ Fundação Arbués Moreira

"desde criança que para mim cada brinquedo é uma nova descoberta e uma
oportunidade para sonhar. Na minha infância a na minha família, em particular o
meu avô materno, ofereceram-me inúmeros sonhos: automóveis, bicicletas,
soldadinhos de chumbo, jogos... brinquedos que povoavam a minha realidade e que
nunca estraguei. Guardava-os, arrumava-os, brincava com eles, e eles foram
ganhando maior importância e espaço na minha vida. Aos 11 anos comecei a
coleccioná-los"

João Arbués Moreira, fundador do museu do brinquedo

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Foto de João Arbués Moreira com 2 anos no carro de fabrico Português SOARFIL de 1937 oferecido pelo seu avô (João) e que figura no museu (foto em baixo com boneco em pasta de papel de fabrico Português GRANDELA c. 1930

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João Arbués Moreira é um homem fascinante como o era o seu avô materno, dono da "Casa Capucho", uma muito conhecida loja de máquinas e ferramentas na Rua da Boavista em Lisboa, que não só tinha uma filosofia muito particular em relação ao desenvolvimento das crianças:

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"o mais importante para o desenvolvimento das crianças é brincar, não estudar!"
os brinquedos são utensílios, ferramentas, que as crianças precisam para
transformarem os sonhos em realidade. É imperativo que brinquem durante toda a infância e tenham as ferramentas necessárias"

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Como a punha em prática! Era um homem abastado e mantinha uma conta aberta na melhor loja de brinquedos de Lisboa, na Rua Augusta, para que os netos pudessem lá ir comprar (ou encomendar) os brinquedos que quisessem, e por cada má nota que traziam da escola, por cada vez que chumbavam oferecia-lhes um carro ou uma bicicleta.
Mais tarde, por ordem dos pais numa tentativa que João Arbués Moreira e os irmãos escapassem à influência do avô, que achava os estudos absolutamente desnecessários, o mais importante era brincar, foram estudar para Inglaterra para se formarem. Mesmo assim consta que o avô descobriu a conta bancária dos netos e depositou uma quantia avultada para que pudessem comprar brinquedos. João Arbués Moreira acabou por tornar-se coleccionador e como também se interessava por história, alimentou a ideia de ilustrar a história da humanidade através do grande legado que seu avô lhe incutira e deixara: os brinquedos.

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"As viagens e o facto de ter estudado em Inglaterra,
proporcionaram aquisições e contactos diversos que enriqueceram de modo
significativo o meu acervo. Uma verdadeira colecção que foi ocupando
todos os cantos da minha casa, e também grande parte do tempo da minha vida de
adulto, procurando sempre aquele brinquedo que me faltava."

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Para que esse legado nunca se perdesse, criou em 1987 a fundação Arbués Moreira à qual doou todo o seu espólio.
Em 1997, a Câmara Municipal de Sintra cedeu o antigo quartel dos bombeiros em troca desta mais valia preciosíssima para a Vila, e hoje, este edifício histórico (e cheio de história) agora recuperado e adaptado a museu, é o 3º mais visitado do país e onde se podem encontrar:

"os brinquedos, meus e de todos os que comigo têm partilhado esta viagem
infindável"

O edifício é constituído por 3 andares (com elevador para garantir a visita a pessoas com necessidades de deslocação especiais) e onde é permitida a entrada de cães, ou seja, é permitida a entrada de invisuais (muitos museus ao não permitir a entrada de cães estão a excluir pessoas), visitantes invisuais podem tocar em brinquedos e em breve as legendas que figuram ao lado das vitrinas com brinquedos expostos, de várias épocas, diversos fabricantes, feitos com os mais diferentes materiais e provenientes de toda a parte do mundo, vão ter tradução em brail.



"Os brinquedos marcaram a sua presença em todas as civilizações, o que
possibilita uma viajem através da história. Aliás, a História do Homem
através do Brinquedo é o grande tema da colecção".

