A meio da tarde fui a casa dos meus pais buscar uma televisão portátil e o nosso filho para ver se ele animava. Com o nosso filho animou-se se bem que o Miguel não pôde ficar mais do que 5 minutos, entrou à revelia e sobre a minha responsabilidade (se ma pedissem claro, não pediram que ali ninguém dá por nada, eu podia ter entrado com o elefante do jardim Zoológico que eles assobiavam para o ar, basicamente) porque dentro do hospital o risco de contraír vírus, tuberculose, é consideravel, as crianças pequenas, são muito indefesas já se sabe.
À noite deixaram-me ficar depois da hora, lá nisso, são bons, não nos mandam sair dali para fora nem circular, devem precisar de nós para vestirmos e despirmos os doentes, para vazar os urinois, para darmos de beber pelas palhinhas e ajudarmos a mudar de posição, que eles têm mais que fazer, e se fizerem o mais que fazer com todo o respeito e dignidade, eu não me importo mesmo nada de tratar do resto, é para isso que eu lá estou e estarei até me mandarem embora. Ontem aconteceu (o mandarem-me embora) às 22 e picos. O Ricardo jantou bem, mudou de modelito, fez três ou quatro jarros de xixi depois de variadissimas tentativas sem sucesso porque não conseguia fazer deitado, lá conseguiu fazer de pé, às escondidas, porque o enfermeiro proibiu veementemente o ricardo de se levantar, é que nem a cabeça, e eu dizia-lhe que ele não conseguia fazer e ele ameaçava que lhe punha uma algália se ele "começasse com coisas" e só não se criou ali uma incompatibilidade entre mim e o enfermeiro sem necessidade nehuma, porque eu me enchi de tolerância.
Deixei-o bastante ensonado e sem enjoos. A alta, essa, fica para amanhã, que como diz o ditado, é outro dia, melhor com certeza.
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