oreinabarriga

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este blogue tem Livro de Exclamações

21.5.09

Alexandra, a menina russa

"Alexandra, a criança russa que vivia há 4 anos com uma família de
acolhimento portuguesa foi entregue, esta manhã, à mãe biológica. A despedida
dolorosa entre a menina de seis anos e a família que a acolheu aconteceu junto à
Segurança Social de Braga.
Alexandra parte quarta-feira para a Rússia na companhia da mãe no
seguimento de uma decisão judicial. A criança tinha sido entregue a um casal de
Barcelos pela mãe biológica, há quatro anos, depois de ter sido retirada à mãe,
mas o Tribunal da Relação de Guimarães determinou que fosse
devolvida."


Portugal diário 21 de Maio


A Alexandra, a Esmeralda, demasiadas crianças são arrancadas à força aos pais afectivos e entregues à mãe ou ao pai biológico. Mas que Lei é esta? Ou que juízes são estes? Que decidem que prevalece o parentesco biológico ao afectivo? Para quem o interesse da criança (que chora, que está aterrorizada, que não quer ir, quer ficar com a mãe ou com o pai que sempre conheceu) NÃO prevalece sobre qualquer outro interesse manifestado nos autos?
Se o problema está na Lei, a Lei é uma merda, mudem a Lei. Se o problema está nos juízes que por manifesta falta de talento não sabem fazer outra coisa que evocar artigos, e que por manifesta falta de humanidade proferem decisões desta crueldade, então mudem a merda dos Juizes.

O sangue é matéria e laços de matéria não podem valer mais que afecto e sentimentalidade.

"Durante mais de 30 minutos, família de acolhimento, amigos,
advogado e assistentes sociais tentaram retirar Alexandra do carro. A menina
chorava e não queria sair, acabando por ser levada à força para dentro do
edifício onde a esperava a mãe biológica."
mesma fonte

O meu filho tem 4 anos, se agora um Juiz nos separasse era o desespero, o meu filho choraria, teria de ser levado à força, eu choraria, teriam que mo levar à força (era capaz de matar quem mo tentasse levar à força), eu nunca mais voltaria a viver e a última coisa que eu evocaria para que não mo levassem, seria a consanguinidade, porque eu não amo o meu filho por ele ser do meu sangue, eu não amo o meu filho porque andei com ele na barriga, eu amo o meu filho desde aí, desde que ele é sangue do meu sangue e desde o tempo em que o trazia na minha barriga. É diferente.
Não conta para nada a mãe que dá o colo, o banho e os alimentos? Que dá o tempo, a prioridade, a carreira, o carinho, o investimento, a vida se for preciso? Que o leva à escola e o vai buscar? (assegura que tenha direito à educação). Que o leva às vacinas e ao hospital (direito aos cuidados de saúde) e cuida dele e passa noites em claro quando ele está doente? Não conta para nada a mãe que sossega os medos, faz baixar a febre, apanha o vómito? Não conta para nada a mãe que ampara o filho na queda? Ou cuida das feridas? Só 1 mãe é que sabe se o filho tem mais medo do berbequim ou da trovoada, só 1 é que sabe se ele gosta mais do mickey ou dos cars da disney, só 1 sabe dizer quando nasceu o 1º dente, com que idade largou as fraldas, deixou a chucha, disse a primeira palavra, fez a 1ª associação, o brinquedo preferido, a fruta que faz alergia, os sinais na pele, a cicatriz, a música que o acalma, sabe aquela que esteve lá, a que criou. Mas o que mais importa nem é isso! Eu sei que é a mim que o meu filho ama, é comigo que ele quer ficar, se eu não chegar ele chora, é por mim que ele chama de noite quando tem frio, calor, febre, pesadelos ou simplesmente quer confirmar se eu lá estou e apesar de só ter 4 anos, 4! Ele sabe dizer (a um juiz se for preciso) porquê. Por-quê eu.

Não me venham com a genética, o adn, a hereditariedade, a genealogia (o que é que interessam os nomes e os apelidos se encontramos semelhanças e criamos analogias com quem nos quer bem e nunca nos abandonou?).
Só falta ver evocados na (merda) da Lei e pela boca desses juízes (de merda) os sintomas da gravidez: os enjoos, as caimbras, a azia, o défice de cálcio, e já agora a dor do parto.

120 comentários:

João Ayres disse...

mas devem vir evocados na Lei os enjoos, as cãibras, a azia, o défice de cálcio, e já agora a dor do parto porque deve ser por aí que pegam para negar a guarda dos filhos ao pai. na disputa parental, salvo raras excepções provadas, ganha a mãe.
não é o meu caso, porque não houve litígio parental pelo exercício unilateral do poder paternal, podia até ser uma guarda conjunta, a haver (litígio), eu teria que lutar contra “a ligação umbilical” e perderia

João Ayres disse...

(chorei a ler o teu texto sabias? é literário)

Carmina Burana disse...

Os emigrantes vêm aqui e choram no meu blogue, é típico.

Carmina Burana disse...

A ter havido litígio parental pela posse da guarda da tua filha (ela tinha 1 ano) era injusto João, a mãe perder, era injusto. No teu caso a "ligação umbilical" conta, tinha que contar caramba, e a gravidez e o parto e dar de mamar, mãe é mãe (salvo a exceção das que não são, apenas os põem cá fora, não era o caso). Agora se passados estes anos de:
- não aceites nada de estranhos
- Vai passar filha
- lava os dentes, não entornes, não molhes o pijama
Viesse para ta levar é outra história, agora não. Não poderia, não devia poder.

