oreinabarriga

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30.6.06

Estou de férias!

Se eu ganha-se uma nota por cada despacho de hoje dava já aqui um pulo e gritava: Jamaica, aqui vou eu! Mas como não ganho nada com isso (que novidade) não dou pulo nenhum da cadeira mas aguardo em pulgas pelas 4 da tarde para me pirar da escolinha. Chegaram as minhas Férias! Oba!
Aqui ao lado uma pilha de papéis com elásticos e post' it e clips, aos quais acabei de deitar a lingua de fora. Que coisa feia (papeis com elásticos e post' it, blrrac).
Vou para casa trabalhar é certo, vou alinhavar o dia de amanhã, mas estou feliz. Amanhã vou fazer sopinha, bacalhau à brás, bolinhos, gelatina, salada de frutas (comprei frutas de todas as cores!), sandes de pão de leite e vou decorar a mesa com uma toalha do Noddy a condizer com os guardanapos e com os pratos descartáveis (a palavra descartável, descartáveis, cheira-me sempre a bolos) depois salpico a toalha com mais uns queijinhos com presunto e pratinhos de aperitivos cheios de corantes (coisas para adultos) e mais umas gomas (que são aquela espécie de rebuçados que por não virem embrulhados não temos que andar até ao fim do ano de cócoras a espreitar para baixo dos sofás e da mobilia toda a catar papelinhos, o que também me cheira a bolas com creme para ser franca).
A velinha do bolo foi oferecida ao Miguel pela Nestlé. O bolo vai o papá buscar ao Continente e espero que seja do Noddy, eu não sei se já disse isto, mas o meu filho é mais Digimon's eu é que gosto do Noddy, mas afinal de contas eu faço anos no mesmo dia que o meu filho, não é? Ele nasceu como nascido e eu nasci como mãe. Tenho direitos. E os Digimon's francamente! Não são para a tua idade filho!

28.6.06

Á beirinha do primeiro aniversário

No ano passado por esta altura andava eu de barrigão com um sorriso de orelha a orelha... estava quase a vias de conhecer o meu filho. A malinha da maternidade já estava atrás da porta da rua e o pior foi depois, para mandar cá para fora um cocózinho de formiga que mais umas gramas e ainda hoje lá estava agarradinha à pilastra do frasco do soro aos gritos a dizer que não era capaz. Ainda não me esqueci não.
Hoje fui comprar uma fatiota nova para o Miguel estrear no dia dos anos, uma camisola e uns calçanitos pinocas da Metro kid's. Não vou muito à bola com esta marca porque os miúdos andam por aí a fazer publicidade gratuita ainda por cima aquilo diz em letras de todo o tamanho USA quando o fabrico é (graça a Deus) absolutamente nacional, mas consegui duas peças das mais discretas e são giras. Depois fui comprar legos. Os primeiros legos do meu filho.
O meu filho sentado no chão mais eu a fazer construções de legos nesta altura é a mesma coisa que o meu filho sentado no sofá a ler o jornal, ou seja, a probabilidade é nula, mas eu andava com a "pancada" dos legos...
Comprei também um urso gigante! Gigante é como quem diz, o urso mede os mesmos 75 cm's que o Miguel mas para ele há-de parecer um urso gigante! (isto não é mania das grandezas, juro, é mais uma vontade irresistível de impressionar o meu filho com o maior brinquedo da loja, o maior urso da loja, até pensei em comprar uma casa! Sim, se eu pudesse acartar com o embrulho tinha comprado uma casa de brincar ao Miguel!)
O meu filho está à beirinha de fazer um aninho.
O tempo passa depressa porque ser mãe, mulher, cuidar da casa e trabalhar fora são árduas tarefas. E sair-me bem em todas elas são outros quinhentos.
Por isso a festinha do Miguel não vai ser a festinha que ele merece, nem a festinha que a mãe sonhou para este dia. Vai ser a festinha que a mãe, com muito trabalho e dedicação vai conseguir dar. Mas a mãe promete fazer festinhas todos os dias, das outras, das que não se compram porque não têm preço, das que não fazem barulho, nem são às cores nem têm nenhum luxo, os miminhos...

