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20.8.07

Cura de mãe

De inicio não gostei da ideia... Quando a minha sogra me disse que afinal já não ía para a Sertã. "Fico cá mais uns dias e hoje durmo cá com vocês." Confesso que não me cheirou a bolos.
Quando o Ricardo mais precisou fui eu que fiquei à cebeceira dele (como se costuma dizer). Ora porque já não "estavam ali a fazer nada", ora porque "também estamos cansados" Foram indo embora... Depois a "terra", as couves porque grelam, a fruta porque se perde de madura, o avô (esse não se perde) "que está para lá há mais de três semanas... "
Por outro lado a atitude pode ser interpretada (e se calhar até, bem) de outra forma, eu sou a mulher dele, cabia a mim ficar, ele já não é um miúdo, precisa mais da mulher que da mamã. Não quero aqui fazer mau juízo de ninguém. Isto não prova nada, não é por isto que se ama mais ou menos os filhos. Talvez de chame poupar. São duas pessoas poupadinhas. Isso sim. Poupam-se igualmente.
A mamã acabou por ficar e eu acabei por lembrar-me da altura do meu parto. Também foi ela que ficou lá em casa, depois da alta, mas eu queria tanto que tivesse sido a minha mãe. Não foi, porque o Ricardo se antecipou na altura a convidar a mãe dele. Ainda hoje, acho que a maior preocupação dele era quem íria fazer a comida se eu não fosse capaz, com um bebé e tudo, e não os miminhos que eu gostava de ter tido da minha mãe, numa situação em que ela foi e será sempre a única pessoa que sabia e sabe exactamente a dor que senti, aquilo que padeci depois e ainda por algum tempo. Só por me ter lembrado disso, deitei os meus azedos juízos para trás das costas e achei bem que tivesse ficado. Achei até que era obrigação dela, ter ficado. É o filho, justamente, quem mais dela precisa agora.
E parece que hoje registo melhoras. Será que mãe cura tudo?
Eu creio que sim.

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