A Primeira parte da festa é no recinto da Casa Inacabada, os adultos não podem ficar, eu e o pai fomos para o lado de fora da “montra” e através do vidro perseguimos os movimentos do nosso filho, com olhos curiosos (e ansiosos, foi a primeira vez que deixamos o Miguel a brincar com muitos meninos e meninas, duas animadoras, sem nós, ou nós sem ele, não interessa, foi a primeira vez e estávamos sempre à espera que ele chorasse, ou nós, ou ele, continuando…), os narizes colados no vidro, na cabeça “se ele nos vê aqui é pior” e fazíamos aquilo às escondidas como quem observa um aquário cheio de meninos lá dentro, mas para nós não havia meninos lá dentro, nem meninas, havia o nosso filho “Para onde é que ele foi agora?”, como se ele nos pudesse ouvir “Vá filhinho, vai construir a casa! Vai para o pé dos outros meninos, olha ali uma passadeira com uma roldana, vai filho, é tão gira!”
A timidez de inicio não largava o Miguel e a Ritinha chorava muito e também não, que o Miguel não gosta de ver crianças a chorar, não brinca, não entrava sequer no recinto, mais tarde uma animadora foi buscá-lo e levou-o para o pé de tijolos (de um material leve, para brincar, cinzentos, pareciam feitos de espuma) e logo o Miguel começou a construir a casa, tal como os 3 porquinhos, não, tal como o porquinho mais velho! Tal como o papá havia ensinado antes do Miguel entrar na festa:
- Vais construir uma casa filho, tijolo a tijolo como os 3 Porquinhos! Tu sabes não sabes?
O meu coração de mãe voltou ao ritmo normal, o Miguel estava finalmente a brincar e muito provavelmente se me visse já não queria vir comigo.
Eu e o pai fomos almoçar à beira rio, de vez em quando lembrávamo-nos do Miguel a construir a casa e sorriamos um para o outro. Depois da casa inacabada, seguiu-se uma visita à exposição Vê, Faz, Aprende! , na sala do explora tudo. “Já imaginou poder tocar num tornado e até mesmo ser capaz de o modificar? Sabia que nem todas as sombras são a preto e branco?Quantas cores diferentes consegue fazer com as suas sombras?
Conseguir fazer uma bolha de sabão gigante com apenas um leve sopro, e ainda antes de ela rebentar vermos as suas cores cintilantes é mais uma das possibilidades desta exposição.
Podemos ainda fazer desaparecer “aquele” amigo deixando apenas o seu sorriso...
Na sala do Explora tudo isto e muito mais, é possível.”
- É a mãe do Miguel? Ele é tão querido!
- Portou-se bem?
- Ele é adorável, participou em todas as actividades.
- Não chorou?
- Não chorou, não chamou pela mãe, nada, esteve sempre entretido connosco e nós com ele!
Foi muito giro, obrigada Belita, a festa do teu filho foi muito gira e uma nova “experiência-viva” para nós!
1 comentário:
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo...
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