João Ayres disse...

pois não, agora não, agora já ensinei à minha filha o que é um ninho, já não poderia

Gema disse...

Este post é um poema à mãe, é impossível não chorar.
É um poema à mãe verdadeira que é como tu a descreveste. Mãe é só 1, a que cria e não a que tem.
Se a Lei diz o contrário mudem a P! da Lei.

Becas disse...

Se me dissessem agora que os meus pais não eram os biológicos, eu c*g”# nisso. Se me tivessem feito uma coisa destas aos 6 anos eu ainda hoje andava à procura da mãe e do pai que me criaram. Uma coisa destas aos 6 anos não se esquece.
Eu caí da varanda dum 1º andar aos 2, desapareci uma vez na praia aos 4, a minha mãe andou comigo ao colo de dia e de noite que eu era uma peste e no fim de contas isto não vale nada?
Neste caso em particular não digo que a mãe não tenha direito a levar a filha, ninguém está livre de ter problemas na vida, foi entregue a uma família de acolhimento, a filha continua a ser dela, tudo bem, mas deixassem a menina crescer mais um bocadinho e ir de livre vontade. É uma criança caramba, não é um título de registo de propriedade.

Carmina Burana disse...

"... Natália (mãe da menina), sem marido, sem dinheiro e sem emprego, limitou-se a aceitar a ajuda do casal Pinheiro e numa altura em que não dominava a língua portuguesa, foi convencida a assinar um documento que desse autorização para que Alexandra morasse na família portuguesa durante seis meses. Quando esse prazo expirou, a mãe viu recusada a possibilidade de ter a filha a seu lado. Isso deu início a um julgamento difícil e de longo prazo. Com este resultado, os direitos da Natália Zarubina para com a filha foram confirmados juridicamente."

"... apenas tinha sido atribuída a confiança da guarda da criança à família. E o casal, João e Florinda, também não pensava adoptar a menina, até porque essa possibilidade nunca foi admitida pela mãe, Natália Zarubina. Mas a família acreditou que a menina já não sairia de sua casa."

fonte: Diário de Notícias

Isto não é dito a quente, é apenas que é revoltante que decidam todos pela menina: mãe biológica, tribunal, psicólogos, serviços sociais, populares, nós juízes de bancada, a menina tem 6 anos! Ela sabe muito bem com quem quer ficar. Será que estão preparadas estas crianças para "irem" quando não lhes dão tempo?

Eu, Claudia disse...

Eu tenho 4 filhos, só um é biológico. Tenho legitimidade para falar em amor de mãe. Não amo mais 1 que os outros, não amo mais os que vieram primeiro, ou o último, amo os meus filhos incondicionalmente, temo até demonstrar mais amor pelos adoptivos (como muitos de vocês sabem, necessitam de cuidados de saúde especiais). Se uma mãe biológica viesse agora alegando consanguinidade, ligação umbilical o que for, querendo levar-me um filho eu lutaria por ele com todas as forças e qualquer um deles por mim, não tenho a < dúvida.

Emilia disse...

Eu consigo até perceber o "drama", a tentativa de mediatismo, as palavras ditas a quente, as entrevistas e a exposição, tudo atitudes menos correctas das familias que adoptam ou acolhem, perante situações como esta, não ajuda em nada, é pior para a criança, mas ninguém é de ferro. Muito menos um pai e uma mãe.
Ainda bem que há juízes de bancada como os se encontram aqui.
Um beijinho para si.

Rainha Reles disse...

Será que a menina Russa vai querer um dia voltar para os pais afetivos?

Becas disse...

Não é, isto não é dito a quente, é mesmo lamentável que tenha prevalecido unicamente a ligação biológica, seria melhor para a menina, um direito até, que tivesse um período transitório para estreitar relações com a mãe biológica.

Becas disse...

Aliás, isto até me parece mais um repatriamento de estrangeiros ilegais que outra coisa: A criança é entregue à mãe biológica em frente à Segurança Social de Braga e são acompanhadas por inspectores do SEF até ao aeroporto, até entrarem num avião que as levará repatriadas para a Russia, com tanto estrangeiro ilegal que anda por aí, sem trabalho, sem casa... Esta mulher nunca deveria poder sair do nosso país. Neste momento há um pai que acabou de ficar sem uma filha e sem saber se voltará a encontrá-la.

MiudaCute disse...

Ainda me lembro de traumas menores que sofri com apenas 4 anos: ficar sem chucha, encontrar uma boneca que eu adorava no lixo com uma perna partida… Será que algum dia esta menina ultrapassará o trauma de ter sido “arrancada” aos pais que conhecia? Levada para outro país?
Só me lembro da frase do Calimero:
"Its an Injustice!"

david a. disse...

Percebe-se assim a resistência de muitas pessoas em adoptar ou darem-se como familia de acolhimento.

David

Becas disse...

Eu estou a imaginar o João (Ayres) à uma década atrás em frente a um juiz a alegar que ensinou à filha o que é um ninho para ficar com a guarda dela, a alegar também que foi ele que engravidou a mulher, que partilhou a dor do parto e também gozou 120 dias de licença quando a Isabel nasceu, mas mais importante que isso é que ensinou à filha o que é um ninho e o meritíssimo juíz a ir na conversa! G’ anda João...

Debora Ayres disse...

