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12.11.08

A consulta dos 3 anos

No desenvolvimento cognitivo o meu filho está aprovado com distinção: memória, raciocínio, perceção, linguagem, imaginação, aprendizagem, ... Só não diz os érres! Os érres que ficam no meio das palavras mas sobretudo os que ficam no fim das palavras. Diz páa! em vez de pára! conduzie em vez de conduzir, acelaadoe em vez de acelerador, carrinho é carrinho, rua e ruca não há problema mas nem todos os érres saem cá para fora, na opinião da Dr.ª Manuela se aos 4 anos o Miguel continuar a esconder os érres vai ter aulinhas de terapia da fala. Eu achei bem. Os érres fazem falta (ainda hoje tentei que ele dissesse branco em vez de banco porque uma coisa é uma cor outra é um objecto, e, como não consegui, a cor da lã da ovelha é uma coisa que serve para a gente se sentar).
O meu filho tem aprendido novas palavras e faz isso rapidamente e aprende a dizê-las correctamente também em pouco tempo, os érres é que...
E eu tenho reparado que os desenhos animados recorrem muito aos érres, não se trata de uma coincidência, os criadores têm curiosamente em consideração que o "R" é uma letra difícil de soletrar para uma criança e vai daí chamaram Trú Trú a um burro, Ruca a um menino de 4 anos, o Paulo é um carteiro, etc., há muitos érres para as crianças aprenderem a dizer a brincar, o Miguel é que vê muitos desenhos animados mas ainda assim não é capaz.
O meu filho também está muito alto! (3 anos= 99cm= percentil 90).
O que não faz é cocó (só com bebé-gel). Podemos estar ali com ele duas horas, esgotar todas as cantigas e histórias encadernadas, prometer chupa-chupas, carrinhos, passeios e coisas do arco da velha, explicar que o cocó tem que sair, que faz mal à barriga, que tem que ir para os peixinhos, blá, blá, blá, que ele não faz, não faz e pronto. É mais preguiça que preso de intestinos, chega a encolher só porque quer brincar e não quer interromper a brincadeira, é psicológico, é isso tudo, que dá nos nervos, dá. A Dr.ª Manuela receitou um laxante suave indicado para crianças: "Xarope de maçãs rainetas". Compra-se na farmácia e é baratuxo (nem que fosse carissimo! é preciso é que as maçãs façam efeito). Vamos lá ver se o xarope é laxante (e por consequência, bom para os nervos).
O "galo" que o meu filho tem na testa resultado dele ter batido com a cabeça no chão da churrasqueira da avó Dília é que não é nenhum "galo", se fosse um galo já devia ter "baixado a crista" (pusemos tanto gelo) e eu devia ter feito um raio X à mais tempo e ando com esta mea culpa a arrastar... pode ser que amanhã consiga falar disso. Mas posso já adiantar a moral da história: Quando as crianças batem com a cabeça devem fazer um raio x (ou qualquer outro exame adequado), mesmo que fiquem bem depois de ter batido (sem vómitos, conscientes, prontos para a brincadeira, etc.), nem que seja só por "descargo de consciência", repito: nem que seja só por "descargo de consciência.