Há no museu uma oficina de restauro, onde são tratados e reparados os brinquedos que pertencem ao espólio do museu, embora um dos projectos em vista e dado o enorme numero de pedidos, seja colocá-la ao serviço do público. Encontrámos na oficina, à espera de ser restaurada uma réplica do teatro da Trindade, acompanhada de (salvo o erro) vinte cenários diferentes e suas personagens!
Alguns restauros são assistidos pelos visitantes a fim de proporcionar às crianças de uma forma particular, o gosto pela preservação dos objectos com que brincam todos os dias.
A nossa visita foi marcada pela presença deste homem encantador, que tem uma vida de histórias para contar. Sempre ao nosso lado, ladeados por vitrinas de soldadinhos, carrinhos em folha, em chapa de ferro, aviões, comboios e eléctricos de madeira e imensas bonecas ia desvendando a sua infância e nós regressados à nossa (infância), olhos de criança e tudo, muito pequenos, cada vez mais pequenos, maravilhados, a ouvi-lo contar:
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"Fazíamos touradas na casa do meu avô a seguir ao jantar, com cavalos e touros de pasta de papel, no fim da tourada, matávamos o touro cortando-lhe a cabeça, riamos muito e claro, fazíamos muito ruído para os vizinhos (para o meu avô não, que não se importava). Um dia acabaram-se as touradas, aquilo não podia continuar e a certa altura tocaram à campainha e pouco depois a empregada veio ter com o meu avô e disse: - É a vizinha da frente. Diz que está à espera de ver a tourada e nunca mais começa. Veio perguntar se hoje há tourada e a que horas. "
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Existe uma área destinada aos "soldados" onde podemos apreciar um hospital de campanha em madeira de fabrico Alemão HAUSSER c. 1935, figuras em massa das Milícias Fascistas Portuguesas: Brigada Naval, Mocidade Portuguesa e claro, a parada das tropas nazis em figuras em massa de fabrico Alemão LINEOL e ELASTOLIN c. 1935 e tal como diz o Luís Perdigão na zona dos comentários, não fossem as vitrinas que nos separam deste cenário (o imaginário fantástico) não resistíamos a "agarrar nos soldados todos e brincar aos exercitos ali mesmo no chão".
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Aqui, João Arbués lembrou-se de nos contar que tinha adquirido uns soldados nazis de uma colecção particular e quando chegou a casa não encontrou lugar para os arrumar e decidiu esvaziar a estante de livros da sua mulher Ana e arrumar ali a sua mais recente aquisição.
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"Quando a Ana deu por isso, ralhou comigo, porque a casa já estava cheia de brinquedos, e eu tinha substituído os livros dela por soldados, mais soldados!" ao que eu lhe respondi: São soldados nazis, como sabes os nazis ocupam tudo."

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Palmira Bastos (actriz)
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No 3º piso do museu, onde podemos ver bonecas: as shirley temple, as barbies as de porcelana, as bailarinas japonesas, os toucadores e as camas em madeira, os serviços de vidro e porcelana (miniaturas que apetece brincar com todas às casinhas), os fogões, os ferros de engomar, as arcas que se abrem e se transformam em lojas de chapéus,... encontra-se uma peça em madeira de fabrico Português c. 1900 um aparador com acessórios que parecem de loiça mas são de madeira, oferecido a João Arbués pela actriz Palmira Bastos e a descrição da estima que nutre por aquela peça desenrolou mais uma história: Um dia em pequeno e certamente na brincadeira, João Arbués deu uma bofetada na actriz, esta, ao invés de retaliar dando-lhe também uma palmada, mostrar-se ofendida ou zangando-se com ele, resolveu castigá-lo de outro modo
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"Cada vez que a acompanhava ao camarim, ela fazia questão de dizer a toda a gente que eu tinha sido o único homem a dar-lhe uma bofetada! Eu ficava envergonhadíssimo, e aprendi a lição".
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Miguel ao lado da reprodução de uma estação de comboios com locomotivas em folha litografada

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Aqui a observar uma colecção de carrinhos.

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O Miguel é uma criança que sabe perfeitamente distinguir um museu, mesmo este, de brinquedos, duma loja da Toy "R" us. Na loja de brinquedos pode mexer e até pedir para comprar (levar para casa), no museu tem a noção (mesmo sem ninguém lhe dizer nada: as advertências) que as aquisições ali são contemplativas e que tudo se pode guardar sem tocar em nenhum objecto. Está habituado a visitar museus apesar de só ter 3 anos, pelas mãos do avozinho (meu pai) que (e talvez não por acaso seja apenas coincidência, porque lhe encontro mil e uma semelhanças) tal como o avô de João Arbués Moreira, fundador do museu, também é o avô materno do Miguel, e também se chama João.