A minha filha sempre tendeu para os dois (para mim e para o pai) desde que nasceu, eu ganhava algum tempo a mais com ela nos braços durante as mamadas mas a seguir ela adormecia no colo dele e empatávamos outra vez.
Nós, sempre soubemos que nenhum dos dois abdicaria de ficar com ela.
No entanto, eu nunca retiraria a minha filha ao pai alegando o que muitas mulheres alegam, nem o João afastaria a nossa filha de mim, ambos abdicamos dela, tem que ser, mas não podemos abdicar dela mais do que o tempo que suportamos ficar sem ela.
A haver litígio entre mim e o João (Ayres) o juiz decidiria pela “ligação umbilical” e era injusto para o João um pai extraordinário, afectuoso, presente, protector, se decidisse ao contrário era terrivelmente injusto para mim que sou a mãe, criei laços com ela inexplicáveis (é o milagre da maternidade).
Para não haver injustiças e quando a guarda conjunta, partilhada, não é possível, juízes, mas sobretudo e primeiramente os pais: Foquem-se nos interesses da criança, no que é melhor para ela, se é mais crescidinha respeitem-lhe a vontade, oa interesses da criança deverão estar acima de tudo.
Não há nada de errado com a Lei, cada caso é um caso e é por isso que a Lei é abstracta. Para ser adaptada. Neste caso da menina Russa se alguém decidiu a quente foi o juiz, a guarda conjunta por enquanto, era o melhor para a menina, era o tal período transitório. Há juízes que lêem acordos muito bem, cumprem a Lei é certo, mas como diria o pai da minha filha: falta-lhes o talento (para marcarem a diferença).

Rainha Reles disse...

Ke declaração de amor liiiinda.
Eu li tudo, a lei abstrata, os interesses da criança, não saltei parte nenhuma mas só vi uma grande declaração de amor no teu comentário Débora: pela filha, pelo pai, pela maternidade pelas crianças em geral.
Lamechices à parte (que estas gotas d' água no canto do olho são incomodativas à brava, teimam em cair pela cara a baixo) quero saber é como é que vocês gozaram 120 dias de licença de maternidade juntos!!
Isso é que eu quero saber.

Carmina Burana disse...

Às vezes escrevo de rajada, a quente, não edito o texto sequer, quero lá saber, é a olho, não é literário é temporal, não tenho cuidado, quase carrego no eliminar, penso: Este blogue já tem cá tanta cangalhada.
Mas se acaba por ficar, depois vêm os comentários e eu: Estes rapazes pá, estas raparigas, cheios de vida e de coisas e de sensibilidade, chegam aqui e transformam isto tudo.
Já os comentários ao post do vídeo do parto são emocionados, emocionantes. Parto, maternidade amor de mãe, justiça, são temas demasiado quentes para mim. Vir aqui e ler o que vocês escrevem é… intenso.
Uma mãe biológica deve perceber que perante o pai ou pessoas que nutrem um amor tão grande como o seu pelos filhos, apesar de não os terem tido, têm que aprender a partilhar esse amor.
É possível isto, até aceitá-lo como uma dádiva, para quem tem a cabeça limpa.

E não comento mais nada, só para não estragar.

Carmina Burana disse...

Só uma coisinha e para o Becas: Tu eras uma peste! Coitada da D. Mariana...
Sim, o acordão tem mais de repatriamento de estrangeiros ilegais que de poder paternal se formos a ver.
O juíz estudou melhor a Lei da emigração.

Carla Boavida disse...

São muitas as crianças que nascem e são abandonadas nos hospitais (ipo, pediatricos, nas urgências gerais dos hospitais publicos...), obviamente são abandonados pela mãe (e pai) biológicos, por não terem condições para ficarem com eles, porque nascem gravemente doentes, com infecções imunológicas graves como o hiv por exemplo, outras são vítimas de maus tratos (espancamento, abuso sexual, fome, condições sociais deploráveis), o Ministério público é informado por nós e são entregues a instituições.
O internamento hospitalar protege as crianças do mau ambiente familiar mas não podemos eternamente ficar com elas, sujeitas a infecções hospitalares e faltas-lhes o mais importante de tudo: O afecto verdadeiro por elas.
Algumas têm a sorte de encontrar famílias de acolhimento, pais de adopção, outras não, voltam para as barracas por exemplo e acabam na prisão, na marginalidade, cheias de problemas, ou mortas.
Apesar de um processo de adopção em Portugal ser um decurso moroso e penoso, apesar de haver muitas famílias de acolhimento que não têm apoio jurídico nem recebem um tostão da segurança social para cuidarem de crianças que em determinado momento das suas vidas aceitaram como suas e se encontravam em risco, pais adoptivos e famílias de acolhimento são a salvação destas crianças.
São tidos por nós, que assistimos a esta realidade no dia-a-dia, como Os Anjos delas.
Beijinhos a todos

João David disse...

O João não gozou bem 120 dias mas chegou lá perto. Agora do que eu me lembro bem foi dele me pedir para lhe torcer um pé, um braço, qualquer coisa, que ele não tinha + férias para gozar e não lhe davam licença sabática no serviço para ele dar mais palestras, tinha urgentemente que meter um atestado :D Mas eles os 2 depois contam isto melhor.

João David disse...

É impressionate o comentário da Carla Fonseca, não sei se no lugar dela, não trazia uma criança para casa todas as semanas (como se isso fosse possível), o que quero dizer é que é preciso sangue frio para trabalhar no universo ensombrado destes hospitais.

Gema disse...

Entre ninhos e palestras há um homem que sabe gozar a vida desde o dia em que ela começa.

Gema disse...

[Eu sei como foi mas ;) eles os 2 depois contam isto melhor]

Debora Ayres disse...

