oreinabarriga

este blogue está protegido pelos direitos de autor © todos os direitos reservados ao autor designado como carmina burana. a cópia não autorizada de conteúdos de propriedade intelectual e criativa protegidos pelos direitos de autor é ilícita e pode fazê-lo incorrer a si em processos civis e criminais ao abrigo da lei 16/2008 de 1 de abril.







este blogue tem Livro de Exclamações

3.9.09

Águas livres


aqueduto das águas livres




Este aqueduto atravessa a cidade onde moro, todos os dias ou não fosse um monumento, uma coisa petrificada, atravessa a cidade onde moro, todos os dias passo ao lado dele, ao longo dele, todos os dias para chegar a casa, e para ir de casa à casa dos meus pais. Todos os dias lhe devia fazer uma vénia, às vezes nem lhe lanço um olhar (é o que fazemos às coisas que damos como certas não é? Nem lhes lançamos um olhar, quanto mais uma vénia).
Foi mandado construir para abastecer de água toda a cidade de Lisboa, tem 58 quilómetros (é um dos mais extensos sistemas de abastecimento de água do mundo) e chama-se águas livres porque elas corriam ali livremente, apenas movidas por força da lei da gravidade.
É um dos monumentos que adoro por razões arquitetónicas (é um monumento barroco e neoclássico), por razões sentimentais naturalmente e até pela felicidade do nome que é tão bonito: "águas livres". É um dos monumentos que elejo como um dos mais belos monumentos do património nacional.
Às coisas que gostamos e damos como certas, como um aqueduto que é uma coisa pesadíssima e ninguém vai agora retirar (me) os 8 quilómetros dele que atravessam a cidade onde sempre vivi, passamos ao longo e ao perto e às vezes sem lançar sequer um olhar, e eu prometo que vou deixar de lado este excesso de confiança que se vai apoderando com o passar dos anos e nos faz passar ao lado das coisas importantes como "cães pela vinha vindimada", e mais vezes lhe lançarei o meu olhar.
..
..
..
..
Curiosidades à cerca deste monumento: A galeria interior tem o Passeio dos Arcos (corredores) por onde durante muitos anos se pode caminhar. É um dos mais esplêndidos miradouros sobre a cidade de Lisboa, mas infelizmente tornou-se célebre pelo número de suicídios que ali se cometeram e de assassinatos, e também pelo "famoso" assaltante Portugues Diogo Alves, que ali cometeu muitos crimes.
Em 1844 foi fechado ao público. Actualmente é o Museu da Água que tutela esta obra, organiza visitas, eventos e passeios. Clique em Aqueduto das Águas Livres e faça uma visita virtual, navegue a 360º pelo interior dos diversos espaços: Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, Aqueduto das Águas Livres, Mãe D'Água das Amoreiras e Reservatório da Patriarcal.
(deverá ter o Plug-in QuickTime 6 no seu computador).

Sem comentários: