oreinabarriga
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Hoje é dia de faxina e orgulho-me do meu filho apenas com 4 anos ter aprendido coisas que os homens costumam levar uma vida inteira para assimilar. Estava eu a enfiar roupa na máquina e vem ele muito depressa:
- mamã, mamã dá cá a roupa suja que eu ponho dentro da máquina
Os carrinhos ficaram no chão parados, todos em fila de espera…
- Esta pode ir mamã?
- Pode filho, é roupa branca, pode ir
- Pois, roupa branca quer dizer que não tinge não é mamã?
Isto significa que estou a ser capaz de criar um homem que consegue transformar uma dona de casa numa Helena Coelho e uma tábua de passar a ferro numa prancha de surf. O homem ideal, portanto.
..
25 comentários:
Que se conserve assim e não se perca valha-me Deus.
emprestas-mo uns tempos? a ver se ele consegue transmitir essa sabedoria aqui ao elemento masculino desta casa?...
achas que aos 33 anos ainda aprendem?..
Um McDreamy. Parabéns Carmina! Não sei como é que consegues...
Nem eu!
Jo: Aos 33 anos é difícil, os homens sabem que ao partilharem as tarefas domésticas connosco estão a contribuir para que no final do dia, estejamos mais disponíveis e receptivas ao amor e à lascívia mas por outro lado têm receio de estender roupa, aspirar, mudar fraldas, e que os níveis de testerona desçam. Têm medo de ficar como direi? Incapazes? … Aos 33 anos é uma questão de desmistificarmos essa lenda.
No meu caso tenho filho (falta de privacidade) e no meu dia de faxina o meu marido vai trabalhar e de seguida vai às compras de modo que chegamos ao fim do dia ambos estafados e não conseguimos libertar endorfinas, só desabafos, mas aos casais sem filhos e que não se importem que a casa não fique num brinquinho, aconselho a que o homem se sente em frente à televisão, nu, só com o comando e a mulher faça a faxina em lingerie da triumph.
Tou a ver que não tens um McDreamy em casa tens 2 (há gajas com muita sorte pá). É pena é não sobrar tempo para aquela coisa libertadora das endorfinas, mas não se pode ter tudo não é amiga?
Ora vamos lá ver se eu de lingerie a sacudir os tapetes faço frente à Brooke Shields, à Kim Raver e à Lindsay Price da série Lipstick Jungle, é preciso ver que são logo 3 e a qualidade de imagem é HD... não sei se consigo.
Pois, isso agora é que é pior… Contra os Jogos do Sporting é mais fácil…
Há lá uma parte em que eles em vez de jogarem com a equipa adversária, começam a jogar com a equipa de arbitragem e parecendo que não, facilita. Boa sorte de qualquer das maneiras (se sacudires os tapetes na varanda, pode ser que o Becas continue a ver o Lipstick mas em compensação, o vizinho da frente aprecie a tua lingerie).
Lá em cima (Carmina B.) fizeste um belo retrato do complexo anti-faxina dos homens e ainda publicaste um conselho extremamente útil, faxavôr de colocar o comentário na primeira página do blog a ver se toda a gente lê.
Bj!
Tirar-me da frente da spor tv ou do canal NBC é fácil, tira a RR da tvi quando está a dar aquela novela dos Paulos Pires é que é difícil, nem todo nú com um comando daqueles universais que se compram nas sex shop’s, não sou capaz.
E fiquem sabendo que eu sou um rapaz contemporâneo, quem é que conserta o cabo do aspirador, vai apanhar os cacos quando os vasos das sardinheiras caem lá para baixo, volta a encaixar gavetas, põe silicone nas juntas?... Que a RR a fazer limpezas não queiram saber, parece aquela série de tv: A Demolidora.
Vai lá mas é à varanda ver se a RR está a sacudir os tapet... digo, a ver se caiu algum vaso lá para baixo.
100Vintem: vou pensar nisso (publicar o comentário na 1ª página) se bem que na verdade eu acho que o meu filho quando tiver idade para mexer no fogão, no ferro d' engomar e em detergentes vai fugir a 7 pés da faxina como a maioria dos homens, quem está devidamente habilitada a fazer um post sobre isso és tu que tens um marido desenrascado e independente nessa matéria e com 2 filhos do 1º casamento + 2 contigo, não me parece que sofra de quebras incapacitantes de testosterona.