Eu passo.

Vou deixar a questão da 'licença para o pai comentar porque a minha foi fácil de conseguir a dele é que foi mais difícil :)))

João Ayres disse...

conta tu (não é ping pong eu quero é outra declaração como lá em cima)

Debora Ayres disse...

You are The Mentalist (o mentalizador)conta tu.
E não é ping pong (eu quero é ver-te chorar como lá em cima).

Fiore disse...

Ha Ha Ha

Eu vi um astrologo... e estava bebado...

E isto não tem nada a ver com a parentalidade mas detesto ping pong

Becas disse...

Eu já percebi que tu engravidaste a Débora a fazer ping pong, o que eu ainda não percebi é como é que fico em casa 120 dias quando for pai de preferência sem torcer um pé, sem torcer nada, isso é que eu ainda não percebi.
Mas acaba lá a partida... a gente espera.

Becas disse...

(e tens ali mais um trabalhinho que é decifrar o comentário da Fiori, tu é que és o mentalista)

João Ayres disse...

a última vez que vi um astrólogo estava em 'bom estado', adoraria tê-lo conhecido mais tarde, de preferencia com uma taxa de alcoolemia superior a 3 gr/l de sangue. fiori: não acredites em nada do que ele te diz quando o encontrares sóbreo.

Carmina Burana disse...

Eu soube da reportagem da sic e da entrevista ao pai afectivo ontem pela madrinha do meu filho, vi o vídeo de seguida na siconline, à 1 da manhã. Não dormi bem, João: vais adormecer e acordar durante a noite com a menina russa a chamar pela mãe Valéria e a esconder as lágrimas dentro dos braços fechados quando leva uma tareia por causa disso, e o juiz? E o juíz que a condenou? será que consegue dormir depois de ver o que fez?

Rainha Reles disse...

Nem o teu comentário (João Ayres) que saiu ainda mais bonito e paternal que aquilo que estávamos à espera me tirou o nojo disto tudo.
Podes crer que te vemos como um exemplo a seguir, e à rapariga do Reinabarriga e à Débora, não lhe basta o talento é uma mulher que se distingue, é diferente, tem um carácter forte, forte personalidade e é gira que se farta! Nem tudo isto me tirou o nojo. Carmina b.: espero que aquele juiz não durma nos próximos 100 anos.

Becas disse...

Indecente.
Agoniante.

Becas disse...

Nem te posso pedir, amigo, que durmas bem depois disto.

Alex disse...

Tenham vergonha estes juízes!!

Rainha Reles disse...

A P! que pariu a menina, é isso que ela é, nada mais.

Rainha Reles disse...

E isto somos nós a exorcisar porque não deixa de ser um insulto às Prostitutas que amam os seus filhos como qualquer outra mulher, não tem nada a ver.

david a. disse...

O pior é que entregá-la à mafia Russa foi fácil para um Juíz a 3 tempos, voltar atrás é que vai ser pior.

david

Gema disse...

A mãe não está alcoolizada na reportagem da tv russa, apenas bebeu um copo, a mãe também não espancou a filha aproveitando um momento de fragilidade da criança, as saudades... Em frente às câmaras apenas lhe deu uma tareia.
Terá sido ingrata ao acusar os pais afectivos da filha de serem capazes de lhe extrair orgãos? Ou de a meter na prostituição? Ou serão visões da única realidade que ela conhece?
Sem câmaras, sem mãe nem pai afectivo (os pais de verdade), sem a "Valéria", que acontecerá mais àquela menina?
Isto indigna.
Isto dói.

Gema disse...

E uma gaja diz uma quantidade de palavrões e manda estes juízes todos à m! e esta indignação não passa.

Carmina Burana disse...

O juiz do supremo tribunal pode até ter talento para resgatar a atitude inconsequente deste último, mas a verdade é que a menina já foi entregue à mãe e a território alheio, numa hora desmanchou-se o trabalho de anos e talento agora não chega para trazer a menina de volta… é frustrante...

João Ayres disse...

diz lá o que é que é frustrante

Carmina Burana disse...

Indignação é pouco, é frustrante.

João Ayres disse...

tu tens o dom da escrita, o que escreves faz tremer e se as coisas tremem mexem-se

João Ayres disse...

e és uma advogada por natureza. esta página de comentários que resultou de 3 textos teus não deixa de ser um ato público de indignação. isso não é pouco, nem é frustrante

Carmina Burana disse...

"Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim"

Gandhi

tinha isto num e-mail que me mandaram hoje, fui buscar às pressas porque deixaste-me sem… ar.

João Ayres disse...

ficar sem ar relaxa sabias? ao contrário de respirar fundo ou respirar desesperadamente, lembras-te do dr. Derek pôr a Meredith a respirar para dentro de um saco de papel? numa cena da anatomia de grey? era precisamente para ela não entrar em “hiperventilação” porque em pânico as pessoas respiram todo o ar que podem com ânsia, o organismo recebe ar a mais e.. “bloqueia”

Carmina Burana disse...

conclusão: é errado respirar fundo para relaxar.
O melhor é deixar de respirar (e morrer relaxadamente).

João Ayres disse...

ninguém morre por deixar de respirar até se acalmar.. ficamos no automático. experimenta

Carmina Burana disse...

Pronto já liguei o automático... estou quase a entrar no "Nirvana" :))
Se um dia o António Lobo Antunes publicar as conversas com o seu grande amigo Júlio Pomar, eu publico as nossas a seguir.

João Ayres disse...

as nossas valem mais. temos mais um sentimento que eles

Carmina Burana disse...

