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16.3.08

Castelo de Guimarães

Umas das fotografias que guardo dos meus tempos e passeios de criança, para a qual olho com um sorriso terno, e grato, é uma em que estou com uns calções cor de rosa pelo joelho vestidos e sentada na muralha do Castelo de Guimarães com a mão em geito de pala a fazer continencia ao sol. Foi o meu pai que tirou essa foto como tantas outras para onde eu olho com um sorriso terno, terno e grato porque reconheço que tive uma infância cheia de palácios e de castelos, jardins sumptuosos, museus por onde entrava e saía cheia de relíquias que fui guardando nos bolsos da imaginação.
Passeei tanto com os meus em pequenina e é de pequenina que se enchem os bolsos da imaginação, castelo a castelo, palácio a palácio.Este fim de semana regressei ao berço de Portugal passados 30 anos. Do Hotel, tinhamos acabado de chegar, de pousar as malas, liguei para ouvir a voz do meu filho e ele disse-me assim: - Estou no Palácio!
- Qual palácio filho?
- No Palácio de Queluche.
Disse a minha mãe que tinham passado toda a manhã dentro do Palácio, agora estavam a passear nos jardins tal como eu em pequena, passeava com eles, de fatinho azul escuro xadrez, camisa branca com folhinhos toda pinoca, uma boneca de trapos nos braços e um laçarote vermelho nos cabelos, aposto que o meu pai tirou uma foto em frente à mesma fonte e uma outra em frente à mesma escadaria, apenas substituiu a figura na fotografia.
De um lado o meu filho, pequenino, a visitar o palácio de Queluz, do outro lado eu, 30 anos depois a quase 400 quilómetros de distância a visitar o Castelo de Guimarães e os meus pais por todos os lados, a espalhar sementes de ternura.

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