Beijos
Devem ser influências da cultura britânica. O macho Português deve ser calão por natureza.
Não sei se tem a ver com influências da cultura britânica, tem a ver com certeza com o facto dele ser Inglês e ter escapado às influências da cultura portuguesa isso sim! Machos e filhinhos da mamã, etc.
Há uma coisa curiosa aqui em Inglaterra que eu (como Portuguesa) tenho observado, as crianças e os jovens são terrivelmente irreverentes em todas as matérias, incluindo na faxina, os colegas dos meus filhos são uns destruidores, parece que não dão valor a nada, todos têm empregada em casa, para além de não terem que ajudar nas tarefas domésticas têm o péssimo hábito de fazer pouco da empregada (sujam mais, desarrumam mais, como se fizessem de propósito), mas inexplicavelmente, na idade adulta, tornam-se extremamente responsáveis pela casa, pela roupa, pelos bens, se precisam de ajuda contratam alguém, mas se se virem sózinhos, sabem fazer tudo: passar, ir ao supermercado, tomar conta das crianças, ... e a verdade é que as oportunidades de emprego aqui são iguais para homens e mulheres, se o homem calha a alegar falta de tempo para as tarefas domésticas, a mulher alega o mesmo e chegam a um impasse.
Já para não falar que a mulher Portuguesa não tem nada a ver com Inglesas. Ó, ó. Faxina não é com elas, definitivamente. Têm muito, mas muito mais que fazer.
Cá, a igualdade de oportunidades é uma coisa estranha: há mulheres nas oficinas de automóveis, a conduzir táxis e transportes públicos, no exército, na marinha, no governo, em contrapartida são muito mal vistos os homens que trabalham numa fábrica a coser botões, ou num tear, como baby sitter’s, a fazerem limpeza de casas e escritórios, etc..
É uma questão de mentalidade.
No dia-a-dia, surgem vários exemplos dessa mentalidade: se um pai não deu de comer ao filho, ou não lhe mudou a fralda, trata-se de um esquecimento (estava entretido a ver um filme, a conversar com um amigo...), ou não tem jeito para essas coisas, um homem não ‘fazer a cama, o jantar, são tudo coisas normais, a uma mãe não é permitido que se esqueça de dar comer a um filho ou não lhe mude as fraldas a tempo, nem é aceitável que sobreponha outros interesses aos interesses do filho, é logo uma má mãe, é descuidada, é capaz até de vir a protecção de menores, e se não fizer a cama e o jantar é uma má dona de casa, é uma má esposa, quiçá até, uma má pessoa.
Não falo por mim, mas já fui alvo de pequenos apontamentos, se sairmos de casa à tarde com o nosso filho e ele pedir para lanchar, eu sou logo acusada de não ter levado uma bolachinha, um iogurte, nunca o pai, numa discussão entre marido e mulher a mulher deve calar-se, quando vamos dormir a casa dos meus sogros, por exemplo, nunca a minha sogra pede ao filho para fazer a cama porque parece mal a cama estar por fazer, é a mim que ela pede, não é por mal, eu sou mulher, e é uma questão de mentalidade, só que até mesmo, nas situações pontuais, é, no mínimo, desagradável.
É preciso que continuemos a não ser submissas, é preciso pensarmos em nós, como mulheres, como nós próprias, se preciso for, antes de pensarmos nos filhos, ou na família, ou no lar, porque não? Levarmos com as criticas e seguirmos em frente nem que por homenagem às mulheres que antes de nós e em situações e alturas da história muito mais adversas lutaram pela liberdade e pelos direitos que hoje temos.
E não sou feminista, está bem? Sou eufemista (querida, doce, dada a eufemismos :))
Vai mas é deitar o miudo.
david
Levas já daqui com um sapato!
(já está tudo deitado cá em casa, obrigado)
Disseram-me que ao lado da Helena Coelho está uma prancha de surf ou uma tábua de passar a ferro, mas eu já olhei para a foto 20x e nada. Mas qual prancha? Qual tábua?
david
Chama-se ângulo morto. Há sempre uma zona que escapa, fica de fora do nosso campo de visão.
A mim também me acontece quando olho para as fotos do Patrick Dempsey.
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