Sentido. O que tu querias dizer era sentido. 6º sentido não era?

João Ayres disse...

era?

João Ayres disse...

hoje dormimos ou não?

Carmina Burana disse...

(Estou a rir!)
Conseguiste dormir?

João Ayres disse...

não.

Carmina Burana disse...

O site que disponibiliza a publicação de petições online, pode apresentar esta mensagem: “de momento indisponível”. Este facto deve-se à afluência de entradas no site ao mesmo tempo. É bom sinal. Tente assinar mais tarde ou aceda a http://www.gopetition.com/online/28077/sign.html é a versão internacional e não está tão carregada.

Rainha Reles disse...

Já está! (Só consegui pela versão internacional).
Ke é aquilo ali em cima? Hum?
Eu espero que não seja ping pong :D
Finalmente percebi pq raio o Derek pôs a Meredith a respirar para dentro de um saquinho.

Rainha Reles disse...

As coisas ke eu aprendo com vc.

Carmina Burana disse...

É fisioterapia.

Carmina Burana disse...

Eu também assinei a internacional, foi limpinho.

Rainha Reles disse...

Pois a mim parece-me chadrêz com xarme.

Rainha Reles disse...

Deixaste ms?

Carmina Burana disse...

Deixei pois. "We care about you alexandra. We wish you well"

Rainha Reles disse...

És uma advogada lírica.

Emilia disse...

É assim João Ayres, como diz, "chega-se a um juiz irracional que passa por cima disto tudo, passa por cima dos factos provados no tribunal de família, dos testemunhos dos técnicos, dos laços de afectividade". Passou até por cima dos mais elementares da criança:
Princípio 2.º
(...)Ao promulgar leis com este fim, a consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.
Princípio 6.º
A criança precisa de amor e compreensão para o pleno e harmonioso desenvolvimento da sua personalidade. Na medida do possível, deverá crescer com os cuidados e sob a responsabilidade dos seus pais e, em qualquer caso, num ambiente de afecto e segurança moral e material(...)
Princípio 9.º
A criança deve ser protegida contra todas as formas de abandono, crueldade e exploração (...)
Quebrar os termos da Declaração dos Direitos da Criança é pior, muito pior que quebrar um protocolo com as autoridades Russas.

Beijinhos

Emilia disse...

Não se sinta triste nem frustrada Carmina Burana, a sua força da escrita e da sensiblidade pode não mudar o mundo numa só volta porque a menina já não regressa, o mal já está feito, mas enquanto houverem pessoas assim, sem medo de dizer o que sentem, o que lhes vai na alma e na consciência, a criança estará protegida.
Um grande beijinho para si.

alice disse...

Há uns anos atrás eu pensava assim: Se alguem me viesse dizer que a Cátia não era minha filha, pois tinha havido um engano na maternidade e a minha filha era outra, eu não iria querer trocar a cátia pela outra, nunca, e se fosse obrigada a isso era como se morresse. Sofria só de pensar.

Isto significa que não amamos os filhos por os parirmos, mas sim porque lhes criamos amor. Acredito que tenhamos logo um amor incondicional por um filho nosso que acaba de nascer (foi o que eu senti) e que se for uma criança que não é nossa esse amor vá crescendo mais devagar, mas ao fim de algum tempo, não há diferença alguma.
Se o juiz que toma esta decisão não tem filhos e não sabe o que é esse amor tão elevado, deveria ao menos basear-se na questão social não tirando uma criança das mãos de quem lhe dava carinho, lhe dava conforto e uma boa alimentação. Mas nem isso. Já não falando na vontade da criança que é o que tem que contar mais. Pois apesar do sofrimento que os pais afectivos possam sentir o que importa realmente é o sofrimento daquela criança.

Carmina Burana disse...

Um beijinho Emilia. Obrigada (muito obrigada) pela força.

Ema: Dizer "uma quantidade de palavrões e mandar estes juízes todos à m!" não passa mas sempre alivia. Mas eu agora já não digo nem escrevo mais palavrões, ensinaram-me a respirar para dentro de um saquinho :))

David: Agora é que vai começar a sério a saga do "estaremos atentos mas não podemos meter-nos com as autoridades Russas"

Rainha Reles: Não tem nada a ver mesmo.

Alexandre: Tenham vergonha, insónias, dor de barriga, sarna...

Bequinhas: Nem lhe podemos pedir (ao João Ayres) que durma bem, pois não, sem a filha, sem a matrioska.. só Russas ficou logo sem duas no prazo de uma semana! Mas ele aguenta..

Carmina Burana disse...

Tens que arranjar uma foto maninha, és outra gira que se farta, não podes ficar assim, sem imagem de perfil.

Debora Ayres disse...

Haverá alguma petição contra matrioskas?
É que eu odeio matrioskas perdão sou susceptível a matrioskas (desculpem, isto é só para desanuviar)

Carmina Burana disse...

Pára de respirar Débora, agora! liga o automático (se houvesse, eu também assinava com todos os e-mail' s que tenho) não entres em stress (eu não sou quem tu pensas) tu sempre gostaste da Pocaontas, não há nada de errado em não gostares de matrioskas, mas é impossível não gostar da Pocaontas.

Debora Ayres disse...

Não é impossível mas vou precisar de muitos saquinhos e são hooooooooras no automático. Horas.

alice disse...

