oreinabarriga

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24.5.06

Gatinhar

“Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”.



Neil Armstrong, ao pisar a Lua.




Desde que começamos a explorar o espaço à nossa volta e ao longo dos tempos conquistamos novos mundos.

O meu filho gatinhou hoje pela primeira vez. Para ser inteiramente verdade, o meu filho gatinhou hoje pela primeira vez para a frente. Sim, porque ele é um caranguejo (de signo) e como tal, a influência que os astros exercem sobre o Miguel têm-no praticamente obrigado a gatinhar e a arrastar-se para trás e para os lados até à data de hoje, em que finalmente, o astral e o ascendente (há sempre um ascendente) estavam distraídos e o Miguel lá foi em frente em busca de outros mundos!

A primeira caminhada do Miguel sem a nossa ajuda, vão ser meia dúzia de passos, com pequenos espaços entre os passos, mas um grande salto que ele dará para a humanidade.

Hoje, quando o Miguel gatinhou pela primeira vez, para a frente! (Para a frente é que é a humanidade) eu estava lá de olhar atento e emocionado. Quando o Miguel der os primeiros passinhos sózinho, eu vou lá estar, de mãos estendidas para o segurar sem ele saber. Espero.

Estarei sempre lá para o caso de haver quedas e para o caso de eu me emocionar...

22.5.06

saudades do cabelo

Ontem decidi cortar o cabelinho ao Miguel. Acertar as pontas à franjinha rebelde mais precisamente. Foi fácil. O Miguel percebeu que aquilo da tesoura a passar rentinho à pele é coisa para ficar quietinho e não mexeu uma palha. De vez em quando fechava os olhos e encolhia os ombros como nós adultos costumamos fazer quando pressentimos algum perigo. Foi engraçado. O resultado também. O Miguel ficou com cara de rapazinho do colégio! Mais crescido, mais regila ainda.
Mas a verdade é que mesmo assim e passada só meia hora, comecei a sentir saudades do cabelinho do meu filho a cobrir a nuca onde eu ía fazer festas e da franjinha a tapar a testa.
Depressa cresce outra vez, pois é?
E para além do mais, não deitei fora os cabelinhos do meu filho, não! Guardei-os num saquinho de pano dentro da caixinha das recordações, ao pé das chuchinhas que foi largando, da primeira esponja de banho e das pulseirinhas que trouxemos da maternidade.
A mesma caixinha para onde qualquer dia, vai um dentinho de leite, um rabisco no papel, um desenho e claro, mais saquinhos com cabelo para matar as saudades!