oreinabarriga

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6.7.05

"Primeiro estranha-se depois entranha-se"

Passei a noite todinha em claro. A transição do colostro para o leite fez um reboliço no organismo do meu filho. Não fiz outra coisa que dar de mamar, mudar a fralda, tentar adormecer, conseguir, para depois já serem horas de mamar outra vez e de mudar a fralda e voltar a tentar que ele sossegasse. Durante o dia mais dezenas de telefonemas e mensagens no telemóvel como tem acontecido desde o nascimento do Miguel.
Estou “podre”. Sei que não durmo à uma semana, mas só durante a noite era capaz de dormir se pudesse, durante o dia a adrenalina é que manda. Fico extremamente irritada quando me pedem para dormir. Só eu sei o quanto queria que isso acontecesse, mas o meu cérebro não cumpre essa vontade.
O avô Vítor veio da terra para conhecer o neto e para substituir a ‘Ventax’ da casa de banho e para concertar a nossa máquina de lavar (tudo avariou esta semana cá em casa!) e só ao fim da tarde fui dar com ele, ao lado do avozinho João, a examinar o meu filho a dormir na alcofa.
“Primeiro estranha-se depois entranha-se” escreveu Fernando Pessoa sobre a Coca-Cola e pensei eu ao vê-lo finalmente, ao avô Vitor, perto do neto.

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