oreinabarriga

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2.12.08

O medo

O medo de passar por isso. Ter fome. Numa altura de crise aguda, os Portugueses deram num fim de semana quase 2 mil toneladas de alimentos ao banco alimentar contra a fome. É talvez o primeiro dos medos: a fome, o instinto da sobrevivência. Podemos viver sem carros sem sapatos, sem alimentos não.

O meu filho deu um pacotinho de leite com chocolate e ontem vimos a montanha na televisão e não vimos o pacotinho de leite mas sabemos que estava lá. É preciso dar. É preciso dar mais, beijar mais, gostar mais. A união faz a força, pouco a pouco faz-se muito se formos muitos, faz-se uma montanha.

Já da campanha, não gostei lá muito,
Tem por bom não apelar à lágrima, não mostrar a miséria que provoca uma comiseração por vezes desnecessária, que depois se apega a uma ausência de dignidade que não é justa, mas que seja considerado herói, nem que por um dia, alguém que contribui para o BA não me parece merecido, heróis são os que se sacrificam, dar comida só custa quando por ventura damos o único bocado de pão que nos sobrava. Mas não há nada de mal (até me fez sorrir), percebo a mensagem e o que interessa é que... passou.



4 comentários:

Gema disse...

Tempos difíceis têm destas coisas, as pessoas ficam mais solidárias. É na desgraça que as pessoas são mais unidas.

Anónimo disse...

O Miguel deu um pacotinho de leite c/ chocolate e eu vi lá uma palete de Cerelac que aposto: foste tu.

Carmina Burana disse...

Ema: Muito se diz "com o mal dos outros posso eu bem" mas a verdade é que quando acontece uma catástrofe ocorre logo a seguir uma onda gigante (na mesma proporção) de solidariedade, é verdade que sim.
Jewel: Não, a palete de Cerelac não fui eu. Nem me apanhas aqui a dar conta das boas ações que pratico (as boas e as más, eu diria).
O pacotinho de leite c/ choc. foi uma gracinha, o Miguel deu uma coisa que ele gosta muito.

Rainha Reles disse...

A campanha acertou em cheio. Acertou (nos) no alter-ego. "Deixa-me cá ser herói"