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28.6.06

O guardanapo de papel

O meu filho tem pézinhos de anjo barroco. Todos os bebézinhos têm pézinhos de anjo barroco, mas os do meu filho são meus e posso dar beijinhos até me fartar e posso tocar-lhes como se eu fosse cega.
À bocado, à bocadinho, peguei no meu filho para o levar para a caminha dele mas fiquei presa a adiar o meu propósito por causa de umas bochechas iluminadas por um reclame da televisão. Detive-me a observar com cuidado as longas e espessas pestanas unidas e fechadas (dormia profundamente) dei um beijinho em cada uma das bochechas redondas, um beijinho ou dois... (dormia tranquilamente, aparentemente sem temor do futuro) ou mais, na verdade dei mais beijinhos do que aqueles que contei.
Não há pano nem pétala nem carne nem fruta ou coisa mais macia que as bochechas do meu filho!
Foi este menino que eu sempre quis ter como filho. O meu filho. Disse para os meus botões. Cá para mim.
Subo e desco ao cume da felicidade todos os dias.
Se me canso é porque vale a pena. Se desisto é porque há outros caminhos.
Amo-te muito filho. Mais do que tudo na vida. Mais do que se fosse cega.
E era isto que estava escrito no guardanapo de que vos falei no post anterior.

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