O meu amor pelo Miguel é igual desde o 1º dia. É o amor que se tem por um sobrinho desde que nasce e que só por ser filho da nossa irmã nós o amamos. Se te tivesse acontecido alguma coisa a ti ou ao Ricardo eu ficaria com ele(ainda me lembro de ele uma vez dizer: se nos acontecer alguma coisa vocês fiquem com o puto, avós para isso não)e aí o meu amor pelo Miguel creceria e seria igual ao que tenho pela minha filha e que tu tens por ele. Quando temos que criar uma criança (tenha ela o nosso sangue, ou não)estamos a entregar-nos àquele pequeno ser que é totalmente dependente de nós e por lhe darmos o amor e o conforto que ele precisa ficamos felizes, é para nós um previlégio. O medo que algo lhe aconteça transforma-se no tal amor incondicional.

Fiore disse...

Vocês são do pior...
lol
Começam ahhh e tal a criança....
Ahhh e tal o juízes....
E depois começam a fazer ping pong
a ter insónias....
A fazer charme...
E isto vai tudo dar ao mesmo.
eu sei que vocês são todos sensíveis e ainda bem que levam "murros no estomago" com estes temas. Acho bem que chorem é sinal que sentem...
(João Ayres) eu até sou sensível às palavras de astrologos.
(Becas) acho que me entendes melhor quando escrevo aos quadradinhos.
(Carmina) Vi passar a fulana que te abandonou no Centro comercial... Se a queres agarrar corre.
(Débora) Isso é tudo....???? Essa dos saquinhos é tudo....???? Bom... é tudo sentimentos de respeito e admiração... (__ __ __ __ __ ___) resumindo.

Carmina Burana disse...

Alice: Tinhas que me por aqui de lágrima no olho. A última vez que tive lágrima no olho foi lá em cima às 00:24, ou seja, já não lacrimejava à 17 horas, estava a correr tão bem, a Débora até conseguiu por-me a rir! chegas tu aqui e pronto, desmanchas-me toda.
É impagável esta sensação que me dás de poder partir antes do tempo, seja o que for que me acontecer tu ficas com o nosso filho. É impagável. E poder dizer isto com confiança, seguramente.
O amor, a amizade, a admiração, a gratidão que sinto por ti, vem em tudo a propósito desta questão da menina russa, não és minha irmã de sangue, gosto de ti mais do que se fosses, não és a mãe biológica do Miguel, essa sou eu, mas na minha ausência farias de mim, sangue é matéria, e agora venha de lá um juíz passar por cima dos afectos e dizer que a "matéria" é o que conta.

Carmina Burana disse...

Débora: Não fosse o comentário da minha maninha me por aqui de lágrima no olho, eu ainda estava a rir do teu último comentário.
Eu já tentei ir ao comentário da Fiori e por lá no espacinho que ela deixou em branco a palavra "ódio" mas não cabe, raiva também não cabe, sacanadamiudaseeuaapanhooutravezajogarchadrêzcomomeuex-maridodoucabodela, também não cabe, vai lá tu sff, vai lá tu ver o que é.

MiudaCute disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MiudaCute disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MiudaCute disse...

lol
Começam ahhh e tal a criança...
ahhh e tal o juíz... depois vai uma partida de ping pong, depois um jogo de 'chadrêz, agora para o fim fazem palavras cruzadas.

MiudaCute disse...

Se eu fosse a Débora escrevia INVEJA no espacinho que a Fiori deixou para preencher. INVEJA do chadrêz com xarme e INVEJA de não ter uma "maninha/ madrinha" como a Alice.
No último comentário da Alice tb me vieram as lágrimas aos olhos e na tua resposta depois ao dela também).
Conclusão: Estou roídinha de inveja e de lágrima no olho. Uma lástima.

MiudaCute disse...

Desculpa Carmina mas vai lá limpar os 2 comentários eliminados que eu entornei lá em cima.
Foi sem querer.

Fiore disse...

(Miuda Cute) entorna e não peças para ninguém limpar.
Entorna o que quiseres... Se o mundo fosse dos "entornados do lirismo e da sensíbilidade" viveriamos muito melhor.
Inveja não é a palavra certa. Inveja é um sentimento no meu ver egoista e feio... a palavra é feia. Eu gosto de "ciúme" ( no singular claro) gosto muito mais de ciúme controlado e cheio de bom humor. Cíume soa-me melhor é roadeado de amor de paixão. Não se remete, apenas, ao querer o que o outro tem com desdem, remete-se ao preservar aquilo que é nosso e que no caso da Débora é uma filha linda criada por um homem " relativamente engraçado" mas muito inteligente" o pai...
(Débora)Eu também teria cíumes! Mas... nenhuma matriosca consegue ser "MÃE" ter essa forma e sensíbilidade e... andar em cima do arame. Viver no ar e ter ao mesmo tempo na "terra" coisas tão maravilhosas...
(Míúda Cute) ;) continua a entornar o que quiseres. Eu... entorno tudo e quando vou a ver já limparam... Isto não é bonito. As coisas quando estão muito limpas é sinal que não passou ninguém por lá. é sinal que há "lixo por de baixo do tapete"

Não é preciso chorar para sentir mais angustia ou para mostrar que somos sensíveis para com as situações ( as pessoas são diferentes e ainda bem que o são), para mostrar que elas nos magoam revoltam ,e ferem. Não fujo delas... Alias não devemos, para crescer fugir de nada mas enfretar, da melhor maneira que sabemos as dificuldades emocionais. A minha maior dificuldade emocional nestes casos é não poder invadir o tribunal, encontrar o dito senhor ( com o devido respeito que a classe deva ter) e perguntar-lhe: " E agora"? e a cada desculpa perder a todo o protocolo possível, perder todas a estribeiras da educação... Não posso chorar quando a revolta que sinto é maior do que qualquer lágrima, é sentimento de "impotência"...