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Obrigada PAI por este dia (por todos os dias), pela emoção de ver os teus brinquedos expostos, por teres enchido o meu quarto e a minha infância de brinquedos (percebes agora que não foi má ideia?) Eu tive as ferramentas (eu tenho as ferramentas) para transformar os sonhos em coisas práticas.

Obrigada João e Ana Arbués Moreira por este dia, por este museu(a fundação de todos os sonhos).

8.3.09

O meu PAI no museu de todos os sonhos

O meu pai (o avozinho João) tem parte do seu espólio de brinquedos que faz com as suas próprias mãos em exposição aqui, e vão ficar expostos até ao Verão deste ano, depois disso, algumas peças ficarão a figurar (para sempre) no Museu de todos os sonhos.
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Se há museu que fica bem ao meu pai é o museu do brinquedo, também ficava bem o do ar porque o meu pai é um bocado aéreo ou o de arte antiga ou o da música (o da música ficava-lhe a matar) mas se há museu que fica bem ao meu pai é o museu do brinquedo. Ele faz brinquedos desde a minha infância e os que me lembro melhor são dos que fazia com a casca dos pinheiros que havia ao cimo da casa da avó M.ª José no Tortozendo (tive um telefone, uma guitarra, um barco, uma boneca com a minha cara!...), no museu do brinquedo está lá a infância que o meu pai não viveu, mas teve em sonhos.
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Barco, espigueiros e carroça em madeira e papel.

Moinhos, casinhas e igreja

carros antigos e aldeia das casinhas

carroças e espigueiro


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Colecção executada por João Domingos Viana
(ao cimo dois moinhos tradicionais holandeses oferecidos pela embaixada da Holanda)

Tenho tanto orgulho em ti PAI, dos brinquedos que fazes com as tuas próprias mãos, de vê-los expostos num museu (fundação) que nos é tão querido, sobretudo agora, nesta fase da nossa vida, que temos o nosso menino (e depois disto pai, nunca mais se vai ouvir falar no espólio do Joe Berardo :))

Foi um dia muito especial também porque tivemos o privilégio de privar com João Arbués Moreira, engenheiro, coleccionador e fundador do museu e a sua mulher (directora do museu) Ana Paula Arbués Moreira.
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Ana Paula Arbués Moreira, João Arbués Moreira com o nosso filho Miguel Viana da Silva
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Duas pessoas fascinantes que nos acompanharam durante toda a visita e transformaram as nossas conversas em verdadeiras aulas de história. João Arbués é um homem encantador, um contador de histórias, com uma cultura vastíssima ou não fosse ele, um coleccionador de brinquedos!



" Os brinquedos ajudaram-me a crescer e a perceber o mundo, tornando-se
primordial a sua ligação à história da humanidade (...) A intimidade, as modas,
as guerras, as ideias, a política, a economia ligam-se eternamente ao que cada
brinquedo trás dentro de si."

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Museu do Brinquedo - Toy Museum - Fundação Arbués Moreira - Rua Visconde de Monserrate - 2710 - 591 SINTRA - Telefone: 219 106 016 Fax: 219 230 059 e-mail: m-brinquedo@museudobrinquedo.pt (O Museu está aberto de 3ª a Domingo, incluindo feriados, das 10:00 às 18:00, encontrando-se encerrado à 2ª - feira)

6.3.09

Depeche Mode "sounds of the universe"



Os Depeche Mode já têm sucessor para "Playing The Angel", de 2005. Chama-se "Sounds Of the Universe " o novo álbum. É um título um bocado piroso (vulgar, pretensioso), mas a banda (e a musica) não. Vão actuar no Porto, dia 11 de Julho, no Festival Super Bock Super Rock.

Do meu lado já bate o lado wrong.

Which of the seven deadly sins are you?

Ainda não é desta (que lavo as mãos).
Tenho comentadores que se preocupam tanto com a minha saúde que não basta eu dizer que peco, tenho que fazer o Teste.

