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30.3.08

Olimpíadas espirituais

Pequim 2008 a chama Olímpica

Décadas de repressão sobre o povo Tibetano, o Governo Chinês não respeita os direitos humanos no Tibete e depois ainda oiço de manhã na rádio o Presidente (julgo que o próprio Presidente da China, Hu Jintao) declarar soberano, intimidatório (de cara feia aposto), que não admite interferências num assunto que diz ser interno, como quem diz do foro "íntimo" da China, como quem avisa: - Não metam o nariz onde não são chamados, que é melhor para vocês. Ora eu nem tenho o nariz grande nem nada, é que eu mesmo sem querer, quando dou por isso já tenho o nariz enfiado na intimidade Chinesa. Aproveitei a intromissão (antes que o Sr. Hu mandasse que me cortassem a ponta do nariz) e assinei a Petição em http://www.avaaz.org/en/
e logo vamos ver se tenho vontade de assistir aos Jogos Olímpicos de Pequim. Os países democráticos que em 2001 atribuíram à China a organização dos Jogos Olímpicos, fizeram-no na boa fé (com pouca moral também é certo, mas na boa fé) que a China melhoraria as suas relações com o Tibete, não sobreporia mais os seus interesses privados à liberdade e dignidade de um povo. Em sete anos, vergonhosamente, isso não aconteceu. Ainda sinto repulsa ao lembrar-me do episódio da visita do Dalai Lama a Portugal, pela segunda vez (a 1ª ainda foi pior) em Setembro de 2007, onde o Governo Português (que mantém relações diplomáticas com aquele país asiático desde 1979 e relações comerciais traduzidas em milhares de Euros), se recusou a receber oficialmente Tenzin Gyatso, o XIV Dalai Lama. A China é grande, de cara feia, os grandes impõem-se, metem respeito, não pela grandeza das ideias e acções, mas pela cara feia, grandeza geográfica, económica, e o resto do mundo obedece, verga-se, o mundo a seus pés em troca de um mercado à base de exploração infantil que parece que não envergonha ninguém, nem quem pratica o crime, entre portas, na intimidade de um assunto que só à China diz respeito diria o Sr. Presidente Hu, nem quem assiste. Portugal é pequeno, pior, pequeno e não se levanta. Governa inclusivamente deitado. Não era preciso por-se em bicos dos pés, era preciso apenas que fizesse uso da espinha, como País vertebrado que é, para se erguer, para se por de pé. Fingimos que não vemos os cultos, os que têm valor, os que fugiram à ignorância, os que são de facto elegantes, diplomáticos, nobres de espírito e de vontades, fingimos que eles não existem (não são Portugueses sequer, em Portugal não há cá disso, espelho meu, espelho meu...) passamos ao lado, olhamos de lado, sobra-nos a inveja e rastejarmos perante os que são medíocres.

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