O guardanapo de papel

O meu filho tem pézinhos de anjo barroco. Todos os bebézinhos têm pézinhos de anjo barroco, mas os do meu filho são meus e posso dar beijinhos até me fartar e posso tocar-lhes como se eu fosse cega.
À bocado, à bocadinho, peguei no meu filho para o levar para a caminha dele mas fiquei presa a adiar o meu propósito por causa de umas bochechas iluminadas por um reclame da televisão. Detive-me a observar com cuidado as longas e espessas pestanas unidas e fechadas (dormia profundamente) dei um beijinho em cada uma das bochechas redondas, um beijinho ou dois... (dormia tranquilamente, aparentemente sem temor do futuro) ou mais, na verdade dei mais beijinhos do que aqueles que contei.
Não há pano nem pétala nem carne nem fruta ou coisa mais macia que as bochechas do meu filho!
Foi este menino que eu sempre quis ter como filho. O meu filho. Disse para os meus botões. Cá para mim.
Subo e desco ao cume da felicidade todos os dias.
Se me canso é porque vale a pena. Se desisto é porque há outros caminhos.
Amo-te muito filho. Mais do que tudo na vida. Mais do que se fosse cega.
E era isto que estava escrito no guardanapo de que vos falei no post anterior.

25.6.06

Este Blog anda descomposto e desactualizado há uma data de tempo porque o Miguel não dá tréguas.
De toda a vez que o teclado sai do armario, vêm logo um par de mãozinhas húmidas querendo arrancar as letras todas. Há uma prateleira de cd's capaz de distraír as mãozitas húmidas mas é por pouco tempo, enquanto o diabo esfrega um olho (neste caso o diabo sou eu) o Miguel esvazia a prateleira e os cd's ficam todos no chão numa roda e a mãe afasta as mãozinhas húmidas e vai buscar mais brinquedos e tenta sentar o Miguel no carrinho e dá-lhe uma bolachinha e por fim quando finalmente consegue aceder à net desliga tudo, fecha todas as janelas, o Blog, o mail, faz log off, desiste, pega no Miguel ao colo e finge que definitivamente, vai mandá-lo para o caixote do lixo.
O que mais me custa nesta fase?
O meu filho não querer dormir nem quando está a cair de maduro.
A toda a hora, afinar as cordas vocais.
O meu filho levar as mãos à boca logo a seguir a uma colher de sopa e todo ele é sopinha de legumes com carninha (quando é sopinha de legumes com peixinho o Miguel cheira a foca durante uma quantidade de tempo) ah! e atirar com todos os brinquedos para o chão! (as vezes que eu vergo a mola cá em casa! Se eu fosse da qualidade que parece que engoliu um garfo, havia mais chuchinhas e soldadinhos e carrinhos e bonecada pelo chão que chão)
E também me custa não ter tempo para as minhas picuínhices, as minhas escritas, as minhas leituras, as unhas e os banhos de imersão. Por falar nisto, vou à procura do guardanapo de cozinha onde um dia destes (já tarde da noite) escrevi umas coisas sobre o meu filho, às escuras, em cima do parapeito da janela (o guardanapo é que estava em cima do parapeito d janela), enquanto fumava um cigarrinho.

11.6.06

Na casa da tia Sandra

O resto do dia foi passado na casa de praia da tia Sandra e do tio Pedro (Sesimbra).
O André já tem 3 anos e é mais filmes (DVD's), a Carolina ainda nem tem 3 meses e é mais come e dorme de modo que o Miguel anda ali no meio a apanhar bonés.
O pior foi para tomar banho. A água estava aquecida pelo sol, a banheira era do Winnie the Poo, mas o Miguel estava para a água da banheira como a água da banheira está para a mulher gorda: Se tu entras, saio eu!

10.6.06

O primeiro dia de praia do Miguel

A areia pica, o mar faz barulho, a água é fria e não vi patinhos nem peixes-palhaço em lado nenhum.
Deve ter sido isto que o meu filho sentiu hoje, no seu primeiro dia na praia.
Não fez grandes birras, mas também não largou a mamã, nem o papá, nem a lágrima no canto do olho...