Inveja: ocorre-me sempre aquela frase de Al Berto:
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"e que uma língua de fogo atinga todos os livros - que invejo, e não fui eu
que escrevi"

Ira: pessoas preconceituosas, ignorantes, arrogantes, avarentas, sonsas, xenófobas, corruptas, mal-educadas, agressivas, todas me provocam Ira. Soberba: orgulho, orgulho, orgulho que nunca mais acaba. Preguiça: Para me deitar à noite, para me levantar de manhã, para cozinhar, para ir ao cabeleireiro, para ir ao médico, para fazer ginástica, para preencher papéis, para aturar gente chata, para me lembrar das coisas, ... Avareza: Odeio gente que guarda tudo para elas, o dinheiro, o conhecimento, os afetos, não cometo este pecado, peco pela Ira. Luxúria: Só não peco mais porque não posso ou não estou para aí virada, e quando posso e estou para aí virada, se resisto é porque estou a fazer charme.

Qual dos 7 Pecados Mortais eu cometo mais? Preciso mesmo de fazer o teste??

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post relacionado

3.3.09

Eu prometo que agora...

... vou lavar as mãos, e quando voltar vou fazer um post como deve de ser. Daqueles sem comentários (intelectuais), daqueles que não cabem neste blogue (os maternais), ou um post pateta como este com a foto do Patrick Dempsey (estou farta de explicar que aquilo que o Patrick tem na mão é um café Americano e ainda hoje me perguntam: Café? Qual café? Se eu tirasse o café da mão do Patrick e pusesse uma raquete de ténis elas perguntavam: Raquete? Qual raquete? Palavra d' honra que estou farta de olhar para a foto e não vejo nenhuma raquete.
Ou então vou beber café ao sítio do costume, e entre o café e um olhar à volta, vou encontrar aquela criatura dentro de um fato de treino da feira, de cachucho no dedo, a falar ao telemóvel e a coçar ao mesmo tempo aquilo que deve ser uma colónia de parasitas a tentar encontrar uma saída no meio de cabelos do peito e tenho que vir aqui para blogar isso.
Eu prometo, que agora vou lavar as mãos e quando voltar aqui vou fazer um post como deve de ser, daqueles sem… Ou quando voltar aqui estarei na mesma, só que com as mãos lavadas.

A mecenas, o Anatomista e a miuda que fez um post disso



A obra literária «O Anatomista» do escritor Argentino Frederico Andahazi, é sobre um cientista que descobre os "poderes" do clitóris, e conquistou o Primeiro Prémio da Fundação Amalia Lacroza de Fortabat, mas a mecenas como ainda era viva (é o problema de haverem fundações com nomes de pessoas que ainda não morreram) resolveu mais tarde retirar o prémio a Frederico Andahazi porque a sua obra
"não contribui para a exaltação dos valores mais elevados do
espírito humano".

Apesar da polémica (por causa da polémica, eu diria), o livro foi publicado, tornando-se num dos grandes bestsellers da literatura (não só Argentina), mas tal como toda a obra de Courbet, suscita em volta dela, a controvérsia sobre a liberdade de expressão, ou sobre os mais elevados valores do espírito humano, que para uns podem ser a bondade, a lealdade, o orgulho e a sensibilidade e para outros a castidade, a submissão, o ortodoxo (aquilo que é aceite), a diligência (o cuidado, o esmero de não usar decotes profundos, nem sapatos de fetiche).
Foi à volta de uma dessas não digo controvérsias, mas excitações sobre a liberdade de expressão e sobre "os valores mais elevados do espírito humano" na zona dos comentários do post mais abaixo, que tive a ideia de fazer um breve post dedicado à mecenas. É pouco provável que a Amalia Lacroza de Fortabat seja seguidora deste blogue, mas não é completamente impossível (até porque eu emito para todo o continente Americano e estão a apanhar bem), de modo que aqui vai:
Castidade, Generosidade, Temperança, Diligência, Paciência, Caridade e Humildade, estas são as 7 virtudes, são os 7 "valores mais elevados do espírito humano" e eu, garanto-lhe Sr.ª Amalia Lacroza, que o meu clítoris tem contribuído para a exaltação deles todos. E quando não tenho ninguém para exaltar a castidade, a paciência ou a temperança, exalto-me sozinha.