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9.3.10

Piolhos


O Miguel acordou de noite a chorar. É uma cena comum. Acordamos os dois logo a seguir (eu e o pai), o pai diz sempre vais lá tu ou vou lá eu? eu digo sempre vai lá tu, e ele responde é melhor ires lá tu, ele quere-te sempre a ti e lá vou eu (que se não for à 1ª vou à 2ª).

pai: - então? o que é que o menino tem?

eu: - pesadelos?

Quando não são pesadelos está destapado.
Desta vez eram piolhos.
O Miguel costuma (julgo, fazem-no todas as crianças) coçar a cabeça quando tem pesadelos, como se quisesse(m) afastar os maus pensamentos, curiosamente, quando têm um piolhito, raramente coçam a cabeça e quando damos por isso, já não é um piolho, são vários num grande festim (e lendias, os ovos, por todo o lado), na dúvida entre comichão e pesadelos fomos os dois para a casa de banho (eu e filho) e debaixo de uma luz forte...

- Aaaaaahh!! Um piolho!!

que é o gritinho da praxe que devem dar todas as mães quando detectam um piolho na cabeça limpinha dos filhos.
Depois o desafio irresistível é apanhar um, e expremê-lo entre duas unhas até ouvir um Clac! É uma espécie de confirmação das mães "sim, é mesmo um piolho, não é uma pulga, não é um mosquito, não é uma lã, nem um crocodilo, é mesmo um piolho".

Lá vai o pai às 2 da manhã à farmácia de serviço comprar Quitoso (quando eu era pequena, os meus primos da Abrigada cantavam uma lenga-lenga assim Quitoso, o melhor remédio para o piolhoso), enquanto eu ia ao site da Quitoso na internet ler o manual de instruções para não fazer nada errado.

Acabar com os piolhos e lendias com aquele remédiosinho é a coisa mais fácil do mundo, é um champô em espuma, à base de permetrina que é um piretróide sintético (inseticida), usado também no tratamento da escabiose (sarna), age na membrana da célula nervosa do parasita e era uma vez um piolho, como é em espuma é muito, muito prático. Usa-se assim:
1: não molhar a cabeça
2: massagar com o Quitoso o cabelo seco durante 3 minutos (com o cabelo seco os piolhos estão mais subsceptíveis ao tratamento)
3: deixar actuar 10 minutos
4: enxaguar muito bem e lavar a cabeça normalmente com o champô que usamos habitualmente.

Como foi impossível convencer o Miguel a tomar banho às 2 e meia da madrugada, o sono venceu a comichão e acabamos por adormecer. Às 8 da manhã é que começou o duelo :) claro que ganhamos nós!! (bem... os piolhos também eram só 2 ou 3... e dos magricelas, mas pronto, foi uma vitória)

O Miguel ficou com o cabelo brilhante, limpinho e quando o secava caiu um piolho inanimado, mortinho da Silva, para o nariz (e foi uma risota). As lendias mortas é que ficam no cabelo por mais tempo, são minúsculas e parecem pequenas partículas de caspa.

Este episódio dos piolhos aconteceu há duas semanas atrás. Entretanto comprei na farmácia este champô

com vinagre de maçã (veículo) e "Quassia Amara" (arbusto da América tropical) repelente natural de insetos que impede os piolhos de se agarrarem aos cabelos.

É um champô vegetal (não é químico), é de uso diário, tem um cheirinho agradável (fresquinho) e deixa o cabelo muito brilhante. Tenho lavado o cabelinho do Miguel com este champô desde então e com o champô vem um pente com dentes microtexturados (dentes muito fininhos e juntinhos) que ajudam a eliminar as chatas das lendias aniquiladas.

Este post é mais para dizer que (não) ter piolhos é uma coisa que se resolve em 3 tempos de forma prática, segura e rápida e que por isso não devem dar-se ouvidos a sugestões de eliminação caseira (sal? Álcool?) ou invenções, porque para além de não serem remédios caseiros totalmente livres de perigos (intoxicação, irritação nos olhos, ...), os índices de garantia de que os piolhos desaparecem de vez é uma coisinha assim e são práticas para quem (hoje em dia) não tem mesmo mais nada que fazer.

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