oreinabarriga

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26.10.05

A Deus, eu não peço mais nada

Já devia ter publicado estas fotos. São os meus pais com o meu filho no colo, poucas semanas depois de ele ter nascido.
São as fotos dos miminhos.
Ninguém mais faz miminhos ao meu filho assim... O meu filho Miguel está nestas fotos, nos braços de quem mais o ama para além de mim e do pai, obviamente.
Tantas vezes olho para elas e está lá tudo...
Tal como as primeiras fotos do meu filho que o pai tirou do meu telemóvel assim que saímos da sala de partos, nunca apaguei estas do meu telemóvel. Andam sempre comigo.
Tantas vezes olho para elas, e está lá tudo...
A Deus, eu não peço mais nada...





10.10.05

A Primeira papa

Hoje o meu filho Miguel comeu papa pela primeira vez e não fossem as risadas não tinha havido salpicos!

A papinha da Milupa sem glúten foi uma boa escolha. (O glúten é a principal proteína presente no trigo e em outros cereais que pode provocar intolerância alimentar. Daí os bebézinhos não deverem comer pão nos primeiros meses. As intolerâncias alimentares são causadas pelo sistema imunológico, que reage de maneira anormal a um determinado alimento ingerido)
O Miguel ainda só tem 3 meses e meio, quando chegar aos quatro, come sopinha.
Esta papinha vem mesmo a calhar para fazer a transição.
A colherzinha é de silicone, foi oferecida ao Miguel pela Paula, nossa vizinha, mãe da Sara e da Mariana.
Bem que ela explicou, lá do alto da sua experiência de mãe, que uma colherzinha de silicone era o ideal para as primeiras papas.
Estava cheia de razão. Obrigado Paula.



5.10.05

Diário do nascimento de uma mãe XIII

Antes do Miguel nascer, andava eu em busca da felicidade. Em baixo das coisas, escondida atrás das árvores, no meio dos livros, atrás das portas.
De cada vez que encontrava a felicidade, sentia-me feliz claro, enquanto durasse o momento.
Desde que fiquei grávida, tudo passou a andar ao contrário e ainda hoje é assim. Ando feliz. A felicidade anda sempre comigo, (Deus também) e a tristeza é que às vezes a encontro em baixo das coisas, escondida atrás das árvores, no meio dos livros ou atrás das portas... De vez em quando encontro-a, à tristesa, e fico triste, claro, enquanto dura esse momento.
Gosto da minha vidinha assim.
Gosto do meu filho mais do que tudo na vida!
Fico surpreendida se o pai do meu filho chega a casa e só tem olhos para a lâmpada que se fundiu, para os salpicos no armário, para a luz da impressora que ficou acesa e para os milhares de acontecimentos sem importância absolutamente nenhuma que acontecem numa casa, tendo cá o nosso filho! É que para mim, desde que ele esteja aqui ao pé, a rir-se de não lhe doer nada, estou-me nas tintas para essas miudezas todas.
Será ele infeliz? Quando muito é tão feliz como eu era antes do Miguel nascer, uma coisa de horas, de dias quando muito.
Não sei se é herança, se o que é, que o faz ser assim, mas tenho pena, por mais felicidade que haja, há criaturas que não têm mãos para a agarrar, nem coração que chegue para ficar com ela.
Coitados...