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14.5.08

Sorrateiramente (homenagem)

"Talvez a melhor vitória
Sobre o tempo e a gravidade -
Passar sem deixar um rasto,
Seguir sem deixar a sombra
Vencer pela recusa?
Apagar-se do espelho?
Como Lérmontov, passar sorrateiramente
Pelo Cáucaso sem alarmar as rochas.
Ou talvez - mais divertido
Com o dedo de Bach, não
Tocar no eco do órgão
Extinguir-se sem deixar cinzas
Pela mentira?
Riscar-se das latitudes o nome
Passar sorrateiramente pelo tempo
Como pelos mares,
sem despertar as águas..."

"Depois da Rússia"
Marina Tsvetáeva
Marina Tsvetáeva nasceu a 6 de Setembro de 1892 em Moscovo. Aos 18 anos editou o 1º livro de poesias: Álbum nocturno, e em 1912 o segundo: Lanterna Mágica.
Em 1922 emigrou para o estrangeiro onde viveu dezassete anos (Boémia, Alemanha e França). De 1922 a 1928 foram editados vários livros seus de poesia e várias peças teatrais em verso, bem como as suas obras autobiográficas em prosa.
Em 1939 voltou com o filho Gueórgui para a U. Soviética para se juntar ao marido e à filha que tinham regressado em 1937. Dois anos depois a filha e o marido de Tsvetáeva foram presos e condenados: a filha a oito anos de trabalhos forçados, o marido à pena máxima (foi fuzilado). Em Agosto de 1941, na altura da invasão nazi, a escritora foi evacuada juntamente com o seu filho para a cidade de Elábuga, nas margens do rio Kama.
Suicidou-se a 31 de Agosto desse ano.

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