Sinto assim mal ou bem é assim...

Pronto entornei-me

Debora Ayres disse...

Cabe.
sacanadamiudaseeuaapanhooutravezajogarchadrêzcomomeuex-maridodoucabodela

com jeitinho cabe.

Debora Ayres disse...

A brincar a brincar, a petição para a menina russa já tem 20 000 assinaturas. A brincar a brincar...

João Ayres disse...

"relativamente engraçado"?
ah minha querida, obrigado! até o astrólogo esteja ele onde estiver neste momento, deve ter ouvido a minha sonora gargalhada.
nunca me soube tão bem levar um piropo

João Ayres disse...

agora quanto às lágrimas, elas são como as etiquetas das roupas, por uma questão de exibicionismo, uns usam-nas para fora, outros para dentro consoante a roupa que vestem.
também há os que choram sob pressão e perante uma notícia como a da menina russa não vertem uma lágrima (eu tenho alunos que choram sob pressão, se puxo muito por eles por exemplo, e se for preciso numa cena dramática não choram que é uma coisa que me apetece sempre dar-lhes com o texto na cabeça) mas as reações das pessoas merecem ser estudadas.
e depois há este blogue que é uma coisa à parte, as pessoas aqui não choram por tudo e por nada numa tentativa de exibir a sua sensibilidade nem riem por tudo e por nada para mostrar que perceberam a piada, é porque para além de sermos (todos!) uma cambada de piegas, ela (a maria joão viana, a carmina b.) é A Advogada, é a única pessoa que eu conheço que se neste instante, lhe aparecesse o juiz pela frente ela o faria voltar atrás, era uma questão de tempo, é apenas porque ela é extremamente dotada de humor, inteligência, é sensitiva (6º sentido, afectividade o que for) aliado ao talento, ela também tem o dom da escrita. escreve com vida, as palavras vivem como os grandes actores fazem com os papéis.
no meu caso, que tenho como profissão rir e chorar, para ensinar a rir e a chorar, a arte dramática, o teatro, quando vivo o drama na 1ª pessoa, como homem, não como ator, as lágrimas não saem, tirando a minha filha que me faz chorar (porque me emociona) e rir alternadamente, as lágrimas não saem, como a etiqueta que está para dentro. no entanto, se venho aqui choro e rio com a mesma facilidade. posso ler o que ela escreve e ficar dominado pela tristeza viva nas palavras e no momento a seguir dou uma gargalhada porque ela escreveu a coisa mais pateta do mundo! com imensa piada.
ela leva-nos atrás, sair daqui com os olhos enxutos é, humanamente.. impossível

João Ayres disse...

devemos continuar a brincar, a conversar, a rir porque não? mas como somos todos adultos responsáveis e está (omni)presente uma criança (a alexandra), faremos o que fazem os adultos na presença de uma criança: brincam, conversam, divertem-se, mas sem tirar os olhos dela

João Ayres disse...

(Débora: põe ciúmes e deixa-te de fitas, ciúmes cabe à vontade)

Rainha Reles disse...

Eu diria que quanto mais velho mais "relativamente engraçado"... em todos os sentidos.
Caramba

Becas disse...

Quando puderes João (tu é que tens a matrioska pá) traduz lá isto (não necessária/ por aqui, por mail e em linhas gerais)

Приемные родители хотят вернуться за маленькой Сашей в Россию. И даже готовы выслать за ней судью. Португальцы считают, что в России девочка обречена на проституцию.

Не так давно мама шестилетней Саши, Наталья Зарубина отсудила свою дочь у приемной португальской семьи. Корреспонденты местной газеты «Jornal de Noticias» рассказывают, как тяжело переживает расставание с девочкой португальская семья

continua em http://radulova.livejournal.com/1437153.html

Becas disse...

Não te acho nada "relativamente engraçado" aliás, não te acho graça nenhuma, és muit' a feioso, uug! Mas gostei da palestra sobre lágrimas. És bom nisso. A sério.

Unknown disse...

Olá minha querida,

eu tenho andado atenta a tudo isto, adoraria ouvir o juiz pronunciar-se sobre o que o levou a tomar esta decisão, talvez escreva um livro sobre isso quando for afastado da ordem e eu comprarei o livro com certeza. E atenta naturalmente ao que escreve, e em relação a isso, salvo as técnicas de expressão mais livres que usa quando está apardalado, faço minhas as palavras do meu filho.

Um beijinho.

manuela spiller ayres
2009/05/28

Carmina Burana disse...

Essa petição toda João Ayres é para mim?
Ou é só para eu por Kleenexs no blogue?

Carmina Burana disse...

Um beijinho Manuela!

Rainha Reles: ai, ai..

Fiori: O que eu me ri!! Não se consegue manter um ar sério neste blogue, simplesmente não se consegue :)) amanhã a 'gente conversa.

Miuda Cute: Se eu fosse limpar tudo o que vocês entornam aqui 'tava feita

Débora: I-s-a-b-e-l cabe a brincar.

Carmina Burana disse...

Aplausos para o Ator!

"O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor põe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor,
com uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma, e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus, e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro.
Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
Como o corpo do actor.
Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas, as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.

O actor em estado geral de graça."

Herberto Hélder

Carmina Burana disse...

Sei o quanto gostas de Herberto Hélder. E que o teatro é a tua viva (por dentro e por fora).
E porque não há sensação melhor para um Ator que ouvir um plauso: aplausos para o Ator! (para ti)

João David disse...

