oreinabarriga

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8.9.05

Diário do nascimento de uma mãe XI

Hoje foi o dia das vacinas contra a Difteria, Tétano e Tosse convulsa (1ªdose), da vacina contra a Poliomielite (1ª dose) que são umas amargas gotinhas, da segunda dose da vacina contra a Hepatite e da Hib (1ª dose) contra o malvado do “Haemophilus influenze” tibo b que é um tipo de meningite. São muitas vacinas de uma vez para um bebezinho tão pequenino mas tem que ser e o Miguel foi tão corajoso! Não gostou que lhe picassem as duas coxas, nem das gotas que não sabiam nada a Aero-Om! Mas só chorou um bocadinho. Nada que o colinho da mãe e as cantiguinhas do pai não fizessem esquecer.
Para prevenir más disposições e febre, assim que cheguei a casa dei-lhe um biberon cheio de leitinho seguido de um supositório de Bem-U-Ron infantil. Vamos lá ver o humor do Miguel nestes próximos dias…

6ª Feira, 9 de Setembro

Parece que o Verão acabou. Hoje está um belo dia de chuva!
O meu filho está surpreendentemente bem disposto. Dormiu bem, não tem febre, não precisei dar-lhe mais nenhum Ben-U-Ron. Por agora, está apenas mais protegido e forte contra as doenças e andamos os dois mais felizes mesmo por baixo deste tempinho escuro…

Sábado, dia 10 Setembro
“O Frei Albertino”

O meu filho está a passar pela fase mais engraçada desde que nasceu. Está sempre a rir, para nós, para a luz e para as cores. Durante a noite, acorda para beber o leitinho e vai sorrindo para o quadro do circo e para a bola azul que é o candeeiro do tecto. Quando o volto a deitar é capaz de fixar o véu do berço e o boneco azul pendurado lutando de olhinhos abertos contra o sono. Dou-lhe beijinhos e ele deixa-se vencer.
Hoje foi um dia importante. Foi o dia em que começamos a preparar o baptizado do Miguel.
Começamos por visitar o Frei Albertino, que mora no seminário da Luz tal como a minha mãe tinha explicado.
Lembrei-me do Frei Albertino por tantas razões…
Por ser afilhado da nossa querida Maria da Silva, que Deus tem e que era a melhor amiga da minha avó Maria José, mãe da minha mãe, por ser um padre da nossa idade, por ser Franciscano e eu ter um fraquinho (católico claro está) pelos padres Franciscanos. O Frei Albertino está na mesma: novo, humilde, servo, de boa índole. Recebeu-nos numa salinha do seminário onde estivemos todos a conversar. Não colocou qualquer entrave ao facto de não sermos casados, o que apesar de tudo, me surpreendeu um pouco, porque a opinião dele eu já calculava, os desígnios da Igreja é que costumam ser outra história. Enfim, aceitou prontamente baptizar o nosso filho e naquela paróquia e até nos mostrou o seminário, os jardins, a igreja, a capelinha e o externato da luz.
A Igreja do seminário é uma Igreja moderna mas acolhedora, tem uns magníficos vitrais e uma imagem de Cristo vivo, na cruz (nunca tinha visto uma imagem de Cristo vivo na cruz).
Ficamos de voltar para assistir a uma missa e para voltarmos a falar com o Frei Albertino quando os papéis estiverem prontos e a data escolhida.
Depois andamos pela feira da luz e eu comprei um livro para dar ao meu filho. Aqui estão as fotos da avozinha Ana a contar-lhe a história pela primeira vez.

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