oreinabarriga

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6.4.08

Amizade

07/04/2008 oreinabarriga@gmail.com escreveu: Minha querida amiga, meus queridos amigos Paulo e Margarida,
A nossa história de amizade é uma história veridica sobre o dom de bem-querer, prestar devoção e afecto, sejam quais forem as circunstâncias, tu e o Paulo estão aí, nós estamos aqui prontinhos para nos misturar-mos numas férias, numa festa, ou na tristeza, na vulnerabilidade dos dias. levei tão pouca bagagem e vim tão cheia, ganhei a Naraci e a Rita (a Fanta e a Coca!), um dia ainda hei-de voltar a abraçar a coca porque a nossa amizade rompeu-se quando nascia e aquele abraço da despedida nunca foi devidamente desapertado, e as coisas incompletas incomodam que se farta, a Débora o Edson, A Bia, o Delano, o Wellington, dias de felicidade irrepetíveis, risadas, paisagens maravilhosas (O Delta de São Francisco...) recordações fisicas, sensações que ainda me acompanham (o cheirinho a biscoitos de maragogi, o sabor das tapiocas de uma baiana) eu conheci os teus pais que adoro, que admiro, a tua mãe sobretudo, onde eu me perco na companhia, na conversa, nos miminhos, com quem eu tenho uma afinidade de nora, de sobrinha, uma afinidade como se a voz dela, os braços dela me tivessem acompanhado toda a vida, conhecessem a minha infância, a minha sensibilidade, as minhas fraquezas. Em algum lugar do mundo haviamos de nos conhecer (todos) porque na certa, pertencemos uns aos outros.
Ontem ofereci-te um perfume e escrevi que a amizade não se paga com presentes, paga-se com amizade (eu é que gosto de retribuir com as duas), esta tua mensagem tão dedicada, tão emocionada irá acompanhar-me para sempre, as tuas palavras envelhecerão connosco, o Miguel retirará da tua história o maior dos ensinamentos, que a amizade retribui-se porque um dia caem as paredes que nos protegem e o tecto que nos abriga, o dinheiro deixa de ter valor e nunca é suficiente, os bens materiais já não têm a importância que tinham quando os comprámos e os amigos são os braços onde vamos cair, quando bebemos demais, quando adoecemos e quando já não estamos em lugar nenhum são os que nos guardam para sempre, nas lembranças. Eu hei-de retribuir as tuas palavras. O Miguel há-de retribuir as tuas palavras (com visitas, suponho que sim e levará cheirinhos). Esta mensagem é só para dizer que daqui a muitos anos, serei merecedora da tua dedicatória e tu saberás que sim.

1 comentário:

João Ayres disse...

Gostava que um dia a minha filha e o teu filho soubessem fazer bom uso, interpretar bem este pensamento: "Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles." Todos os pais receiam as más companhias, toda a gente gostava de ter amigos(as) como tu. Abraço