Vais precisar dos Kleenexs.
(aguenta)

Fiore disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MiudaCute disse...

20 Caixas.

Fiore disse...

( João Ayres) Depois dos comentários anteriores ao poema fantástico de Herberto Hélder.
Tendo em conta que o poema é brilhante... preenche sem ajuda uma afirmação... Está afirmação ___ ___ ___ ___ ___!! ( Preenche, sem ajuda :P)

Becas disse...

Há kleenexs?

Gema disse...

Alguém me empresta um kleenex?

Palavra que não estou a lacrimejar, juro que não, o poema de Herberto Helder é "relativamente engraçado" os aplausos não me comovem (não sou atriz nem nada) o João Ayres não fez uma de-cla-ma-ção de afecto à Carmina Burana nem ela aplaudiu por amar o teatro, é apenas um CISCO que me entrou para dentro do olho.

Gema disse...

Aplausos para o Ator! (e para a menina do papel principal)

Fiore disse...

Que bonito...
Isto é tão bonito, mas eu... eu vinha-me logo "embora"... (Ai que levei uma belinha)!

Carmina Burana disse...

Becas: Há. Todos a assoar-se, seus cambada de ranhozecos.

Ema: Não és atriz mas disfarças tão beeeem. O cisco? Já saiu?

Fiori: Eu prometo que não o ajudo nas palavras cruzadas, Deus me livre! Capaz de me vir logo (embora)

Carmina Burana disse...

E como a brincar a brincar NÃO TIRAMOS OS OLHOS DA MENINA RUSSA, não é que o juiz apareceu no Expresso!
Tiro-lhe o chapéu, não lhe perdoo, mas tiro-lhe o chapéu por dar a cara e o nome (finalmente!)

"Gouveia Barros, o juiz-relator do Tribunal da Relação de Guimarães que decidiu que Alexandra, a menina russa de seis anos, fosse entregue à sua mãe biológica, declara, em exclusivo ao Expresso, estar "perturbado e surpreendido" com as imagens, transmitidas esta semana pelo canal de televisão russo NTV, onde são visíveis as agressões da mãe sobre a filha.
"No processo, a criança já se queixava de algumas agressões físicas da mãe. Mas esse não é motivo para eu separar uma mãe de uma filha". Perante o que viu na televisão, admite que Natália (a mãe biológica de Alexandra) não interiorizou alguns valores importantes enquanto viveu em Portugal. "Mas não havia nada no processo que apontasse para aquilo", defende-se Gouveia Barros.

Expresso, 28 de Maio

Continua aqui: http://clix.expresso.pt/juiz-do-caso-alexandra-estou-perturbado-com-as-imagens-da-televisao=f517353

Carmina Burana disse...

"Não havia nada no processo?", como "Não havia nada no processo?" Nós que não lemos o processo, apenas sabemos ler as lágrimas nos olhos de uma criança, soubemos que havia, e ele não viu?
Só pode ser falta de talento meritíssimo Gouveia Barros, pura falta de talento para ajuizar.

João Ayres disse...

carmina burana: aplausos para o Actor! de herberto helder estimula-me o ponto h (o hipotálamo). acabei de ter um orgasmo

(vou mesmo precisar dos kleenexs)

João Ayres disse...

será que o tipo quis dizer que a mãe Florinda é uma mãe tardia no sentido "já veio tarde" é velha demais para ser mãe" "é uma mãe velha" uma "mãe avó" ?
mas este g# é filho de quem?

Fiore disse...

(João Ayres) Esse coração não serve. Esse não é o teu coração. Provavelmente deve ser o da minha mãe. Andas a "roubar orgãos" para fugir, não das palavras cruzadas, mas do jogo da "forca"...??
Onde está o teu coração hum... ???

João Ayres disse...

esse não to dou.

João Ayres disse...

a não ser que faças entregas ao domicilio

Carmina Burana disse...

"... a mãe de acolhimento é movida por um sentimento de 'maternidade serôdia". Foi o que o juiz escreveu no acordão. "Gouveia Barros considerava inaceitável que Florinda usasse o argumento de querer ser mãe de uma menina, apenas porque já tinha dois rapazes. - Fiquei chocado. A minha animosidade por Florinda vem daí, confesso."

Era apenas mais um motivo para a mãe de acolhimento amar a menina, já tinha 2 rapazes, queria ter uma menina, era mais uma valia, em que é que isso o pode ter "chocado"? No meio de tantos outros factos chocantes?

Carmina Burana disse...

O orgasmo foi bem feita depois daquilo que me fizeste João Ayres.

Carmina Burana disse...

O teu ♥ é uma matrioska, abre-se e são mais matrioskas, começa na 1ª que tem 1, 80 até chegar à mais pequenina (a tua filha) que está no núcleo onde o teu coração começa e acaba.
Se alguém mo vier entregar.. atiro-o pela janela!

Carmina Burana disse...

"Bocado janela para fora
Outro bocado gruta para dentro."

Herberto Hélder

Carmina Burana disse...

Perdão agora a todos, mas vou "fechar" o post aos comentários.

A petição pela menina russa, tem já mais de 20 mil assinaturas este tema (a brincar a brincar) excedeu os 120 comentários, isto também me faz mal ao "ego" :)

Sigam a menina por aqui:

http://xaninhanossa.blogspot.com/

(per) sigam-me (que eu gosto) por aqui:

oreinabarriga@gmail.com

Beijos! Beijos! Beijos!